Se olharmos a história da humanidade, vamos perceber a inserção de temas relevantes ou o  amadurecimento de algumas discussões-chave, a partir de eventos que nos provocam, não  apenas à reflexão, mas sobretudo, a uma mudança de posicionamento. Só para citar alguns  desses eventos, estou falando de catástrofes climáticas, desigualdades sociais, casos de  corrupção, tudo isso ao redor do mundo, só para citar alguns.

A discussão acerca da sustentabilidade corporativa, disciplina que estuda o papel das  organizações na garantia e manutenção do desenvolvimento sustentável, não é nova. Esse  papel vem adquirindo configurações muito desafiadoras nas últimas décadas, principalmente  pelo incremento de temas que passaram a compor essa agenda: para além de prover soluções  para a preservação e conservação ambiental, por exemplo, ou atuar de forma filantrópica em  seu recorte social, a temática ESG vem provocando às empresas ao resgate de seu papel original na sociedade e à uma atuação mais efetiva como membro ativo na mesma.

Ver as empresas acrescentando em suas agendas estratégicas temas como mudanças climáticas, direitos humanos, redução e neutralização de gases de efeito estufa, e os  discutirem numa lógica de estratégia é, acima de tudo, uma excelente oportunidade de  resgate ao seu papel social em suas múltiplas vertentes.

O ESG desafia as empresas a contribuírem de forma efetiva, tanto para temas comuns, quanto para outros que são específicos de seu território. A adoção de métricas de avaliação da  contribuição para o desenvolvimento sustentável que cada empresa devolve é acima de tudo,  uma excelente oportunidade de envolver os muitos atores de uma atuação corporativa, sejam  eles internos ou externos, e desenvolver uma lógica de diálogo e prestação de contas para  pessoas que têm objetivo em comum, que é a sustentabilidade.

Rosane Santos, Diretora de ESG da BAMIN Mineração