Dissertação de mestrado detalha processo de arquitetura microservices para softwares

qui, 24 junho 2021 18:13

Dissertação de mestrado detalha processo de arquitetura microservices para softwares

Pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza propõe migração de aplicações em sistema monolítico para modelo adotado por grandes conglomerados de conteúdo.


Estratégia de microservices traz benefícios para softwares que se utilizam de nuvens de bases de dados. (Foto: Getty Images)
Estratégia de microservices traz benefícios para softwares que se utilizam de nuvens de bases de dados. (Foto: Getty Images)

Você conhece o que está por trás do seu software favorito? Entende de computação em nuvem? Na dissertação acadêmica “Uma abordagem de migração para arquitetura microservices a partir de aplicações monolíticas em produção”, o pesquisador Luis Heustakio Lima Carvalho, egresso do Programa de Mestrado em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, traz detalhes sobre o processo de arquitetura por trás de aplicações que conquistam atenção no meio virtual.

Orientada pelo Prof. Ph.D. Américo Tadeu Falcone Sampaio, a dissertação apresenta proposta de migração de aplicações em sistema monolítico para um modelo denominado microservices, que permite a distribuição de conteúdos em programas menores e independentes, tática que, por seus efeitos positivos na produtividade, já é utilizada por muitos conglomerados de conteúdo na engenharia de softwares. Mais detalhes sobre o trabalho podem ser lidos a seguir.

Qual o objetivo da pesquisa?

O trabalho realizado propôs uma abordagem para migração de aplicações monolíticas para o padrão microservices, contemplando todas as atividades do ciclo de desenvolvimento de softwares. Para tal objetivo, a pesquisa definiu os processos envolvidos nesta tarefa, que são baseados nas melhores práticas sugeridas pelo atual estado da arte. Além disso, a abordagem proposta focou em dar suporte à migração de aplicações que já estão em produção, sem afetar seu desenvolvimento e os clientes que já utilizam o software.

Por que é importante?

O recente paradigma de microservices vem ganhando bastante atenção do mercado e da comunidade acadêmica, e transformando a maneira de desenvolver softwares. Com o objetivo de aumentar a produtividade das equipes de desenvolvimento, ele transforma a maneira de modularizar softwares antes localizados dentro de uma única unidade de implantação (chamada de sistema monolítico), propondo sua distribuição por meio de um conjunto de pequenos programas independentes, chamados microservices.

Este modelo muda a maneira de construir softwares, pois os antigos módulos do monolítico podem ser construídos, implantados, monitorados e escalados, de forma independente, trazendo mais produtividade e desacoplamento, mas também trazendo uma série de desafios, como a gestão mais automatizada da implantação e a utilização de várias bases de dados. Algumas implementações, que são referências baseadas em microservices, já estão em pleno funcionamento no mercado, como os sistemas da Amazon e da Netflix, demonstrando os benefícios do paradigma.

Quais foram as conclusões?

Um estudo de caso real foi desenvolvido em uma empresa de software, cuja utilização da abordagem proposta pela pesquisa conseguiu migrar a arquitetura monolítica de uma aplicação comercial, sem afetar seu uso por parte dos clientes e atingindo benefícios como a melhor modularização e uma redução do tempo de construção (build) e implantação.

Luis Heustakio Lima Carvalho é mestre em Ciências da Computação através do programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza (UNIFOR, 2015); especialista em Gerência Estratégia da Informação pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR, 2003); e graduado em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC, 1987). É diretor da HSTK Business Group (HR Informática) e participa de diversos projetos de gerência e desenvolvimento de sistemas na plataforma WEB.

Orientador: Prof. Américo Tadeu Falcone Sampaio, Ph.D.

Co-orientador: Prof. Nabor das Chagas Mendonça, Ph.D.