Unifor abre seleção para projeto humanitário Educação e Saúde

sex, 1 agosto 2025 14:27

Unifor abre seleção para projeto humanitário Educação e Saúde

A iniciativa convida estudantes do Centro de Ciências da Saúde (CCS) a atuarem como voluntários em clínicas de hemodiálise, oferecendo acolhimento, atividades lúdicas e educação em saúde a pacientes em tratamento


Projeto é realizado em parceria com a Fundação do Rim e recebe candidaturas até o dia 27 de agosto (Foto: Divulgação))
Projeto é realizado em parceria com a Fundação do Rim e recebe candidaturas até o dia 27 de agosto (Foto: Divulgação))

Em meio à rotina exaustiva da hemodiálise — marcada por horas de espera, agulhas e limitações físicas —, pequenos gestos podem provocar grandes transformações. Com esse olhar sensível, o projeto Educação e Saúde na Descoberta do Aprender, da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz. convida estudantes da área da saúde a fazerem a diferença na vida de pacientes renais por meio do voluntariado. 

A iniciativa é coordenada pela Divisão de Responsabilidade Social, instituição, vinculada à Vice-Reitoria de Extensão e Comunidade Universitária (Virex) da Unifor, e está recebendo candidaturas até 27 de agosto. O projeto é realizado em parceria com a Fundação do Rim e acontece nas clínicas de hemodiálise da Davita, nos bairros Meireles e Mondubim, em Fortaleza.

A proposta é promover um tratamento humanizado aos pacientes renais por meio de jogos que estimulam a criatividade e a imaginação. As dinâmicas são conduzidas com escuta ativa e atenção às necessidades emocionais dos pacientes, oferecendo apoio psicológico durante as sessões.

O coordenador da iniciativa, Rafael Braga, explica como essa abordagem beneficia a todos os envolvidos: “As ações desenvolvidas vão desde atividades lúdicas que resgatam a autoestima até orientações de saúde que auxiliam na prevenção de complicações e na adesão ao tratamento. Crianças, adolescentes, adultos e idosos em hemodiálise encontram nos voluntários mais do que estudantes — encontram companhia, acolhimento e esperança".

Rafael também destaca o impacto da escuta terapêutica praticada pelos estudantes: “Durante as atividades, os alunos promovem momentos de conversa que ajudam os pacientes a expressar sentimentos. Isso alivia dores emocionais e torna o ambiente mais leve. Falar é terapêutico, é uma forma de cura".

“Uma nova perspectiva de esperança”

Uma das voluntárias do projeto, Ana Vitória Lima, aluna do oitavo semestre de Psicologia, relata como a experiência impactou sua formação pessoal e profissional: “O que pude aprender nesses últimos meses mudou completamente a minha visão de mundo e do que quero para mim como futura profissional".

Participando do projeto há cerca de cinco meses, Ana compara a vivência com sua experiência anterior: “É completamente diferente do que eu vivi no NAMI [Núcleo de Atenção Médica Integrada da Unifor], que até então era meu único contato com a prática".

Entre as atividades mais apreciadas pelos pacientes está o bingo adaptado, pensado para facilitar a compreensão de todos. “Usamos formas ‘quebradas’ de anunciar os números, como dizer ‘7 e 1’ em vez de ‘71’, o que ajuda muito quem tem mais dificuldade. Muitos não sabem contar, mas reconhecem os números até 10. Aproveitamos também para trabalhar conceitos matemáticos durante a brincadeira”, explica Ana.

Ela ressalta como as atividades tornam o ambiente mais leve: “Eles comentam como esses momentos ajudam a tirar o foco da dor e do cansaço. E a gente percebe isso nos olhares e nos sorrisos".

Com base no acolhimento e na humanização, o projeto transforma a vivência hospitalar em um espaço de cuidado mútuo, onde alunos aprendem com os pacientes e vice-versa. É um encontro onde a empatia se torna ferramenta de cura — e todos saem fortalecidos.

“Quando eles conseguem expor um pouco do que eles estão sentindo [...] de estar esperando para fazer hemodiálise, das restrições que a hemodiálise traz, isso gera uma nova perspectiva de esperança, de cura, de restabelecimento do processo”, reflete Rafael.

Quem pode participar?

Para se candidatar, é necessário ter no mínimo 18 anos, estar regularmente matriculado em curso da área da saúde (graduação ou pós), ter disponibilidade de quatro horas semanais e interesse em atividades sociais.  Estudantes estrangeiros também podem participar, desde que estejam matriculados em cursos da área da saúde.

Além disso, cada participante deverá cumprir quatro horas semanais de atividades presenciais nas clínicas parceiras. Ao final do semestre, os voluntários que completarem a carga horária mínima receberão certificado de 60 horas.

Inscrições e documentos

As inscrições podem ser feitas por meio de formulário online disponível neste link ou via QR Code disponível nas redes sociais do projeto.

Os documentos exigidos devem ser entregues presencialmente na sala do projeto, localizada no bloco W da Unifor, sala 35 (ao lado do Centro Acadêmico de Odontologia):

  • Comprovante de matrícula autenticado pelo DAE;
  • Declaração de matrícula emitida pelo DAE;
  • Cópia do RG;
  • Cópia do cartão de vacinação infantil, com comprovação das vacinas contra hepatite, tétano e varicela (catapora).

Resultado e capacitação

O resultado da seleção será divulgado no dia 1º de setembro, a partir das 16h, nos canais oficiais da Unifor e no perfil do projeto no Instagram (@educacaoesaudeunifor).

Os aprovados passarão por uma acolhida no dia 5 de setembro, das 11h20 às 13h, e por uma capacitação entre os dias 8 e 12 do mesmo mês, em horários previamente escolhidos no ato da inscrição. O local da capacitação será divulgado posteriormente.

Serviço

Seleção para o Educação e Saúde na Descoberta do Aprender 2025.2
Inscrições: até 27 de agosto de 2025
Local: sala do Educação e Saúde (bloco W, ao lado do Centro Acadêmico de Odontologia e em frente ao Ginásio Poliesportivo da Unifor) 
Mais informações: 3477-3301 | educacaoesaude@unifor.br 
Instagram: @educacaoesaudeunifor