Escolhas estratégicas na carreira: como a Geração Z influencia no perfil de sucesso no mundo corporativo?

Ao valorizar flexibilidade, autonomia e trajetórias não lineares, essa nova geração vem protagonizando mudanças no ambiente de trabalho.

Até pouco tempo, grande parte dos profissionais idealizava, ao ingressar em uma empresa ou escolher uma área de atuação, estabilidade, permanência duradoura e a conquista de cargos mais altos. Assim, entrar em uma organização e passar longos períodos nela era visto como natural, desejável e sinônimo de sucesso profissional.

Atualmente, essa expectativa com o trabalho sofre mudanças advindas da influência da Geração Z, a qual tem uma perspectiva de carreira diferente das gerações anteriores. Diante disso, as escolhas estratégicas passam a ser cada vez mais naturalizadas e vistas como sinal de flexibilidade, e não como desvios ou indecisões. 

Quer entender melhor por que essas mudanças na carreira configuram uma tendência atual e por que elas atraem essa geração? Confira as informações que reunimos neste artigo e descubra mais sobre o tema!

O que é uma carreira com escolhas estratégicas?

Trata-se de uma trajetória profissional guiada por decisões conscientes, que não seguem um caminho previsível e/ou linear. Pode englobar mudanças de áreas profissionais, de funções ou transição de carreira — todas essas ações com base em decisões estratégicas alinhadas ao crescimento pessoal com propósito.

Nesse sentido, o profissional pode mudar de emprego para buscar mais sentido no que faz ou aceitar uma nova função com desafios diferentes daqueles dos que ele enfrentou anteriormente. Isso pode incluir modalidades de trabalho como freelancers, em virtude da flexibilidade, o que amplia o repertório social, a autonomia e o aprendizado.

Mais do que uma alternativa, essas mudanças refletem uma tendência em ascensão. Isto porque, cada vez mais, o foco está na construção de uma trajetória profissional com significado e conexões de valor.

Por que esses direcionamentos profissionais atraem a geração Z?

A carreira baseada em escolhas planejadas, ou carreira não linear, como a própria denominação indica, não segue uma linha, ou seja, não tem um traçado certo a ser seguido. E é exatamente essa maleabilidade que atrai a Geração Z.

Isso ocorre porque, para essas pessoas, a carreira não é o fator mais importante para sua vida. Dessa forma, esses jovens buscam flexibilidade para equilibrar vida pessoal e profissional e não têm um salário alto como um chamariz para aceitar um emprego: buscam locais que reflitam seus valores e tenham responsabilidade social, especialmente em questões como inclusão e diversidade e saúde mental. Além disso, valorizam trajetórias dinâmicas e multifacetadas, em que possam ter vivências variadas ao longo do tempo.

Como pode ocorrer a construção do sucesso nessa modalidade de carreira?

Esse tipo de trajetória não só está atendendo às expectativas de trabalho da Geração Z, como aos poucos configura uma nova lógica de atuação no mercado de trabalho. Veja algumas dicas de como pode ocorrer a construção desse sucesso não linear, mas estratégico. 

  • Consolidar valor antes do reconhecimento
    Mais do que a busca por prestígio imediato, é essencial, inicialmente, moldar a marca pessoal. O foco deve estar em ser um profissional consistente, resolutivo e aberto a aprender — alguém que realmente gera valor.
    O reconhecimento virá naturalmente, como consequência do que o profissional entrega. Por isso, se deve priorizar, de forma primordial, resultados concretos e aprendizado profundo; o restante é consequência dessa postura.
     
  • Alinhar as escolhas com o currículo
    Mudanças na trajetória podem parecer confusas para quem olha de fora. Por isso, mais do que acumular experiências diversas, é preciso construir uma narrativa clara e coerente que conecte cada passo. 
    Saber explicar o porquê de cada uma dessas mudanças mostra maturidade, visão e planejamento, e transforma a trajetória não linear.
     
  • Saiba separar o que vale a pena
    Cuidar dos extremos é um bom começo. Optar por um modelo de carreira não linear não significa aceitar tudo o que aparece. Trocas fazem parte do caminho, mas é essencial fazerem sentido, pois nem toda oportunidade representa evolução. Saber recusar o que não contribui para o que se deseja construir é tão importante quanto escolher bem o que aceitar.

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