Novas intervenções de segurança viária serão aplicadas para reduzir acidentes em Fortaleza

 

Segunda-feira, 23 Julho 2018 12:30
Publicado no site da Prefeitura de Fortaleza

 

A partir do segundo semestre de 2018, ações de mobilidade vão reformular a sinalização e a fiscalização de velocidade em algumas vias de Fortaleza. O anúncio foi feito pelo superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima, nesta quinta-feira (19/07), durante o segundo Fórum Internacional de Boas Práticas em Fiscalização de Trânsito. O evento, promovido pela Prefeitura de Fortaleza com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, acontece no Hotel Luzeiros e debate a fiscalização de trânsito como facilitador para prevenir e reduzir os acidentes em Fortaleza.

Durante o Fórum, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), policiais Rodoviários Estaduais e Federais, representantes do Detran e da Polícia Civil participam de palestras, incluindo especialistas da Europa, e trocam informações para saber como e o que funciona em outros países, com foco na prevenção de acidentes de trânsito. Entre os convidados internacionais, estão o gerente de policiamento de trânsito da Global Road Safety Partnership (ou Parceria Global pela Segurança Viária, em tradução livre), braço da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Marcin Flieger; além do consultor internacional Mihai Calinoiu.

A GRSP busca criar e apoiar parcerias de segurança viária pelo mundo, além de incentivar e possibilitar projetos de capacitação e treinamento de profissionais em nível global. O evento manteve essa proposta proporcionando informações práticas da profissão, como o treinamento dos principais fatores de risco e habilidades, a fiscalização baseada em dados e a capacidade de ter uma comunicação clara e direta com os condutores para diminuir cada vez mais o número de lesões e mortes no trânsito.

Segundo Calinoiu, “a educação faz parte da fiscalização”. O profissional apresentou durante suas palestras diversos exemplos de ações que foram beneficentes para outros países e, caso sejam adaptadas conforme as leis de Fortaleza, também poderiam trazer melhorias para aqueles que estão diariamente no tráfego da cidade. O uso do cinto de segurança e a diminuição da velocidade máxima foram medidas reverberadas pelo profissional.

“Precisamos abrir a Cidade para conhecer outras práticas de trânsito e salvar vidas. Fortaleza tem conseguido reduzir o número de acidentes e, consequentemente, de óbitos no trânsito. Essa é uma oportunidade ímpar, pela segunda vez, que nos ajuda a aprender com que o existe de melhor no mundo”, enfatiza o secretário-executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia.

Na primeira edição do Fórum, ano passado, as discussões se concentraram na prevenção de acidentes causados pela direção associada ao consumo de álcool, um dos principais fatores de risco que mais provocam acidentes com mortos e feridos em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Os números apresentados nesta quinta-feira mostram que, com a fiscalização da lei seca entre janeiro e junho deste ano, apenas as equipes da AMC já realizaram 34.206 testes e 558 condutores foram autuados.

“A gente quer ampliar esse tipo de fiscalização, realizar blitze em todos os turnos e em diversos locais da Cidade para que o motorista perceba isso e pense duas vezes antes de beber, dirigir e provocar um acidente", destacou o superintendente da AMC, Arcelino Lima. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “as mudanças mais positivas no comportamento dos usuários ocorrem quando a legislação de segurança no trânsito é apoiada por uma fiscalização forte, sustentada ao longo do tempo, em conjunto à conscientização pública”.

Outros fatores de risco como o não uso do cinto de segurança e de assentos infantis, uso incorreto do capacete para motociclistas e, principalmente a velocidade excessiva, também contribuem para os elevados índices de mortalidade no trânsito em Fortaleza e nas principais cidades brasileiras, segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a OMS.

"O grande papel das fiscalização é preparar as pessoas para que elas não infrinjam a lei. É garantir que as pessoas obedeçam as regras e não cometam irregularidades - antes mesmo de serem submetidas à fiscalização", afirma Flieger. Fortaleza já conseguiu mudanças positivas com a fiscalização efetiva. Com relação ao uso correto do capacete, para os motociclistas, foram realizadas 16.687 abordagens no mesmo período. Resultado desse trabalho em conjunto, incluindo análises aprofundadas de dados, melhorias de infraestrutura e campanhas de educação para o trânsito, é a redução no índice de óbitos por 100 mil habitantes em 35%, se comparados os dados de 2011, quando teve início a Década de Ação para Segurança Viária da ONU, e o ano passado. Em 2011, o número absoluto de pessoas que morreram nas ruas e avenidas de Fortaleza foi de 381, contra 256 mortes em 2017.

 

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