ODS: ainda é possível mudar o futuro?
Acredito que, em algum momento, você leitor já deve ter se perguntado: como será o futuro?
Tentar prever como serão os próximos anos é uma prática constante de muitos. Não à toa que, há 100 anos, se falava que teríamos carros voadores, casas no espaço ou comunicação sem fio, sendo essa última bastante assertiva.
Sendo assim, presumo que você deva imaginar que, num futuro próximo, nosso mundo - que muda e se atualiza com cada vez mais rapidez - terá internet em qualquer lugar, viagens ultrarrápidas e na rua somente carros elétricos.
Tais previsões são, sim, bastante plausíveis de se concretizarem, mas existe também um “outro lado da moeda”. Nosso planeta está produzindo cada vez mais resíduos, fábricas produzindo gases e poluindo os rios, carros elétricos, que tentam vender uma imagem de 100% sustentáveis, mas o lítio de suas baterias polui tanto na sua extração como no seu difícil descarte. Tudo isso irá cobrar um preço.
+ Vamos falar de economia verde?
Tendo em vista o desafio que é tentar preservar o nosso planeta, muitos temem que, caso não sejam feitos esforços para a preservação do meio ambiente, a Terra terá um clima e condições cada vez mais agressivos e desagradáveis. Muitos também temem que o foco na preservação resultaria em uma redução do ritmo de desenvolvimento da nossa sociedade.
Com essas questões em pauta, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou, em 2015, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), uma agenda com apelo global, buscando a realização de ações para atingir metas como: a erradicação da pobreza; a proteção do meio ambiente e do clima; garantir que a população, em todo o planeta, possa desfrutar da paz e da prosperidade. Esses são alguns dos objetivos a serem atingidos até o ano de 2030.
Os ODS podem ser divididos em cinco grandes áreas:
- Pessoas
- Planeta
- Prosperidade
- Paz
- Parcerias
Essa divisão mostra que tais metas não são direcionadas somente para empresas que buscam ser sustentáveis, mas também para governos, instituições e a própria população.
Já os 17 objetivos trazem, em si, um apelo urgente por mudanças sobre como estamos lidando com o meio ambiente e nossa sociedade, abordando áreas que afetam a qualidade de vida de todos os cidadãos e daqueles que ainda estão por vir.
+ Você já deve ter ouvido falar de ESG, mas sabe qual a origem desse termo?
A integração dos ODS em 5 áreas existe para que os objetivos sejam, de fato, eficazes; e para que eles não sejam alcançados de maneira isolada ou dissociada. O êxito só será possível por meio de um esforço contínuo e que integre todas as dimensões da nossa sociedade, mostrando condições de mudança da nossa realidade, nos direcionando a um futuro como nós o imaginamos.
Observamos, então, que a busca de um desenvolvimento sustentável vai além de simplesmente um posicionamento individual ou empresarial. Percebemos a relevância da adoção de iniciativas para tal fim, seja você como cidadão ou administrador, na busca de fazer a sua parte para concretizar uma sociedade mais justa, um meio ambiente melhor e preservar a riqueza natural que (ainda) possuímos.
A forma como lidamos com o presente deve impactar diretamente as nossas expectativas para o futuro - isso se não destruirmos o que temos antes; pois tudo vem, a princípio, do meio ambiente.
As pessoas que estão ao nosso redor e como as conhecemos dependem de esforços para manter sua qualidade de vida. Se esses esforços não forem direcionados da forma correta, em breve, teremos grandes decepções. Afinal, todos queremos que nossos filhos, quando pensarem no futuro, pensem em carros voadores e viagens no espaço, e não em mares inundando cidades, pessoas com fome, doentes, morando nas ruas, e florestas destruídas, não é?
Texto por Pedro Paulo Prado, estagiário do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES).