PPGCM da Unifor realiza aula inaugural sobre cenário epidemiológico do Ceará

PPGCM da Unifor realiza aula inaugural sobre cenário epidemiológico do Ceará

Momento será ministrado por Antonio Lima Silva, Secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Ceará e professor de Medicina da Unifor 


A vigilância epidemiológica tem uma destacada função na resposta a emergências em saúde pública, que podem variar desde pandemias até desastres naturais (Foto: Ares Soares)
A vigilância epidemiológica tem uma destacada função na resposta a emergências em saúde pública, que podem variar desde pandemias até desastres naturais (Foto: Ares Soares)

No dia 8 de agosto, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, vai realizar a aula inaugural “Cenário epidemiológico dos principais agravos no Estado do Ceará”. As atividades acontecerão na sala B50, às 18h, ministradas por Antonio Lima Silva, mais conhecido como Tanta, que é professor de Medicina da Unifor e Secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Estado do Ceará.

O campo da epidemiologia mudou muito com a chegada da pandemia de Covid-19, quando essa área passou a receber mais importância enquanto uma ciência que estuda a distribuição de doenças e agravos dentro de uma população, os fatores de risco associados, fatores de proteção e a sua capacidade de contenção 

Além disso, a vigilância epidemiológica tem uma destacada função na resposta a emergências em saúde pública, que podem variar desde pandemias até desastres naturais. Tais considerações reforçam a necessidade desse tema ser estudado por discentes da área da saúde. 

O estado do Ceará enfrenta uma série de desafios complexos em diversas áreas de saúde pública. Entre as principais preocupações estão as doenças cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, exacerbadas pelo controle insuficiente da pressão arterial e da glicemia em pacientes hipertensos e diabéticos. Além disso, as neoplasias, especialmente cânceres de mama, próstata, pulmão, cólon e estômago, demandam um diagnóstico precoce para redução da mortalidade. 

No campo das doenças transmissíveis, o estado lida com ciclos de arboviroses, como dengue e chikungunya, e doenças emergentes como a febre de Oropos, além de problemas persistentes como tuberculose e hanseníase, que afetam principalmente populações marginalizadas. A violência letal, com altas taxas de homicídios entre jovens, e desafios antigos como a mortalidade materna e infantil, exacerbados pela baixa cobertura vacinal pós-pandemia, também representam áreas críticas que requerem atenção contínua e ações eficazes do governo e da sociedade.

“Os objetivos de uma turma como essa, especialmente em disciplinas relacionadas, são fornecer aos alunos uma compreensão da importância de construir rotinas dentro do sistema de saúde. Mesmo que o aluno não esteja diretamente envolvido na vigilância cotidiana, é crucial que ele entenda como desenvolver rotinas alinhadas com as diretrizes, normas e práticas das ações de vigilância em saúde. Essas ações variam conforme o agravo e incluem desde doenças de notificação compulsória até questões de saúde do trabalhador, saúde ambiental e controle vetorial”, pontua Tanta.

O professor ainda ressalta que conhecer o cenário epidemiológico dos principais agravos do Ceará pode levar os profissionais a desenvolverem trabalhos eficazes dentro dessa área."Eles podem entender em detalhes o comportamento dessas doenças ao longo dos anos e identificar os principais fatores associados, como fatores de risco e de proteção. Com esse conhecimento, podem discutir com seus orientadores e escolher as melhores abordagens de pesquisa e investigação, eventualmente relacionadas à situação do Estado”.

Sobre o professor 


(Foto: Ares Soares)

Tanta é Secretário de Vigilância da Secretaria da Saúde do Ceará e professor do curso de Medicina da Unifor. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC), fez mestrado em Epidemiologia Ambiental na London School of Hygiene & Tropical Medicine, doutorado em Saúde Coletiva na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e pós-doutorado na Escola de Saúde Pública de Harvard. Foi consultor de Doenças Emergentes e Reemergentes do Ministério da Saúde, gerente de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza e membro do Comitê Estadual de Enfrentamento da Pandemia de Covid-19.

Mestrado em Ciências Médicas 

O Mestrado em Ciências Médicas da Unifor destina-se a profissionais que desejam aprimorar e qualificar suas práticas na área das Ciências Médicas. Ele é ideal para aqueles que buscam agregar conhecimentos e habilidades relacionadas à gestão ágil, competente e criativa do conhecimento científico. Além disso, o curso foca no desenvolvimento de competências em liderança, tomada de decisões, criatividade e inovação, essenciais para o avanço profissional.

O principal objetivo deste curso é preparar os participantes para melhor aproveitarem as oportunidades profissionais na área da saúde. Isso inclui não apenas a prática assistencial, mas também a docência no ensino superior, pesquisa científica, e a gestão educacional ou de saúde. Ao concluir o curso, os profissionais estarão capacitados a enfrentar os desafios do setor com uma abordagem inovadora e eficiente.

Serviço

Aula inaugural PPGCM
Data: 8 de agosto
Horário: 18h
Local: B50

Mais informações: (85) 3477.3846


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