Unifor celebra o Dia Nacional da Ciência com histórias que inspiram pesquisadores

ter, 8 julho 2025 16:01

Unifor celebra o Dia Nacional da Ciência com histórias que inspiram pesquisadores

Professores Geraldo Bezerra e Andréia Fórmico compartilham suas trajetórias acadêmicas e reforçam o valor da pesquisa para a sociedade e para o desenvolvimento humano


A pesquisa científica impacta e transforma o mundo em diversas áreas, como educação, tecnologia, saúde e meio ambiente (Ilustração: Getty Images)
A pesquisa científica impacta e transforma o mundo em diversas áreas, como educação, tecnologia, saúde e meio ambiente (Ilustração: Getty Images)

A Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, celebra o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico (8 de julho), destacando duas trajetórias inspiradoras: as dos professores Geraldo Bezerra e Andréia Formico, que dedicaram suas vidas à ciência e à formação de novos cientistas.

A data marca a criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e tem como objetivo valorizar a produção científica nacional, além de incentivar jovens a se engajarem na pesquisa e promover o conhecimento científico para toda a sociedade.

Curiosidade como motor da pesquisa

O professor Geraldo Bezerra, do curso de Medicina e dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva e Ciências Médicas da Unifor, iniciou sua trajetória científica ainda na graduação, na Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Foi orientado por professores marcantes, especialmente a nefrologista Elizabeth Daher, que o influenciou a seguir nessa especialidade médica. Desde então, a busca por conhecimento se tornou uma constante em sua trajetória profissional. 

Geraldo sempre cultivou o hábito de se manter atualizado com as inovações científicas e acredita que a curiosidade, aliada ao desejo permanente de aprender, são características essenciais para quem pretende trilhar o caminho da pesquisa.

Com mais de 20 anos de experiência acadêmica, o professor construiu uma sólida carreira com mestrado e doutorado em Ciências Médicas pela UFC, além de pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

Durante a pandemia, liderou pesquisas clínicas sobre a Covid-19 e buscou aprimoramento com um MBA em Inovação, Gestão e Serviços em Saúde pela PUCRS.

Atualmente, Geraldo orienta alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, com vários projetos de pesquisa, tendo o foco principal no estudo das doenças crônicas, incluindo doenças renais.


Só conseguimos desenvolver a sociedade e nos tornarmos melhores seres humanos por meio da pesquisa. A própria vida humana tem a possibilidade de se tornar melhor e mais longa por conta das pesquisas científicas, então, valorizar a ciência é valorizar a vida” — Geraldo Bezerra, professor do curso de Medicina e dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva e Ciências Médicas da Unifor

O docente incentiva os interessados que querem seguir no meio científico a terem mais curiosidade, vontade de aprender e muita criatividade, para que possam desenvolver pesquisas de impacto e que sejam importantes para a sociedade.

Tecnologia, ciência e impacto social

Andréia Formico, professora do Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada (PPGIA) da Unifor, iniciou seu envolvimento com a ciência ainda na graduação, por meio de projetos de iniciação científica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Assim como Geraldo, ela também teve o apoio de orientadores comprometidos com a pesquisa, o que foi determinante para sua formação.

Andréia realizou o mestrado em Computação no Departamento de Engenharia Elétrica da mesma universidade, desenvolvendo sistemas para animação de personagens do tipo corpo rígido, controlados por Dinâmica (Física Newtoniana) e sujeitos a colisões entre si e com o ambiente simulado. 

Posteriormente, obteve PhD em Ciência da Computação pelo Imperial College London, no Reino Unido, com foco no desenvolvimento de sistemas de simulação de objetos deformáveis aplicados à área da saúde.

Sua atuação, no entanto, extrapola os limites acadêmicos. De 2021 a 2024, foi presidente da Comissão de Jogos de Entretenimento Digital da Sociedade Brasileira de Computação. Desde então, vem atuando em temas que envolvem computação gráfica, jogos, realidade virtual e interação, sempre buscando unir fundamentos da computação a aplicações práticas que unem ciência, tecnologia e impacto social.

Neste ano, ela foi indicada como Pesquisadora Homenageada do SBGames, uma das maiores honrarias do setor de jogos no Brasil, pelo conjunto da obra na área. Na Unifor, Andréia também coordena o GIRA Lab, laboratório de inovação do Parque Tecnológico (TEC Unifor), onde lidera projetos que integram ciência, tecnologia e impacto social.

Segundo a professora, a iniciação científica é uma excelente porta de entrada, pois permite o contato direto com a prática da pesquisa. “Também é importante construir uma boa rede que envolve a pessoa orientada, mestrandos e doutorandos, e colegas que estejam associados a um grupo de pesquisa”, complementa.

Andréia destaca ainda que participar de eventos e manter uma postura investigativa são grandes diferenciais para quem busca se destacar na área científica. “A pesquisa exige dedicação, nas proporciona uma forma única de aprendizado”, declara. 


A pesquisa científica é o motor do desenvolvimento intelectual, tecnológico e social. No meio acadêmico, ela gera conhecimento novo e forma profissionais críticos e criativos. Fora da universidade, seus impactos são amplos: desde o desenvolvimento de soluções inovadoras, até melhorias concretas em áreas como saúde, educação, tecnologia, meio ambiente e cultura. A ciência nos permite não apenas entender melhor o mundo, mas também transformá-lo. Isso não tem preço” — Andréia Fórmico, professora do Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada (PPGIA)

Pós-graduação: onde a pesquisa se aprofunda e transforma

Para o professor Geraldo, a pós-graduação é parte fundamental da pesquisa científica. Embora seja possível fazer pesquisa por meio da iniciação científica, é na pós-graduação que ela atinge seu ápice, com a realização de grandes projetos e parcerias com pesquisadores de todo o mundo.

Andréia reforça que a pós-graduação oferece o ambiente e os recursos necessários para desenvolver pesquisas de forma estruturada e profunda, avançando o estado da arte na área, com “olhos de águia”, buscando transformar o mundo para melhor com ética e força de trabalho.

“É nesse momento que o pesquisador amadurece suas habilidades analíticas, metodológicas e criativas”, afirma a docente.

Inscrições abertas para o PPGIA

A Unifor está com inscrições abertas até o dia 14 de julho para o Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada. São ofertadas 20 vagas para o mestrado e 5 para o doutorado, voltadas a pesquisadores que desejam atuar nas áreas de computação aplicada, inovação tecnológica e impacto social.

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