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Sex, 20 Outubro 2023 11:15

Acessibilidade em equipamentos culturais de Fortaleza é tema de pesquisa de egressa da Pós-Unifor

Manuella Martha, ex-aluna do Mestrado Profissional em Ciências da Cidade, analisou os espaços destinados à promoção de cultura para a população fortalezense


Em sua dissertação de mestrado, Manuela mostrou pesquisas que apontam como a acessibilidade aos equipamentos culturais indicam qualidade de vida (Foto: Luiz Alves)
Em sua dissertação de mestrado, Manuela mostrou pesquisas que apontam como a acessibilidade aos equipamentos culturais indicam qualidade de vida (Foto: Luiz Alves)

A cultura é necessária para o desenvolvimento da sociedade. Através dela, formam-se artistas, professores e cidadãos com profissões e capacidades variadas, além de estar diretamente ligada à qualidade de vida. A acessibilidade tem igual importância, pois transforma com equidade os meios de fruição. O tema foi aprofundado por Manuella Martha Figlioulo, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, no Mestrado Profissional de Ciências da Cidade (MPCC).

A trilha acadêmica de Manuella não seguiu conforme seus planos iniciais, mas acabou surpreendendo. Depois de alguns anos estudando para cursar medicina, resolveu investir em seu lado criativo e seu gosto pela arte, dessa forma, ingressou em Arquitetura e Urbanismo e, durante a graduação, integrou a Companhia de Dança Unifor. “Foram os melhores anos! A graduação foi muito proveitosa”, afirma a arquiteta, “era muito dinâmica, os professores altamente capacitados, que hoje são grandes colegas de profissão e dos quais tenho muito carinho e gratidão” complementa.

Recém-formada, especializou-se em arquitetura de interiores. “Logo após a conclusão surgiu a oportunidade para eu ensinar na cidade de Quixadá (CE). E aqui, um fato inesquecível: recorri aos meus queridos mestres de graduação professora Lia Mamede e professor Euler Muniz, que me auxiliaram a montar e ministrar a minha primeira aula!”, recorda.

Atualmente, Manuella ocupa o cargo de coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicatólica de Quixadá. “Com o novo cargo, novos desafios surgiram, e mais uma vez vi a necessidade de me atualizar. Foi quando decidi fazer o Mestrado Profissional em Ciências da Cidade", relata.

Novos universos

Ao ingressar no MPCC descobriu novas perspectivas ao se conectar com outras áreas. A arquiteta afirma que “o formato multidisciplinar foi primordial para fazer network com outros profissionais, hoje, meus queridos colegas”.

O Mestrado Profissional de Ciências da Cidade tem uma grade variada que se adapta às necessidades do mestrando, cumprindo a função de ser complemento acadêmico ao profissional, unindo teoria e prática. “Fui me encontrando, cada novo módulo era um universo grande e a vontade que dava era fazer todos”, declara.

Acessibilidade é qualidade de vida

Sua dissertação teve o tema “Avaliação das acessibilidades aos equipamentos culturais ofertados no espaço urbano de Fortaleza”, sob orientação do professor André Lopes. O trabalho mostrou pesquisas que apontam como a acessibilidade aos equipamentos culturais indicam qualidade de vida.

A dissertação apresentou uma investigação baseada em dois métodos: a caracterização socioeconômica da população de Fortaleza, analisando a realidade e a necessidade do fortalezense, e o reconhecimento dos equipamentos culturais e sua acessibilidade, qualificando-os quanto ao porte, suas atividades e concluindo com uma análise da macro acessibilidade física dos espaços.


“Os resultados obtidos mostram a latente carência em estabelecer uma rede cultural que atinja de forma igualitária o território e a acessibilidade da população, apresentando igualmente a importância das políticas públicas como ferramenta de implantação de equipamentos e qualificação da rede de transporte público para atingir o direito ao lazer e cultura à parcela da população segregada no território fortalezense” - Manuella Martha Figlioulo, arquiteta e mestre em Ciências da Cidade

Ainda segundo Manuella, a construção de uma cidade melhor perpassa por camadas estratificadas de saberes, e o âmbito da acessibilidade é apenas uma delas, mas essencial. “Uma cidade acessível no amplo sentido é fundamental para todos que vivem nela”.

A dica da agora mestre em Ciências da Cidade para os futuros egressos é: “se aprofunde no tema que você gosta para elaborar uma proposta de trabalho adequada, se dedique a escrever artigos e faça todos os módulos, todos!”