Luis Sérgio Chagas: uma vida dedicada à fotografia

O Sou+Unifor continua sua série de perfis para contar um pouco da história de quem faz a Universidade de Fortaleza. Nesta edição, vamos conhecer Luis Sérgio Chagas, técnico de fotografia da Unifor, que há mais de 20 anos contribui para a formação de alunos e para o desenvolvimento da fotografia na instituição. Boa leitura!

PERFIL
Luis Sérgio Chagas, 64 anos.
Conhecido na Unifor como “Serginho” e “Serjão”.
Casado com Rosemary Chagas.
Pai de Cheslon e Isabele.
Técnico de fotografia e colaborador da Unifor desde 2004.

Luis Sérgio Chagas, natural de Fortaleza, é uma figura muito querida entre os alunos do Centro de Comunicação e Gestão e entre os colaboradores da Unifor. Conhecido carinhosamente como Serjão ou Serginho, o técnico de fotografia está prestes a completar 21 anos de dedicação à universidade. No entanto, para tristeza daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo, ele se aposentará no final deste ano. Com planos de viver ao lado de sua esposa, Rosemary, em uma casa à beira da praia, Sérgio firma na Unifor uma história de dedicação e carinho com todos que passaram pelo seu caminho.

Paixão

Pai de Cheslon e Isabele de Araújo Chagas, Sérgio sempre soube que a fotografia seria sua verdadeira paixão. Desde jovem, sentiu um fascínio pela arte de capturar momentos e congelar o tempo por meio das lentes. Esse amor pela fotografia o levou a dar os primeiros passos na carreira em 1982, quando começou a trabalhar na Fototeca do Carlinhos Pamplona, local onde eram arquivadas fotografias. Foi ali que ele iniciou sua jornada profissional, aprendendo os segredos da profissão e lançando as bases para uma trajetória que, anos depois, o levaria a se tornar uma figura fundamental na formação de futuros profissionais da área.

Ao longo de sua trajetória, o colaborador não se limitou apenas ao lado artístico da fotografia, mas também ao técnico. Em 1984, ele passou a trabalhar no laboratório de fotografia Profilme, onde, além de aprimorar suas habilidades, aprendeu os segredos do trabalho com produtos químicos e a parte técnica envolvida no processo fotográfico. 


Serjão no Laboratório de Fotografia analógica da Unifor (Foto: Beatriz Helena)

Foi em 2004, quando foi convidado pelo professor Batista de Lima para trabalhar na Unifor, que sua carreira acadêmica começou a ganhar novos contornos. O convite surgiu em um momento de necessidade do departamento: uma funcionária grávida não poderia mais trabalhar com produtos químicos, e Sérgio, com vasta experiência, foi a escolha certa para ocupar a vaga.

Desde então, ele se tornou um membro essencial da equipe de fotografia da Unifor, onde atua como técnico de fotografia, auxiliando os alunos em todo o processo fotográfico. A relação com seus colegas de trabalho é de profunda camaradagem e respeito.

A equipe de fotografia, que atualmente é formada por Sérgio, Victor Amaral e Luiz Carlos, sempre manteve um ambiente de colaboração mútua. “Temos um ótimo relacionamento. Sempre que alguém precisa de ajuda, o outro está disposto a colaborar. O trabalho aqui é em equipe, e isso faz a diferença para o aluno”, destaca. 

Ele lembra com carinho da época em que Zaedes, Valmir e Wilton eram seus companheiros de jornada, formando a equipe inicial que contribuiu para o crescimento do Laboratório de Fotografia da universidade.


Fotos com as equipes de técnicos que passaram pela Unifor (Foto: Beatriz Helena)

A convivência na Unifor, ao longo de quase 21 anos, também teve um impacto significativo em sua vida profissional. Ele lembra, com afeto, da primeira turma que orientou na instituição, que se formou logo após sua chegada e que, para ele, representou um marco importante em sua carreira. “Foi marcante. Muitos dos alunos daquela turma hoje são professores e profissionais reconhecidos”, conta. 

Além da vida profissional, Luis sempre manteve uma forte conexão com sua família. Casado com Rosemary, professora aposentada recentemente, e pai de dois filhos - que também seguiram caminhos de realização pessoal e profissional, ele valoriza profundamente os momentos em casa. Sua esposa é sua grande parceira de vida e, juntos, já têm planos de mudar-se para Paracuru, onde o fotógrafo construiu uma casa no interior, próxima à cidade. 

“Estamos planejando essa mudança há um tempo. Ela se aposentou no meio do ano, e agora, com a minha aposentadoria chegando, vamos começar essa nova fase”.

O projeto de se aposentar também está relacionado a um sonho pessoal que ele guarda há muito tempo: dedicar-se ao evangelismo, algo que ele já fazia nos finais de semana, mas que agora, com mais tempo e liberdade, poderá realizar com maior dedicação.

Sérgio também não deixa de mencionar o impacto da fotografia digital, que ele viu transformar a forma como as pessoas interagem com as imagens. “A fotografia hoje é muito diferente. Na época em que comecei, tudo era feito no laboratório, com filme e produtos químicos. Hoje, a tecnologia mudou tudo”, reflete.

Com a aposentadoria, o técnico se prepara para novos desafios, mas sempre com a Fotografia em seu coração. “Eu comecei minha carreira com ela e é com a Fotografia que eu vou terminar”, conclui.


Sérgio fazendo sua famosa pose (Foto: Beatriz Helena)
 

Texto: Clara Soeiro
Fotos: Beatriz Helena