O que faz um economista? Descubra as possibilidades de atuação
Profissional auxilia na construção e ampliação de recursos financeiros de pessoas, empresas e governos, elaborando planos para solucionar problemas econômicos
De pequenas decisões individuais a complexas questões globais, as possibilidades de atuação do economista são bem ecléticas. Ele consegue se adaptar a diversos tipos de negócio e diferentes âmbitos, como agropecuária, indústria, comércio, serviços, instituições financeiras e setor público.
Ele é o profissional apto a orientar pessoas, empresas, instituições e órgãos públicos com o objetivo de manter o bem-estar econômico e social. Moldando políticas, orientando investimentos e contribuindo para a estabilidade financeira, esses especialistas revelam um papel vital para o contexto atual da sociedade.
Conhecendo a área
Segundo Allisson Martins, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Fortaleza, o economista consegue trabalhar nos departamentos financeiros de todas as empresas, assim como nas áreas de planejamento, desenvolvimento de produtos e serviços e em diversas funções no setor financeiro.
“Para ser bem sucedido como economista, o estudante deve ter uma lógica bem apurada e um raciocínio quantitativo bem aguçado, mas também dominar a chamada teoria econômica, tanto a parte ferramental da ciência econômica como a própria história econômica, a história do crescimento e do desenvolvimento econômico dos países, além do lado empresarial”, explica o professor.
“Conhecer a dinâmica das empresas na questão de receitas, de custos e despesas, isso é o que faz um estudante estar bem preparado: um domínio das ferramentas econômicas e também da teoria econômica.” — Alisson Martins, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Unifor
Hoje a busca maior por economistas está em empresas relacionadas ao segmento financeiro, além de grandes corporações que precisam desses profissionais em seus quadros. Outra opção também é o setor de data science (ciência de dados, em português) quando aplicado a negócios, economia e finanças.
“Nossos alunos já estão preparados para essa demanda que o mercado de trabalho vem solicitando: trabalhar com grandes bases de dados, os chamados big data. Por isso, eles já estão sendo treinados em linguagens de programação”, revela Allisson.
Oportunidades locais
Para o coordenador, o mercado cearense teve uma ascensão nos últimos anos. Ele observa que as empresas estão cada vez mais preocupadas em compor os recursos humanos com profissionais que detêm competências próprias do economista, ou seja, análise, poder de avaliação global com aplicação local, entre outras.
“A própria cidade de Fortaleza, por três anos consecutivos, é a cidade mais rica do Nordeste. Trata-se de um segmento financeiro pujante. É um estado onde tem várias empresas listadas na bolsa de valores, suas ações são negociadas em bolsa, isso tudo faz com que o profissional de economia esteja bem demandado nos últimos tempos”, analisa o docente.
Onde atuar?
A ampla formação permite que o economista tenha um grande leque de opções no mercado de trabalho. Confira algumas possibilidades:
- Empresas de Indústria, Comércio e Serviços
Atuar como analista e/ou executivo em empresas nacionais e globais, com o intuito de analisar cenários, buscar reduzir custos e elevar receitas.
- Empresas de Consultoria
Trabalhar como consultor, de maneira a ofertar soluções e otimização de recursos.
- Governo
Exercer funções de pesquisador econômico e desenvolver planejamento de políticas governamentais locais e nacionais.
- Organizações internacionais
Atuar em estudos e pesquisas da economia em organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
- Mercado financeiro
Operar e gerir investimentos em bolsa de valores, renda fixa, fundos de investimentos e criptomoedas.
- Bancos
Exercer funções estratégicas em agências bancárias, oferecendo crédito, produtos e serviços adequados aos clientes.
- Educação
Atuar como professor e pesquisador em instituições de ensino superior.
- Empreendedor
Desenvolver negócios de impacto para a sociedade, especialmente na geração de emprego e renda.
Expandir habilidades e diversificar conhecimentos
Paulo Victor Azevedo teve uma jornada acadêmica marcada por várias experiências significativas. De uma delas, o egresso do curso de Ciências Econômicas da Unifor lembra de forma especial.
Ele cita a oportunidade de assistir a uma palestra proferida por Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central do Brasil, que aconteceu na Universidade. “Teve um impacto profundo em minha visão sobre economia”, enfatiza.
O profissional também menciona a Liga de Finanças da Unifor como um projeto inspirador. “Minha participação ativa, mais especificamente no Núcleo de Investimentos no Exterior, proporcionou-me uma experiência prática e a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos em finanças”, relembra.
Em busca do próprio espaço no mercado de trabalho, o jovem focou em expandir habilidades e obter certificações no campo financeiro — que além de consolidarem a base teórica, proporcionaram a Paulo a credibilidade que o impulsionou para o sucesso nas entrevistas de emprego que participou.
“Percebi que a chave para conquistar essas oportunidades estava na habilidade de comunicação. Investi, então, no desenvolvimento do meu lado comunicativo, compreendendo a importância de transmitir minhas ideias e conhecimentos de forma clara e eficaz” — Paulo Victor Azevedo, egresso da graduação em Ciências Contábeis
Entre as experiências profissionais pelas quais passou está a atuação em empresas renomadas, como a Genial Investimentos e a Avenue Securities. Ele foi responsável pela operacionalização de investimentos dos clientes, garantindo que as transações fossem executadas com eficiência e precisão, além da prestação de suporte para esclarecer dúvidas relacionadas aos investimentos.
Azevedo também passou por uma corretora, onde se dedicava a abrir as portas do mercado americano para brasileiros. Nesse período, ele teve a responsabilidade de explicar aos clientes todo o funcionamento do novo contexto.
“A experiência de orientá-los e mostrar as vantagens da diversificação internacional foi incrivelmente gratificante. Foi uma chance de não apenas compartilhar conhecimento, mas também de inspirar e ajudar os clientes a aproveitarem as oportunidades oferecidas por essa ampla diversificação”, frisa Paulo Victor.
Atualmente, o profissional possui uma empresa de locação de automóveis e equipamentos. Para o negócio próprio, ele busca a alta performance.
Foco no empreendedorismo
Graduada em Ciências Econômicas pela Unifor, Tatiane Alves optou pelo curso porque sempre gostou de trabalhar com o setor financeiro. Ela conta que, por quase oito anos, prestou serviço terceirizado para a Secretaria de Finanças (Sefin) como assistente administrativo. “A Unifor sempre abriu portas para mim”, afirma.
Empreendedora, hoje ela atua como responsável financeira na RT Cell, empresa que fundou com o marido. Entre as atividades que desempenha no negócio próprio estão a pesquisa de mercado (para entender o comportamento do comércio) e a análise da evolução financeira da empresa (comparando a variação percentual em relação a outros períodos).
“A Unifor fez parte de muitos momentos importantes da minha vida e continua fazendo em alguns cursos de curta duração, dos quais sempre participo na Universidade” — Tatiane Alves, egressa da graduação em Ciências Econômicas
Mesmo concentrando esforços no crescimento da própria empresa, a profissional não descarta a possibilidade de se aprofundar no mercado financeiro. “Acredito que é muito relevante para um economista. Pretendo, em breve, estudar o tema para entender melhor como ele funciona e realizar investimentos”, ressalta.
Quer estudar Ciências Econômicas?
Uma das primeiras implementadas na Unifor há 50 anos, a graduação em Ciências Econômicas forma profissionais de excelência aptos a atuar nas linhas de finanças, economia de empresas e economia do setor público.
Com currículo atualizado e adaptado às novas exigências e tendências do mercado, o curso dispõe de um corpo docente de alta qualificação, com relevante atuação no mercado corporativo, sendo 100% deles mestres ou doutores. Além disso, há parcerias firmadas com empresas do segmento financeiro e institutos de pesquisas econômicas.