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Sex, 13 Outubro 2023 10:15

Manual com diretrizes sobre cidades inteligentes é desenvolvido por egressa da Pós-Unifor

Fernanda Girão, ex-aluna do Mestrado Profissional em Ciências da Cidade, organizou um guia para melhor compreensão do termo “Cidade Inteligente” e seus benefícios


O Guia de Diretrizes da Cidade Inteligente elaborado pela arquiteta busca auxiliar e direcionar ações dos gestores de cidades sobre como obter uma cidade mais inteligente (Imagem: Getty Images)
O Guia de Diretrizes da Cidade Inteligente elaborado pela arquiteta busca auxiliar e direcionar ações dos gestores de cidades sobre como obter uma cidade mais inteligente (Imagem: Getty Images)

O termo “Cidades Inteligentes” remete a um conjunto de formas de melhorar a qualidade de vida da sociedade por meio de tecnologias, serviços públicos e ações individuais a serem disseminadas. O conceito foi abordado por Fernanda Girão,  graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, que decidiu explorar mais o tema após cursar o Mestrado Profissional em Ciências da Cidade na mesma instituição.

“Quando tive a disciplina sobre cidades inteligentes, me interessei em estudar sobre as novas tecnologias e movimentos da cidade. O mestrado abre muito nossa mente para conexões do desenvolvimento de cidades, sustentabilidade e cuidado”, declara Fernanda.

A arquiteta decidiu, então, estudar mais a temática e organizá-la em um guia prático para planejamento e avaliação de projetos de cidade que culminou sendo seu trabalho de conclusão. A dissertação “Cidades Inteligentes: Guia De Diretrizes" contou com a orientação da professora Flora Mendes, professora da disciplina sobre cidades inteligentes do mestrado.

O estudo foi motivado, dentre outros fatores, pelo desenvolvimento da Agenda 2030 da ONU, um plano global promovido pela Organização das Nações Unidas visando atingir, em 2030, um mundo melhor para todos os povos e nações. No projeto, estão previstas ações nas áreas de erradicação da pobreza, saúde, educação, redução das desigualdades, e outras temáticas. 

Do individual ao bem coletivo

De acordo com Fernanda, há questões que dependem da ação de governos e grandes empresas globais, mas há recomendações também mais específicas e que podem começar com gestos simples. “Desde uma reciclagem dentro da sua casa, como também uma mobilidade sustentável com conexões de modais (transportes coletivos), tentando minimizar os gases poluentes e os danos do efeito estufa, contribuem para tornar uma cidade mais inteligente”, aponta.

Nesse sentido, o Guia de Diretrizes da Cidade Inteligente, tem como propósito auxiliar e direcionar ações dos gestores de cidades sobre como obter uma cidade mais inteligente, por meio de diversos projetos e ações nacionais e internacionais. Suas pesquisas conseguem atender acadêmicos da área, planejadores urbanos, arquitetos e urbanistas, pesquisadores, técnicos de inovações, ou apenas pessoas interessadas pela temática abordada. 

Agentes da transformação

Fernanda afirma que, ao entrar no mestrado, teve uma visão mais abrangente do urbano, as tipologias diferenciadas das cidades, bem como as aplicações no mercado de trabalho. 


“Pude entender um pouco mais esse processo da cidade, que é algo dinâmico, algo que sempre tá sempre se modificando” - Fernanda Girão, arquiteta e mestre em Ciências da Cidade

Conforme Fernanda, as aulas do Mestrado de Ciências da Cidade têm formato dinâmico e participativo, além de uma metodologia ativa e mais diferenciada em relação à graduação. Ela destaca que, no curso, ter a oportunidade de fazer conexões com profissionais de outras áreas a motivou. Outro momento marcante para a egressa foi a extensão que leva os alunos para uma experiência na Columbia University, de Nova Iorque. “Sair da realidade e do ciclo, poder compartilhar com outra instituição foi muito interessante”, reforça.

O interesse pelo mestrado nasceu junto com o desejo de lecionar. Hoje, Fernanda atua em duas instituições e afirma encarar a cidade como uma transformação e o mestrado como um condutor para essa transformação das cidades. Ela conta como os benefícios de estudar para se ter uma Cidade Inteligente tem a ver com motivar as pessoas a serem agentes ativos na renovação da vida individual e coletiva. “É muito gratificante você se ver como potência e, como futuro mestre, entender que você pode fazer a diferença na cidade”, destaca a arquiteta.