Celebrando o Dia do Enfermeiro, profissionais da área compartilham relatos sobre desafios e realizações
seg, 10 maio 2021 16:30
Celebrando o Dia do Enfermeiro, profissionais da área compartilham relatos sobre desafios e realizações
A Universidade de Fortaleza comemora o Dia do Enfermeiro nesta quarta-feira, 12 de maio, e traz depoimentos de docentes e egressas sobre a vivência da profissão durante a pandemia. Confira.
Nesta quarta-feira, 12 de maio, é celebrado internacionalmente o Dia do Enfermeiro. Cobertos por aparatos de segurança e sustentados por muita coragem, os profissionais dessa área assumem protagonismo no atual momento de crise, trabalhando por horas a fio para salvar pessoas acometidas pelo novo coronavírus, que há mais de um ano mudou a forma como o mundo vê a vida.
O curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, já divulgou a programação especial da Semana da Enfermagem, planejada em celebração da data. No evento, alunos, professores e profissionais convidados irão partilhar experiências sobre este período desafiador. Esse espaço de troca e aprendizado, entretanto, se faz presente todos os dias do ano.
A seguir, confira depoimentos emocionantes de docentes e egressas que tiveram suas vidas transformadas pela tarefa desafiadora (e recompensadora) que é atuar na enfermagem.
Formando guerreiros
Isabela Bonfim e Adna Ribeiro, respectivamente, são professoras do curso de Enfermagem da Unifor e acreditam que lecionar na área é uma experiência engrandecedora. (Fotos: Acervo Pessoal)
Quando perguntada sobre como é atuar na formação de futuros guerreiros da saúde, a professora Isabela Bonfim, docente do curso de Enfermagem da Unifor, define o sentimento com as palavras da poetisa Cora Coralina – “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” –, e também faz referência ao lema da própria instituição, “Ensinando e Aprendendo”. “Acredito que essa troca de conhecimentos é que nos faz crescer como pessoas e mestres”, destaca Isabela.
De acordo com a docente, “para nós da Enfermagem, que representamos o ‘cuidar’, esse momento tem sido desafiador tanto no campo profissional quanto no pessoal”. Isabela, entretanto, não deixa de se mostrar otimista ao falar do futuro: “Seguimos em frente com força e fé na esperança de dias melhores, confiando nos excelentes enfermeiros que formamos na melhor Universidade do Norte e Nordeste”.
Adna Ribeiro, também professora da Universidade de Fortaleza, conta que sempre teve noção da responsabilidade que assume de formar profissionais de Enfermagem, mas revela que “durante a pandemia, essa sensação se acentuou”. Ela luta na linha de frente contra o novo coronavírus junto aos colegas que um dia a tiveram como docente. “Trabalhar lado a lado cuidando dos pacientes em parceria com ex-alunas me trouxe alegria e a certeza da qualidade de formação que a Unifor se propõe a oferecer”, complementa a pesquisadora, com orgulho.
A ciência do cuidar
Pouco após a graduação, a egressa Ticiana Barros assumiu
o desafio de atuar na linha de frente contra a Covid-19. (Fotos: Acervo Pessoal)
“A enfermagem sempre foi pra mim uma profissão de sonhos. Era algo que fazia meus olhos brilharem. O ato de cuidar e ajudar uma pessoa em sua recuperação física e mental é indescritível. Além do mais, o ambiente hospitalar era um local onde me enxergava”, conta Ticiana Barros, que graduou-se no curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza em 2019.1.
Hoje, ela atua em dupla missão: cuidando de pacientes graves em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicada a pessoas com Covid-19 e auxiliando na campanha de vacinação contra a doença. “São dois extremos, mas com uma única finalidade: proporcionar a cada paciente ou pessoa que vem se vacinar um serviço de cuidado, respeito, amor, empatia, e esperança que dias melhores virão”.
A enfermeira relembra com gratidão seus dias na Unifor. Ela conta que não titubeou ao escolher a Universidade para cursar seus estudos, pois a instituição é tida como referência de qualidade em ensino e pesquisa: “Eu sabia que quando concluísse minha graduação estaria pronta, [munida] com embasamento científico e prático. [...] Consegui colocar em ação tudo que víamos em sala de aula e laboratórios”.
Além do time competente de docentes e da infraestrutura de ponta, a egressa menciona o Laboratório de Tecnologia em Enfermagem (Labtenf), onde foi bolsista, como um diferencial em sua jornada universitária. “Lá, aprendi a importância de trabalhar o currículo com publicações em revistas e livros científicos. Outro grande aprendizado no Labtenf foi a experiência com simulações in situ no SAMU e nas UPAs. Só tenho a agradecer por cada oportunidade que me foi dada. Aproveitei cada chance e aprendizado”, ressalta.
Em defesa da vida
“Amo e sou minha profissão”, destaca a egressa Bianca Loiola,
que encara extensas jornadas de trabalho. (Fotos: Acervo Pessoal)
Logo que conquistou o diploma, Ticiana Barros precisou lidar de frente com a Covid-19, o maior desafio enfrentado até então. “Tive meus medos, anseios e receios, mas nunca deixei que fossem maiores do que meu desejo de trabalhar e poder ajudar as pessoas. Trabalhar na linha de frente da saúde em nosso país é vivenciar muitas alegrias e tristezas, mas principalmente é não perder a esperança da recuperação do paciente. Cada vida é muito importante”.
Aos colegas, a enfermeira pede: “não levem esse ego no coração de que somos heróis, mas lembrem-se que somos enfermeiros, profissionais fundamentais na linha do cuidado, e precisamos ser valorizados com salários e carga horária de trabalho digna”. Ela conclui com um lembrete de que “o trabalho é cansativo e exaustivo, mas vale a pena cada minuto investido na recuperação do paciente, pois seu sorriso suave no canto da boca é uma alegria e satisfação sem fim”.
Bianca Loiola, graduada na Unifor em 2019.2, compartilha de uma trajetória parecida com a de Ticiana e abraça a profissão com muita honra. “A enfermagem mudou minha vida. Mudou a forma que vejo o amanhã e o presente. Mudou minha forma de amar, de acolher, de entender”, conta a enfermeira. “Ficamos horas e horas ao lado do paciente no leito, muito mais do que qualquer outro profissional, lutando por uma única causa: a vida! [...] Tudo vale, tudo importa. Não importa a hora. Não importa a fome. Não importa o cansaço”.
Também atuando na linha de frente contra a pandemia, Bianca compartilha depoimento sobre a dureza da batalha, mas assume a luta como identidade: “Há um ano a pandemia nos mostrou o que é dor de verdade. O que são 24h, 36h de trabalho... às vezes, 60 horas seguidas. Nos mostrou o que é exaustão! Mas, nós, enfermeiros, estamos prontos para ficar até o fim nessa luta com quem quer que seja. Eu, Bianca Loiola, enfermeira, amo e sou a minha profissão”.