40 anos de Psicologia Unifor: Uma história de excelência na formação de psicólogos

seg, 26 agosto 2024 10:52

40 anos de Psicologia Unifor: Uma história de excelência na formação de psicólogos

Com abordagem inclusiva e transdisciplinar, curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza completa quatro décadas formando profissionais plurais e de excelência


A graduação em Psicologia da Unifor tem o compromisso de formar psicólogos aptos a atuar nas mais variadas áreas e demandas do mercado (Foto: Ares Soares)
A graduação em Psicologia da Unifor tem o compromisso de formar psicólogos aptos a atuar nas mais variadas áreas e demandas do mercado (Foto: Ares Soares)

O que cabe em uma história longeva de 40 anos? São décadas vendo o campus da Universidade de Fortaleza (Unifor), vinculada à Fundação Edson Queiroz, crescendo. Laboratórios foram sendo ampliados enquanto o curso de Psicologia ia atualizando a matriz curricular e estreitando laços com o mercado do ramo. Gerações diferentes de alunos levando diversidade ao campus, com egressos se tornando também professores para compartilhar um conhecimento vivo e estimular a atuação profissional responsável.

Uma pulsão de vida e cores acompanha o amadurecimento da graduação em Psicologia da Unifor, que agora completa 40 anos. Neste período, a demanda da sociedade pela área cresceu, preconceitos relacionados à saúde mental foram sendo derrubados e os campos de atuação se multiplicaram.

Os psicólogos estão nos hospitais, nas escolas, no esporte, nos departamentos de recursos humanos das empresas, na área jurídica, nos consultórios. A Unifor abraçou todos estes campos em uma formação que permite a experiência com a prática desde os primeiros semestres, com uma abordagem inclusiva e transdisciplinar.

“O curso de Psicologia da Unifor visa formar um psicólogo generalista, pluralista, competente e ético”, resume a coordenadora Noália Araújo. Ela acrescenta que este perfil fomenta o conhecimento do fenômeno psicológico, contemplando a multiplicidade de enfoques teóricos e metodológicos que caracterizam a psicologia, e permite ao profissional egresso desenvolver suas atividades nos mais diversos campos de trabalho da área.

“O profissional graduado na Unifor será capaz de atuar de forma preventiva e terapêutica, articulando sua prática profissional com princípios éticos e de cidadania, além de contribuir para a produção de conhecimento. Sua formação permitirá o desenvolvimento de um senso crítico que propicie uma constante reflexão entre o conhecimento teórico e a prática profissional”, afirma.

Buscando viabilizar a apropriação de uma visão interdisciplinar e contextualizada da realidade, o curso promove a compreensão e análise da interdependência entre os fenômenos psicológicos e os fenômenos socioeconômicos e culturais. São bases cruciais para a formação de um profissional completo, um objetivo que a Universidade abraça há 40 anos. Vamos conhecer histórias de quem faz parte da longa trajetória do curso?

Um curso que nasce comprometido com a excelência

Leônia Cavalcante Teixeira e o curso de Psicologia começaram juntos na Unifor. Aluna da primeira turma, ela se dedicou aos estágios e à monitoria num momento em que ainda se estruturava de forma mais sistemática uma política de pesquisa na iniciação científica da Universidade. Viu de perto a força do tripé ensino, pesquisa e extensão durante a graduação.

“Era a primeira turma de uma universidade privada. Acho que o nosso curso foi bem privilegiado porque começou a partir de professores e pesquisadores que já estavam no Ceará, mas ao mesmo tempo foi incorporando mudanças que estavam se dando na política universitária no Brasil”, afirma.

A experiência com a monitoria e os estágios durante a graduação levaram Leônia a procurar outras perspectivas, para além da prática da psicologia propriamente dita. Foi aí que apaixonou-se também pelo ensino. Atuou numa rede interdisciplinar no campo da educação, migrou para o cargo de psicóloga educacional, foi para a clínica.

Leônia fez mestrado e especialização. Hoje, é docente titular do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Unifor e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicanálise, Cultura e Contemporaneidade (LAEpCUS), além de trabalhar na clínica e pesquisar sobre psicanálise.

O fio da memória a leva aos tempos de estudante e aos longos debates do centro acadêmico para construir uma formação de excelência em Psicologia. “Lembro muito dessa articulação dos alunos em prol da consolidação de um curso de excelência, a partir do qual nós pudéssemos trabalhar nas várias perspectivas da psicologia com rigor”, conta.

A movimentação sociocultural fora da sala de aula, com apresentações musicais e encontros embaixo das árvores do campus, também estimulava a vivência completa da Universidade. 

Quando se formou, Leônia já estava com um posto de trabalho garantido por conta das experiências nos estágios. Anos depois, já com um doutorado, retornou à Unifor como docente. Ministrou aulas e orientou estudantes tanto da graduação quanto da pós. “Quero dizer que eu tenho muito gosto de dar aula para graduação, que eu acho um trabalho belíssimo, que eu adoro trabalhar com alunos que estão começando o estudo na Universidade”, diz.


“Quando trabalhamos com uma formação em que os alunos se dedicam, começam a olhar para a atividade da pesquisa e [percebem] o quanto o trabalho, propriamente dito, se beneficia do saber pesquisar e ler uma pesquisa, estamos formando um corpus de trabalho muito mais qualificado”Leônia Teixeira, egressa da primeira turma do curso de Psicologia e professora da Unifor

De professora a aluna, o caminho inverso para construir conhecimento

Cláudia Santos Jardim é psicóloga clínica, psicomotricista e uma das mais longevas professoras do curso de Psicologia da Unifor. Começou a dar aula para os futuros psicólogos há mais de 30 anos, na disciplina de Psicomotricidade. Educadora física, a professora decidiu se tornar aluna da graduação de Psicologia.

“Estava estudando muito sobre a psicomotricidade, uma correlação muito grande com a psicologia, e aquilo foi me deixando muito apaixonada pela profissão”, conta. Deixou então o posto de docente para voltar como estudante. “Foi muito curioso porque os meus colegas professores passaram a ser os meus professores durante aquele período de formação acadêmica”, diz.

Quando terminou a graduação, Cláudia voltou ao corpo docente do curso, com carga horária maior e novas disciplinas. Naquele momento, ela ingressou também no mestrado, que culminou com a publicação do livro “Brincar, um campo de subjetivação da infância”. 

A docente viu de perto os avanços e inovações se acumularem ao longo de décadas no curso. O campo do estágio foi proporcionando uma melhor formação, com parcerias feitas pela Universidade e possibilidades de atuação ampliadas ao longo dos anos. O corpo docente foi ficando cada vez mais especializado, ganhando mestres e doutores.

O currículo passou por várias atualizações, construindo um curso generalista, que abrange várias áreas da psicologia e oferece um conhecimento mais amplo da atuação do psicólogo. A estrutura também cresceu, com laboratórios e a clínica escola no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI). “Tudo vai proporcionando uma experiência essencial na prática profissional”, atesta Cláudia.

O mercado também foi ampliado nos últimos anos, especialmente com o avanço da compreensão sobre a importância de promover saúde mental, enquanto as práticas baseadas em evidências científicas ganharam espaço na sociedade.

“Nós vamos acompanhando essas transformações todas. Percebemos uma mudança acontecendo de fora para dentro, que é o que vai chegando no mundo, o adoecimento, o sofrimento que também vai se diferenciando e se modificando. E [isso gera] uma mudança por parte do colegiado, dos professores, nas suas atualizações das formações”, afirma a docente.

Para além das mudanças, Cláudia enfatiza que a Monitoria Acadêmica surgiu desde o início do curso, favorecendo também a formação de futuros docentes. Desde então, o programa evoluiu e cresceu. “É um programa muitíssimo procurado pelo curso”, conta. “Isso também é um aspecto fundamental na formação do futuro psicólogo, como área de formação docente e do qual o curso de Psicologia está bastante aquecido”.


“A evolução da graduação nesses 40 anos foi muito intensa. Partimos de um curso pequeno para um curso que foi tomando corpo, um colegiado que foi crescendo e várias mudanças de fluxo foram acontecendo também, deixando a formação mais adaptada e mais atualizada”Cláudia Jardim, egressa e docente do curso de Psicologia

O incentivo à pesquisa refletiu no aumento das publicações científicas. Consequentemente, o espaço do ensinar também cresceu. “Isso foi uma mudança muito importante no campo da pesquisa. Com a entrada do mestrado e, em seguida, do doutorado, os laboratórios de estudo também começam a se intensificar”, conta Cláudia.

Múltiplos campos para experimentar desde a graduação

Jessica Hannah é de outra geração de alunos da Unifor. Ela ingressou na graduação em Psicologia em 2020, com uma curiosidade genuína em entender o comportamento humano e as interações sociais.

Escolheu a Universidade de Fortaleza por conta do corpo docente qualificado e da infraestrutura oferecida – das salas de aula, aos laboratórios, espaços de prática e biblioteca robusta. “Foi aqui que encontrei um ambiente de aprendizagem seguro, que incentiva a pesquisa, a prática e a reflexão crítica, o que tem sido fundamental para a minha formação”, conta.

No último semestre do curso, ela guarda memórias importantes da jornada universitária. Quando recebeu o primeiro convite para participar de projetos de pesquisa como bolsista de iniciação científica no Laboratório de psicologia LET (Laboratório de Pesquisa Sobre Trabalho), em parceria com o laboratório ECOS (Estudos em Direito, Conflito e Sustentabilidade) do curso de Direito, sentiu novos caminhos se abrirem.

“Ser bolsista de iniciação científica sempre foi um sonho para mim, mas parecia algo distante, considerando a necessidade de conciliar trabalho, estudos, maternidade e dedicação ao laboratório”, conta. Na Unifor, encontrou suporte e incentivo das orientadoras, o que a permitiu seguir como bolsista pelo segundo ano consecutivo. 

Jessica também lembra com carinho quando fez o primeiro atendimento clínico, na Universidade. “Naquele momento, tive a certeza de que escolhi a profissão certa para a minha vida. Estava no lugar e na hora certa. Senti que meu sonho estava cada vez mais próximo de se tornar realidade. Foi emocionante!”, rememora. Essas experiências lhe proporcionaram a oportunidade de aplicar a teoria na prática, uma forma de aprender e também contribuir para a sociedade.

Hoje, Jéssica está aplicando o aprendizado teórico no ambiente corporativo. Ela atua com foco na Gestão de Saúde Mental do Trabalhador, Diversidade, Equidade, Inclusão e Sustentabilidade em uma das maiores indústrias de alimentos do país: o grupo M. Dias Branco, que é uma das instituições parceiras da Unifor, com foco em empregabilidade e projetos de inovação. “Sou apaixonada pelo que faço e pelas inúmeras oportunidades de atuação que a psicologia nos oferece”, afirma.


“A Unifor oferece uma sólida formação acadêmica, aliada a diversas oportunidades de estágio, pesquisa e extensão. Além disso, a infraestrutura, o corpo docente qualificado e as parcerias com empresas e instituições permitem que os alunos desenvolvam habilidades práticas e adquiram experiência real, facilitando a transição para o mercado de trabalho”Jessica Hannah, aluna do curso de Psicologia da Unifor

Prestes a se formar, a aluna espera seguir sua jornada acadêmica em especializações e em um mestrado na Unifor, com foco na psicologia organizacional e na clínica. Quer contribuir para a promoção e prevenção em saúde na sua vida profissional.

“Aqui é um lugar que sempre será meu ponto de apoio como fonte de conhecimento e bons relacionamentos para que eu possa seguir contribuindo para sociedade sendo ponte de transformação social. E claro, sempre embasada em práticas baseadas em evidências. Sou muito feliz em fazer parte dessa história!”, diz.

Uma universidade para acolher e experimentar

Quando se matriculou no curso de Psicologia da Unifor em 2016, Carlos Augusto Souza queria associar seu percurso em psicanálise com uma carreira acadêmica. “Escolhi uma Universidade que se destaca na produção e pesquisa acadêmica”, conta. O plus foi poder estar em um campus tão bonito. “Ele nos abraça”, diz.

Ficou na memória do egresso as possibilidades de estudar naqueles espaços arborizados, repletos de jardins e obras de arte. “Eu ficava muitas vezes o dia inteiro na Unifor sem sentir necessidade de estar em outros lugares, devido à diversidade de cenários disponíveis para todos que se integram ao campus: espaços artísticos, esportivos e de lazer, biblioteca, teatro, cinema”, conta. No tempo livre entre aulas, Carlos gostava de tomar um café com os amigos e apreciar as obras de arte no Espaço Cultural.

“A Unifor era um lugar que acolhia muito bem os alunos da Psicologia, e que nos permitia participar de uma experiência acadêmica e profissional na construção da carreira, o que agregava muito para os estudantes e nos valorizava diante do mercado profissional”, afirma.

Enquanto o campo da Psicologia era cada vez mais valorizado, a Unifor se atualizava e exportava ao mercado profissionais de excelência, dando condições para que traçassem carreiras promissoras. “A Unifor me deu acesso às diversas formas de atuar nos segmentos da psicologia”, diz Carlos. Há caminhos para experimentar diferentes oportunidades, seja na psicologia hospitalar, organizacional, clínica, social ou escolar.

“Eu mesmo pude agregar à minha carreira a experiência de docência através do Programa de Monitoria e ainda participei das oportunidades de pesquisa como estudante de iniciação científica”, conta o egresso, que hoje atua como psicólogo escolar, é psicanalista e lembro da Litoral - Escola de Psicanálise.


“As vantagens da Unifor são exatamente essa diversidade de opções que o corpo estudantil pode optar e receber toda essa gama de informações e ensino e aplicar na sua vida profissional, além de contar com profissionais de ponta como professores. Outra coisa fundamental é que, mesmo depois da formatura, a Unifor continua acolhendo seus ex-alunos, seja para dar continuidade a sua formação ou mesmo para participar de simpósios e congressos que a Unifor sempre oferece”Carlos Augusto Souza, egresso do curso de Psicologia

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Da infraestrutura ao corpo docente, o reconhecimento nacional

Há uma sensação de pertencimento que ronda os que passaram pelo curso de Psicologia da Unifor. “Hoje, me sinto honrada e feliz, porque a Unifor faz parte da minha história”, diz a coordenadora Noália Araújo, que é também egressa do curso. O sentimento é de orgulho ao ver a Psicologia ocupar o posto de segundo maior curso em número de matrículas no Centro de Ciências da Saúde (CCS).

“Como gestora e professora, vejo esse número como um reflexo da confiança dos estudantes e suas famílias em uma formação sólida, especialmente neste momento em que celebramos 40 anos do curso”, comemora.

Como o tempo é dinâmico e fluido, Noália destaca que sempre foi uma preocupação das gestões do curso atualizar as demandas da psicologia e do mercado. É nesta perspectiva que hoje a graduação busca viabilizar para os alunos a apropriação de uma visão interdisciplinar e contextualizada da realidade, permitindo a compreensão e análise da interdependência entre os fenômenos psicológicos e os fenômenos socioeconômicos e culturais.


“O curso de Psicologia da Unifor é altamente reconhecido. Ele está entre os dez melhores cursos de universidades privadas do Brasil, de acordo com o Guia do Estadão. Essa classificação reflete o comprometimento da Unifor com a excelência acadêmica, o corpo docente qualificado e a infraestrutura moderna, proporcionando uma formação sólida e diferenciada para os alunos”Noália Araújo, coordenadora do curso de Psicologia

Ao longo de sua história, o curso de Psicologia conquistou reconhecimento nacional pela qualidade do corpo docente e pela estrutura física, incluindo espaços de prática e laboratórios.

“Nesses 40 anos, passamos por diversas atualizações nas matrizes curriculares, permitindo a articulação do conhecimento com as bases epistemológicas presentes na construção do saber psicológico, capacitando os alunos a avaliar criticamente as linhas de pensamento em Psicologia”, afirma a coordenadora. E a perspectiva do curso para o futuro continua a mesma: evoluir, ensinar e aprender.