Leite materno: conheça os benefícios do alimento que chega a salvar cerca de 6 milhões de vidas por ano

Considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite materno sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de infecções e alergias, além de provocar um efeito positivo na inteligência e no vínculo entre mãe e bebê.

O leite materno é repleto de anticorpos, fundamentais para a saúde e a resistência do bebê a doenças, por isso é fundamental que a criança o receba como única fonte de alimento até os seis meses. Especialistas, no entanto, sugerem que ele deve continuar até os dois anos ou mais, ou seja, não há limite de idade para a amamentação.

Salvando vidas

De acordo com a OMS e o Unicef, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. Por isso, o ato de doar leite materno é tão importante.

O Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza possui um posto de coleta de leite humano que funciona em conjunto com o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). "Doar leite é doar vida. Através dessa ação, a gente consegue salvar e melhorar a condição de muitos bebês que estão internados nas unidades neonatais", reforça a professora Lívia Fontenele, do curso de Enfermagem da Unifor.

Fases da amamentação

1. Trabalho de parto: o trabalho de parto libera um coquetel de hormônios que auxiliam a ejeção do colostro (primeiro leite) e a apojadura (descida do leite).

2. Hora de ouro: o contato pele a pele na primeira hora de vida promove um maior vínculo da mãe com o bebê.

3. Apojadura (descida do leite): até 15 dias após o parto. Há um aumento da produção e maior teor de gordura.

4. Leite maduro: apresenta diferentes características ao longo da mamada e possui vitaminas, minerais e proteínas essenciais.

Leite materno e covid-19

Atualmente, muitas mães ficam em dúvida se o ato de amamentar implica risco de infecção pelo leite materno para mulheres que testaram positivo para o novo coronavírus. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há risco de transmissão do SARS-CoV-2 pelo leite materno, por isso não há razão para evitar ou interromper a amamentação.

Em nota, a entidade informa que lactantes assintomáticas devem permanecer com seu recém-nascido em regime de alojamento conjunto para fortalecer o aleitamento materno, muito importante neste momento de pandemia.

Já para as mães que contraíram a covid-19, é indicado suspender a doação de leite humano, respeitando o protocolo de segurança técnica e o controle de qualidade determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a seleção de doadoras.

Com informações da Agência Brasil.