Soprano, contralto, tenor… Descubra qual o seu tipo de voz

Cada pessoa nasce com a capacidade de atingir tons mais agudos ou mais graves, independente das técnicas de respiração, postura ou afinação. Há 6 tipos de extensão vocal, dentre elas, estão suas características:

- Soprano (vozes femininas mais agudas): esse tipo de voz tem certa limitação no alcance de notas mais graves e grande extensão na região aguda;

- Mezzo soprano (notas médias femininas): está entre soprano e contralto, é uma voz feminina mais versátil, apresenta tessitura na região média e tem um timbre encorpado em relação ao soprano;

- Contralto (vozes graves femininas): voz rara e bastante expressiva; há vozes muito marcantes que vão do tom aveludado ao mais pesado;

- Tenor (vozes agudas masculinas): possui timbre claro e brilhante e as pregas vocais são menores que as de um barítono;

- Barítono (vozes médias masculinas): timbre mais pesado que o tenor, alcança graves bem definidos e agudos mais incorporados;

- Baixo (vozes graves masculinas): essa extensão vocal é capaz de desenvolver profundas sonoridades e é uma voz muito comum no Leste Europeu.

Apesar de a voz classificada como soprano pertencer ao grupo feminino, o cantor lírico cearense Paulo Abel apresentava esse registro vocal, o que é raro para homens, de acordo com Vanessa Cláudia de Melo, especialista em voz e professora do curso de Fonoaudiologia da Unifor

A cantora brasileira Ana Carolina também é dona de uma voz rara: o contralto. Não é comum encontrar mulheres que tenham o mesmo registro de voz de Ana Carolina, já que a maioria das cantoras do Brasil têm o tipo vocal soprano.

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Como saber meu tipo de voz?

Segundo Vanessa Melo, quem determina o tipo de voz de uma pessoa é um professor de canto ou um regente de coral. Os testes de extensão vocal são feitos com o auxílio de um piano ou teclado. 

Ao cantar, o indivíduo deverá imitar as mesmas notas tocadas pelo instrumento, podendo cantar sons de vogais como “A” ou “U”. O tipo de voz é determinado quando não há esforço ou falha na emissão do som. Além de sentir a garganta engasgada, outro sinal de falha são as veias saltando no pescoço.

Canto e fala

Vanessa explica ainda que a pessoa pode fazer adaptações para o canto ou para uma imitação de fala e, assim, alcançar diferentes tipos de voz. 

“Dentro do aspecto neurológico, nós temos a área do cérebro responsável pelo canto e a área responsável pela fala. As adaptações que existem são realizadas pela área mais periférica como lábios, língua, palato e laringe. Esses ajustes acontecem através desses órgãos, chamados órgãos fonoarticulatórios”. Como exemplo, a professora cita Chico Anysio, que tinha vários personagens e, para cada um, conseguia produzir uma voz diferente.

Cuidados 

Não apenas os cantores utilizam a voz como seu principal instrumento de trabalho, mas também médicos, radialistas, vendedores, jornalistas, palestrantes, professores e muitos outros. Esses profissionais precisam redobrar os cuidados com a saúde vocal para que não desenvolvam problemas de voz. 

Apesar dos aspectos particulares de cada indivíduo, a professora Vanessa atenta para cuidados gerais que todos precisamos ter:

  • Beber, no mínimo, 2 litros de água por dia (distribuídos ao longo do dia, pois a hidratação só dura quatro horas após a ingestão da água);
  • Não forçar a voz, falando sempre no tom de voz habitual;
  • Não gritar ou usar um tom de voz elevado;
  • Manter uma alimentação saudável, rica em frutas e legumes; 
  • Dar preferência a carnes brancas (grelhadas, sem muito teor de gordura);
  • Lavar o nariz com soro fisiológico pela manhã e noite;
  • Fazer exercícios de aquecimento vocal com a orientação de um fonoaudiólogo especialista em voz;
  • Evitar pastilhas e medicações sem orientação médica.

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