Ponte Unifor-Rouen: Doutorandas em Saúde Coletiva compartilham experiência de estágio na França

seg, 24 junho 2024 18:24

Ponte Unifor-Rouen: Doutorandas em Saúde Coletiva compartilham experiência de estágio na França

Parceria entre Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unifor e Centro Hospitalar Universitário de Rouen proporciona intercâmbio de conhecimentos


Nadia Cherchem, docente responsável pelo estágio, recebe Érika Leite e Petrúcia Pinheiro na França (Foto: Arquivo pessoal)
Nadia Cherchem, docente responsável pelo estágio, recebe Érika Leite e Petrúcia Pinheiro na França (Foto: Arquivo pessoal)

Experiências acadêmicas internacionais abrem horizontes e estimulam os alunos a explorar potencialidades ao máximo. Na Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, estudantes de graduação e pós-graduação são incentivados a ultrapassar fronteiras em prol do desenvolvimento profissional.

Exemplo desse direcionamento é a parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Unifor e o Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Rouen, na França. Por meio dela, mestrandos e doutorandos brasileiros podem realizar estágios e conhecer o sistema de saúde local da cidade europeia.

As doutorandas do PPGSC, Petrúcia Pinheiro e Érika Leite, que foram aprovadas em processo seletivo e participaram dessa vivência recentemente, compartilham um pouco dos aprendizados proporcionados pela experiência internacional.

Tecnologia a serviço da saúde

Para Petrúcia, médica e cirurgiã de transplantes renais, o estágio foi particularmente importante. Ela conta que pôde conhecer o processo de doação e transplante renal com a utilização de máquinas de perfusão de rins para transplante, temática do seu projeto de pesquisa. “O contato com um serviço de saúde internacionalmente reconhecido, que incorpora essa tecnologia de ponta, foi muito proveitoso”, observa.


Tecnologia de ponta: Petrúcia Pinheiro mostra máquina utilizada para transplante renal na França e no Hospital Geral de Fortaleza (Foto: Arquivo pessoal)

Durante os quinze dias de permanência na França, a médica acompanhou atividades teóricas e práticas do Serviço Sanitário da Normandia e do Departamento de Epidemiologia e Promoção da Saúde da Universidade de Rouen, além de fazer visitas ao CHU de Rouen.

Petrúcia destaca também o aspecto cultural proporcionado pelo estágio. “Além do interesse acadêmico, uma oportunidade de imersão em outra cultura é uma experiência muito enriquecedora e uma vivência pessoal ímpar, realmente memorável”.


“Mesmo tendo sido aprovada em outro processo seletivo, para um curso de Doutorado semelhante em outra instituição [federal] de ensino, optei pelo curso na Unifor, justamente devido às oportunidades que a instituição proporciona”Petrúcia Pinheiro, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unifor

Quanto à seleção para o estágio na França, Petrúcia tem consciência de que a preparação não acontece de um dia para outro, mas é construída ao longo de um processo de busca pela excelência acadêmica. Com históricos escolares apresentando médias acima de 9,5 e um currículo diversificado, ela dá dicas para estudantes que desejam participar de futuros processos seletivos.

“Os alunos que têm interesse nesse tipo de experiência devem se esforçar para garantir boas notas no histórico e diversificar o currículo com produções acadêmicas, participação em projetos científicos e atividades docentes. Ter concluído cursos em língua estrangeira é crucial para participar de estágios internacionais”, frisa.

Acompanhamento espiritual aos pacientes

Espiritualidade e Saúde é o tema do projeto da musicoterapeuta Érika Leite. Durante o estágio em Rouen, a doutoranda do PPGSC da Unifor explorou o assunto por meio dos encontros que teve com profissionais do centro hospitalar francês.

Ela conversou com o formador em Cuidados de Enfermagem, Arkadiusz Koselak-Maréchal, e com a coordenadora da capelania do CHU, Valérie Soriano, sobre a importância do acompanhamento espiritual junto aos pacientes. Além disso, a estudante também participou de outras atividades, entre elas: 

  • Conferência “As Redes sociais no hospital: questões desafiantes para esses novos espaços de comunicação”, que abordou questões éticas acerca do uso das redes sociais no ambiente hospitalar, procedimentos na utilização de fotos de celulares no hospital e o cuidado com a vulnerabilidade do paciente;
  • Elaboração da campanha “Ação de Alimentação Durável”, promovida  pelo setor de Promoção da Saúde e Epidemiologia;
  • Ateliê sobre prevenção e promoção da saúde na Faculdade de Medicina, abordando temáticas como “Estratégias de Higiene”, “Nutrição e Sobrepeso”, “Tabagismo” e “O Papel da Atividade Física”; 
  • Encontro com a equipe de enfermagem que trabalha com os procedimentos burocráticos de colheita e transplante de órgãos.


“O principal aprendizado foi a interação com uma nova cultura, conhecer profissionais da saúde que lidam com a potência e os desafios desta área em um contexto diferente, aprender com as estratégias de saúde aí desenvolvidas e também poder partilhar da minha própria experiência aqui em Fortaleza”Érika Leite, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unifor

Para Érika, quem deseja viver experiências semelhantes deve, em primeiro lugar, buscar conhecer procedimentos e oportunidades do intercâmbio para, a partir daí, perceber como o aluno se identifica com o programa.

“Após isso, é necessário uma organização pessoal quanto aos procedimentos para uma viagem internacional. E, finalmente, algo que considero não menos importante: a aquisição do idioma estrangeiro”, orienta a doutoranda.