Professor da Unifor profere palestra em evento internacional sobre cranioestenoses

sex, 16 fevereiro 2024 14:45

Professor da Unifor profere palestra em evento internacional sobre cranioestenoses

A doença provoca deformidades cranianas e afeta crianças em todo o Brasil e no Mundo


Eduardo Jucá é docente do curso de Medicina e atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (Foto: Arquivo pessoal)
Eduardo Jucá é docente do curso de Medicina e atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (Foto: Arquivo pessoal)

Especialistas do Brasil, Estados Unidos e França vão debater dias 14 e 15 de março, no Teatro Universitário da Faculdade de Odontologia de Bauru (SP), a cranioestenose, doença caracterizada pelo fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas, que são as regiões de limite entre os ossos do crânio e onde ocorre o crescimento ósseo da cabeça.

Um dos conferencistas brasileiros será o neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, professor do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), da Fundação Edson Queiroz, e atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica. Além de representar ambas as instituições na oportunidade, o professor Eduardo Jucá vai proferir palestra sobre os recursos necessários para o tratamento da doença.

Segundo o professor Eduardo Jucá, o simpósio será de grande impacto no enfrentamento dessa importante condição que afeta crianças em todo o Brasil e no mundo. “A cranioestenose provoca deformidade craniana e compressão cerebral, com riscos de prejuízo à inclusão e ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança”, salienta.

O evento, intitulado “Simpósio Cranioestenose: Compreendendo o tratamento, políticas e cuidados”, é uma realização da Universidade de São Paulo (USP), por meio do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais de Bauru, do Hospital Infantil de Boston, vinculado à Universidade de Harvard (EUA), e do Hospital Necker, de Paris.

A expectativa é que o simpósio exerça papel importante na conscientização sobre o problema e no estímulo ao desenvolvimento técnico que possa ajudar na luta pela saúde do sistema nervoso das crianças atingidas. “Além disso, o evento discutirá a acolhida, o acesso aos tratamentos e as políticas que visem estabelecer linhas de cuidado adequadas para o tratamento das cranioestenoses. O papel das famílias será ressaltado e valorizado, com a presença de pais e mães de pacientes na comissão organizadora e entre os palestrantes, o que reforçará o vínculo entre todos que se dedicam a cuidar dos pequenos pacientes”, reforça professor Eduardo Jucá.

Sobre o simpósio

O encontro vai dar ênfase aos distúrbios craniofaciais no Brasil. Haverá reuniões com foco clínico pela manhã, concentradas em craniossinostose sindrômica, incluindo a síndrome de Apert. As sessões matinais de ambos os dias discutirão as diferentes abordagens de protocolo no Brasil, bem como no Hospital Infantil de Boston e no Hospital Necker, em Paris, como forma de comparar e contrastar diferentes abordagens.

Haverá também sessões de especialidades específicas que enfocam o atendimento de subespecialidades para todos os diferentes aspectos do atendimento ao paciente craniofacial sindrômico complexo. Os objetivos das sessões matinais incluem a partilha de experiências clínicas e, mais importante, o fornecimento de uma estrutura para a colaboração clínica e de investigação no futuro.

À tarde, em ambos os dias, a ênfase mudará para a política e a defesa de direitos. Qual é a situação atual no Brasil em relação ao manejo de pacientes com doenças craniofaciais – de todos os tipos, incluindo craniossinostose? Quais são as barreiras ao cuidado? Existem questões de força de trabalho, infraestrutura, financiamento, política ou governança que poderiam ser abordadas? Existe uma lacuna na gestão pública/privada desta complexa população de pacientes? Como o Brasil pode avançar e criar acesso universal a cuidados seguros e acessíveis para pacientes com distúrbios craniofaciais? Que pontos de aprendizagem existem nos sucessos recentes observados na cirurgia global em termos de abordagens nacionais para o fortalecimento do sistema cirúrgico? Para as sessões da tarde, serão convidados especialistas em defesa e política de todos os aspectos da política, prestação e governança de saúde brasileira.

Também serão incluídas organizações de defesa de pacientes e familiares e ONGs que prestam cuidados a pacientes com doenças craniofaciais. Os objetivos das sessões da tarde incluem não apenas documentar as questões atuais relacionadas ao cuidado do paciente craniofacial sindrômico complexo, mas também refletir sobre como esse diálogo pode trazer mudanças políticas, legais e de governança no Brasil para fornecer acesso simples, seguro e de qualidade aos cuidados para todos os pacientes e famílias com doenças craniofaciais.

Serviço

Simpósio Cranioestenose: Compreendendo o tratamento, políticas e cuidados
Data: 14 e 15 de março
Local: Teatro Universitário da Faculdade de Odontologia de Bauru (SP)
Inscrições: https://forms.gle/GdKtYkYhjZgzxwKr8
Mais informações: https://hrac.usp.br/eventos/2024/craniosynostosis-symposium-2024/