Atualmente, a matriz energética do Ceará é composta por uma combinação diversificada de fontes. Destacam-se os ventos, responsáveis por 46,71% da energia, seguidos pelo sol, com 21,82%. Contudo, é preciso atentar para os prejuízos associados à termelétrica, que contribui com 31,47%.

A dependência da termelétrica pode resultar em desafios ambientais e econômicos. A queima de combustíveis fósseis, além de emitir gases prejudiciais, pode gerar custos elevados e vulnerabilidades na matriz energética. Optar por fontes mais sustentáveis não apenas reduziria impactos ambientais, mas também promoveria uma matriz eficiente e economicamente vantajosa.

Vantagens

A transição para fontes de energia renovável no Ceará não apenas representa um avanço ambiental, mas também oferece oportunidades substanciais para empreendedores e comerciantes. A implementação de projetos de energias renováveis, como solar e eólica, não só gera empregos locais, fortalecendo a economia regional, mas também atrai investimentos da indústria nacional e internacional.

Para empreendedores, a expansão da indústria renovável pode significar oportunidades de negócios inovadores e parcerias lucrativas. Comercialmente, a transição para fontes de energia limpa pode levar a uma redução nos custos operacionais a longo prazo, aumentando a eficiência e a competitividade dos negócios locais. Além disso, a população se beneficia diretamente da estabilidade nos preços da energia e da criação de empregos, contribuindo para um ambiente mais sustentável e economicamente vibrante.

Em Alta

Em um cenário onde a busca por alternativas sustentáveis se torna essencial, surge uma tendência revolucionária no horizonte energético brasileiro: a energia solar por assinatura. Este novo modelo vai além da simples geração de eletricidade, transformando a maneira como encaramos o consumo de energia.

Como Funciona?

Similar a serviços de assinatura de streaming ou internet, consumidores físicos e jurídicos têm a oportunidade de contratar um serviço personalizado oferecido por empresas especializadas. O diferencial reside na conexão dessas usinas ou fazendas solares às distribuidoras tradicionais, como a Enel, integrando-se perfeitamente à infraestrutura existente.

O impacto financeiro para os assinantes é significativo na conta de energia mensal. Contudo, os benefícios vão além da esfera econômica. Nesse modelo, os assinantes estão isentos de custos relacionados à compra, instalação e manutenção dos painéis solares, tornando a transição para a energia solar mais acessível e descomplicada.

Destacando o comprometimento do Ceará com essa revolução, ressalta-se a Yellow Energy, uma empresa local notável que oferece serviços inovadores de energia solar por assinatura. Em sintonia com a vocação renovável da região, a Yellow Energy demonstra que a transição para a energia solar não é apenas ambientalmente responsável, mas também economicamente vantajosa.

Com a possibilidade de alcançar até 18% de economia na conta de energia mensal, a empresa não apenas promove a adoção de práticas mais sustentáveis, mas também oferece benefícios tangíveis para seus clientes. Assim, cada assinatura representa não apenas uma escolha consciente em prol da sustentabilidade, mas também uma mudança tangível na dinâmica do setor elétrico, apontando para um futuro em que a energia limpa se torna não apenas uma opção viável, mas também a escolha preferencial de consumidores comprometidos com um amanhã mais verde e eficiente.

Ainda tem como inovar?

Sem dúvida, ainda há muitas oportunidades para inovar no campo das energias renováveis, e o hidrogênio verde (H2V) desponta como uma das estrelas do futuro. Mas o que torna o hidrogênio verde tão especial?

Em termos simples, é o resultado de um processo chamado eletrólise, que separa a água (H2O) em hidrogênio usando eletricidade renovável, como a eólica ou solar. Com o Ceará brilhando com muito sol e vento, o estado naturalmente se destaca como um potencial líder mundial na produção desse hidrogênio renovável.

Para que serve?

A versatilidade do hidrogênio verde é fascinante. Ele pode ser utilizado para gerar energia em fábricas, impulsionar indústrias, contribuir para a produção de fertilizantes, e até alimentar baterias para ônibus, caminhões, trens, navios e aviões. Isso significa que estamos não apenas inovando na produção de energia, mas também abrindo portas para um futuro mais limpo e eficiente em diversas áreas.

Com parques de energia eólica e solar espalhados pelo Nordeste, a região está na dianteira dos projetos para a produção de hidrogênio zero carbono no Brasil.

E a empolgação não para por aí! A empresa Unigel está construindo uma fábrica em Camaçari, na Bahia, que se prepara para se tornar a maior fábrica de hidrogênio verde do mundo a partir de meados de 2024. Estamos literalmente construindo um futuro mais verde!

A projeção otimista é que o Brasil conquiste a posição de país mais competitivo na produção de hidrogênio verde até 2030. Esse crescimento não apenas transformará nosso horizonte energético, mas também injetará até R$ 7 trilhões no PIB do país até 2050, segundo a consultoria LCA.

O caminho para o futuro é claro, e o Brasil está liderando a corrida para uma era mais sustentável e próspera. Ao investir no hidrogênio verde, estamos não apenas inovando no presente, mas plantando as sementes para um amanhã mais verde.

Texto por Antônio Torquato, estagiário do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES).