sex, 13 junho 2025 15:30
Unifor lança livro que dialoga com as temáticas que serão debatidas na COP30
Iniciativa da Vice-Reitoria de Extensão da Universidade de Fortaleza, a obra coletiva reúne artigos científicos de professores da Unifor e de instituições parceiras sobre a intersecção entre clima, direito e novos cenários de conflito em escala mundial

De 10 a 21 de novembro de 2025, Belém (PA) receberá a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), encontro global anual que debate alternativas de enfrentamento às mudanças climáticas. Estima-se que mais de 40 mil pessoas visitarão a capital paraense durante os principais dias da Conferência, representando uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu protagonismo nas negociações acerca do tema, bem como sobre a sustentabilidade global.
Durante os 12 dias do evento, temas como redução de emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono, preservação de florestas e biodiversidade e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas estarão no centro das discussões entre líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil.
Nesse contexto, a Universidade de Fortaleza – instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz –, por meio de sua Vice-Reitoria de Extensão e Comunidade Universitária, também reafirma seu compromisso com as pautas ambientais e climáticas mais urgentes dos tempos atuais. De 19 a 23 de maio, foi realizada a 18ª Semana do Meio Ambiente Unifor, com uma intensa programação voltada a fomentar as discussões acadêmicas sobre a COP 30 e apresentar as práticas sustentáveis das diversas áreas de conhecimento e entidades parceiras da Universidade aos docentes, discentes e público em geral.
O evento culminou com a publicação do livro “COP30: Clima, Direito e Mercado em Conflito”, fruto da parceria da Unifor com Associação de Professores de Direito Ambiental do Brasil (Aprodab), Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (Ibap) e Academia Latino-Americana de Direito Ambiental (Alada). A obra coletiva reúne artigos científicos de professores da Unifor e de instituições parceiras.
Segundo o Reitor da Unifor, professor Randal Martins Pompeu, a produção acadêmica representada no livro é uma expressão do estímulo constante que a Universidade oferece a seus professores e pesquisadores, na medida em que fortalece a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. “Esta obra é também um convite ao diálogo, à ação e à construção coletiva de soluções sustentáveis e justas”.
Pauta transversal
A publicação teve como organizadores a Vice-Reitora de Extensão e Comunidade Universitária da Unifor, professora Adriana Helena Moreira; a professora Gina Pompeu, coordenadora do grupo de pesquisa Relações Econômicas, Políticas, Jurídicas e Ambientais da América Latina (REPJAAL) do Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional (PPGD) e do Núcleo de Estratégias Internacionais (NEI) da Unifor; a chefe da Divisão de Responsabilidade Social da Unifor, professora Maely Borges; o chefe da Divisão de Arte e Cultura da Unifor, professor Thiago Braga; e a procuradora de Justiça e coordenadora-geral da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil, professora Sheila Pitombeira.
Além dos organizadores, assinam os artigos os professores Mônica Tassigny, João Henrique Viana, Alessandra Siebra, Ana Rita Freitas, Renata Bessa, Karla Patrícia Ferreira, Lisa Naira de Sousa, Nathalie Guerra, Maria Letícia Beinichis, Maria Christina Bessa, Ralciney Barbosa e Marcus Mauricius, bem como pesquisadores de instituições parceiras. O livro contempla textos de docentes dos quatro centros de ciência da Unifor (Direito, Comunicação e Gestão, Saúde e Tecnologia), reforçando que o tema é uma pauta transversal, que precisa ser discutida sob vários aspectos.
A professora Adriana Helena Moreira ressalta que cada texto é uma peça do mosaico de ideias que dialoga com os debates globais da COP 30, destacando a intersecção entre clima, direito e novos cenários de conflito emergentes em escala planetária.
“A Vice-Reitoria de Extensão (Virex) e a comunidade universitária da Unifor têm orgulho de fomentar e apoiar iniciativas como esta, que fortalecem a produção de conhecimento e promovem impacto social. Ao incentivar a interlocução entre as diversas áreas do saber, instituições parceiras e a sociedade civil, reafirmamos o nosso compromisso com a formação cidadão, a inclusão e a sustentabilidade”, destaca Adriana Helena.
Sustentabilidade no centro das discussões acadêmicas
Em se tratando de uma temática que permeia todos os aspectos da vida cotidiana e da necessidade de se buscar novas alternativas para mitigar os problemas advindos das mudanças climáticas, é urgente que ela esteja esteja no centro das discussões acadêmicas, bem como integrada nas matrizes curriculares das universidades. É de fundamental importância que estudantes, professores e pesquisadores façam parte da rede de produção de conhecimento voltada para encontrar soluções para as questões ambientais da atualidade.
Gina Pompeu evidencia que, em sua missão de promover o conhecimento e contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, a Unifor reafirma seu compromisso com a educação ambiental como eixo fundamental para a formação de cidadãos globais, conscientes do seu papel como agente de transformações positivas no espaço local.
A docente destaca ainda que esse compromisso permeia todas as ações promovidas pela Universidade ao longo de seus mais de 50 anos de história e que essa vocação se reflete em iniciativas como palestras, pesquisas e publicações conjuntas, oferta de disciplinas transversais em todos os cursos como a unidade curricular “Responsabilidade Social e Ambiental”, bem como eventos como a Semana do Meio Ambiente que integrou a programação da segunda edição da Semana da Internacionalização.
A obra coletiva se soma a essas ações propondo reflexões sobre temas como transição energética, justiça ambiental, mudanças climáticas e a construção de cidades inclusivas e sustentáveis, convidando os leitores a pensar o futuro das próximas gerações.
“O livro traz à tona a urgência de repensarmos a relação entre os seres humanos e o planeta, tendo em vista as mudanças climáticas e as crises ambientais que se intensificam. Essa reflexão se faz necessária quando consideramos o papel das cidades inteligentes, capazes de conciliar sustentabilidade e qualidade de vida, por meio da promoção do direito à cidade e do direito à natureza. Cidades que sejam, ao mesmo tempo, conciliadoras e inclusivas, possibilitando reconhecer que o futuro da humanidade está atrelado ao respeito ao meio ambiente e aos direitos dos cidadãos”, afirma Gina Pompeu.