Saiba como rotina de exercícios físicos promove autonomia na terceira idade

Prática de atividades físicas está entre um dos principais fatores que contribuem para um processo de envelhecimento saudável

Com o aumento da expectativa de vida ao redor do mundo, assim como o avanço das ciências médicas, a tendência é que cada vez mais idosos sejam parte ativa da sociedade. De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de indivíduos com idade superior a 60 anos chegará a dois bilhões de pessoas até 2050. 

Apesar de ser um processo natural, o envelhecimento promove um desgaste do corpo que não é caracterizado somente pelas mudanças físicas, mas que ainda vem junto à redução da capacidade aeróbica, da massa muscular e da força física.

Por isso, a especialista em Geriatria Rosina Gabriele, docente de Medicina na Universidade de Fortaleza — da Fundação Edson Queiroz — explica que a prática de exercícios físicos está entre um dos principais fatores que contribuem para um processo de envelhecimento saudável. Nesse sentido, o olhar cuidadoso voltado para a saúde dos idosos se mostra necessário.




“O sedentarismo piora a saúde do idoso. O exercício físico também traz, além dos benefícios corporais, a melhora da saúde mental e da interação psicossocial” — Rosina Gabriele, especialista em Geriatria e professora do curso de Medicina da Unifor

 


A professora ainda aconselha que o melhor dia para iniciar a prática de atividades físicas é o dia de hoje, exemplificando que todas as pessoas dos mais variados perfis podem se exercitar.

Saúde e autonomia

PhD em Ciências Médicas e professor de Educação Física na Unifor, Thiago Daniele pontua que o envelhecimento corporal traz muitas mudanças fisiológicas, comportamentais e anatômicas. Com a prática regular de exercícios, os idosos conseguem manter a qualidade de vida e se tornarem mais autônomos nas atividades cotidianas.

As atividades físicas destinadas a pessoas mais velhas, no entanto, precisam ser executadas de forma apropriada e adaptada para as limitações de cada um, contando ainda com o acompanhamento de um profissional da área. “O melhor exercício é o que o idoso vai fazer e com segurança”, ressalta o docente.





“À medida que [o idoso] envelhece, tende a perder algumas funções. O exercício pode manter ativa essas funções de locomoção, equilíbrio, de força para levantar e ir ao supermercado” — Thiago Daniele, professor do curso de Educação Física da Unifor.
 


Em algumas situações, além do idoso ter que realizar uma avaliação clínica para detectar qualquer problema antes de iniciar os treinos, certos exames complementares também são necessários, como os cardiovasculares, de sangue e de densidade óssea.

Colocar o corpo em movimento também traz benefícios recreativos e de socialização, uma vez que promove ainda mais a integração dos idosos. Isso ainda promove um aumento na confiança e autoestima para que realizem atividades rotineiras.