null Doação de órgãos: transformar e salvar vidas

Qui, 9 Setembro 2021 08:00

Doação de órgãos: transformar e salvar vidas

Doutora em Enfermagem e professora da Unifor, Mônica Studart é uma das profissionais de saúde homenageadas pelo Movimento Doe de Coração. Ela ressalta a importância da conscientização sobre a doação de órgãos


(Foto: Ares Soares)
(Foto: Ares Soares)

“Escolhi enfermagem por inspiração na minha mãe, que é enfermeira. Desde de cedo senti aptidão para a área da saúde”, diz Rita Mônica Borges Studart, doutora em Enfermagem e professora do curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Ela é uma das professoras homenageadas pelo Movimento Doe de Coração 2021, iniciativa da Unifor, instituição da Fundação Edson Queiroz. Em sua 19ª edição, a campanha homenageia os profissionais de saúde que atuaram na área de transplantes de órgãos e tecidos em 2020.

“Sou muito grata pela homenagem, sinto-me muito feliz por ter meu trabalho reconhecido”, declara Mônica Studart, como é conhecida pelos colegas e alunos. Ela é sobralense e há 45 anos mora em Fortaleza. Graduou-se em Enfermagem pela Unifor. Com mais de 30 anos de carreira, leciona na mesma Universidade onde se formou desde 2007.

“A inspiração em lecionar veio com o gosto pelo estudo que sempre tive e a facilidade de comunicação. Desde cedo recebia alunos de IES (Instituição de Ensino Superior) e estava em constante movimento de preceptoria e engajada em educação permanente no hospital. Já ensinava em cursos técnicos de enfermagem. Fiz um processo seletivo para professor substituto na UFC (Universidade Federal do Ceará), incentivada por colegas, e posteriormente fiz o processo seletivo para a Unifor”, relembra.

A professora ressalta suas conquistas como educadora e profissional de saúde, onde coleciona experiências exitosas. Especialmente na formação de profissionais na área de transplantes de órgãos e tecidos, cuja relação se fortalece cada vez mais e de onde ela destaca uma “experiência memorável”.

“A experiência memorável ainda está sendo vivenciada com duas ex-alunas da Unifor, que tiveram todo um acompanhamento e influência de minha parte. Estiveram envolvidas em monitoria da disciplina que ministro (Cuidados Cirúrgicos), Grupo de Pesquisa, do qual sou a líder, e Liga Acadêmica, onde sou coordenadora e fundadora. Elas aproveitaram todas as oportunidades oferecidas pela Unifor. Hoje, essas duas enfermeiras foram aprovadas na residência em transplante de órgãos e tecidos e já estão no segundo ano. Então considero uma experiência exitosa sobre duas alunas que trilharam um belíssimo caminho acadêmico”, compartilha.

Transformar e salvar vidas

No trabalho com transplantes, a professora Mônica destaca como fundamental o empenho nos estudos e pesquisas. Há cerca de 20 anos atuando na área, ela optou deixar a gestão de um centro cirúrgico para se dedicar à captação de órgãos, devido à experiência que tinha no ambiente cirúrgico do implante renal. “Ingressei inicialmente fazendo parte da equipe de captação e em breve na assistência pós-operatória e ambulatorial. A cada dia esse contexto me encanta”, ressalta.

Para ela, trabalhar na área de transplantes de órgãos e tecidos “exige muito conhecimento no âmbito social, imunológico, clínico e farmacológico” e complementa: “os principais desafios em minha opinião ainda são: a doação de órgãos e a adesão ao tratamento”.

A enfermagem é uma das profissões essenciais para garantir a segurança e o cuidado humanizado do paciente submetido ao transplante. “Muitas pessoas aguardam em filas por um órgão, para transformar e salvar suas vidas. Gostaria de conscientizar as pessoas sobre a importância de ser um doador de órgãos e o impacto positivo desse ato de amor ao próximo”, finaliza.

27 de setembro

No Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro, o Movimento Doe de Coração realizará a solenidade de homenagem aos profissionais de saúde que se destacaram no combate à Covid-19. O evento será transmitido, às 18 horas, nas redes sociais da Unifor e TV Unifor (181 NET).

A homenagem é um reconhecimento da Fundação Edson Queiroz e da Universidade de Fortaleza ao trabalho e à dedicação dos profissionais de saúde pela realização de transplantes, mesmo em tempos de pandemia de Covid-19. Uma comissão de professores do Centro de Ciências da Saúde da Unifor foi responsável pela escolha dos homenageados. Destaques nas áreas de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Educação Física e Farmácia.

Sobre Mônica Studart

Doutora e mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É especialista em Nefrologia pela Universidade Federal do Maranhão e em Médico Cirúrgico pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduada em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é docente adjunta do mesmo curso na Unifor, como também do Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem; da Especialização em Terapia Intensiva. Na UECE, é docente do curso de especialização em Nefrologia. Atualmente, é enfermeira assistencial da Unidade Pós-Operatória de Alta Complexidade de Transplantes de Rim, Fígado e Pâncreas no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e enfermeira perfusionista de captação de órgãos sólidos. Coordena Residência Multiprofissional em Transplantes do HGF e participa do Diretório de Grupos de Pesquisa CNPq. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa Tecnologia e Inovação Enfermagem (GEPTIE); Coordenadora do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Inovação e Tecnologia (NEPIT). Fundadora da Liga Acadêmica de Centro Cirúrgico (LACC) da Unifor. É orientadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PBIC) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e do Programa Voluntário de Iniciação Científica da Unifor. Tem experiência na área de Enfermagem na Promoção de Saúde na área hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: Enfermagem em Terapia Intensiva; Enfermagem em Centro Cirúrgico; Enfermagem em Nefrologia; Transplante e Neurologia. Integra o Comitê de Ética do Hospital Geral de Fortaleza.