seg, 18 agosto 2025 11:44
Cinco cursos da Unifor conquistam acreditação internacional em todo o Mercosul
A acreditação pelo Sistema Arcu-Sul fortalece a internacionalização da Universidade de Fortaleza, facilita intercâmbios acadêmicos e amplia oportunidades profissionais para alunos e egressos
A Universidade de Fortaleza, instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz, está na lista exclusiva de instituições de ensino superior do Brasil e da América do Sul a receber acreditação internacional pelo Sistema de Acreditação Regional de Cursos Universitários do Mercosul (Arcu-Sul). Atualmente, cinco cursos da instituição receberam o selo, que garante reconhecimento acadêmico nos países membros e associados ao bloco.
Criado em 1991, o Arcu-Sul reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Chile e Venezuela para validar, de forma integrada, a qualidade de cursos de graduação em áreas estratégicas para o desenvolvimento regional. Além de facilitar processos de intercâmbio e mobilidade acadêmica, a acreditação estimula o aprendizado de novos idiomas e a interação entre diferentes culturas e sistemas de ensino.
O Sistema contempla áreas estratégicas do conhecimento para o desenvolvimento regional da América do Sul. Entre os benefícios diretos para os cursos acreditados estão a facilitação da revalidação de diplomas, o aumento da competitividade acadêmica e a criação de um ambiente multicultural nas universidades.
Com a acreditação pelo Arcu-Sul, os cursos reconhecidos consolidam a Unifor como referência de qualidade no ensino superior latino-americano, reforçando seu compromisso com a excelência acadêmica, os padrões internacionais de ensino e a formação de cidadãos preparados para atuar em um mundo cada vez mais globalizado.
Selo que abre portas
Segundo o professor Euler Sobreira Muniz, assessor de Planejamento Físico da Unifor e avaliador do Sistema Arcu-Sul desde 2012, o reconhecimento internacional vai muito além de um selo formal. “A acreditação confere à instituição um selo de qualidade, dá um diferencial. É muito importante para os cursos de graduação, porque permite algo fundamental: a troca de conhecimento, a interação entre saberes e o aprendizado de novos idiomas”, explica.
Ele destaca que, na prática, o Arcu-Sul cria oportunidades de intercâmbio e colaboração acadêmica entre universidades sul-americanas, além de abrir caminhos para a inserção dos alunos no cenário internacional.
“O domínio de outro idioma abre portas. A Universidade já capacita professores para ministrar conteúdos curriculares em inglês, francês e espanhol, permitindo que estudantes estrangeiros e brasileiros se comuniquem de forma mais fluida em sala de aula”, afirma o docente.
Conheça os cursos da Unifor com acreditação internacional no Mercosul:
A internacionalização prepara o estudante para oportunidades globais. Euler reforça a importância de olhar para países vizinhos, como Uruguai, Argentina, Chile e Colômbia, que oferecem ensino de qualidade e possibilidades de intercâmbio cultural mais próximas e, muitas vezes, mais viáveis economicamente. A vivência no exterior, segundo ele, amplia horizontes acadêmicos e profissionais, além de favorecer conexões duradouras.
“Essas facilidades das redes internacionais são muito ricas para o nosso aluno e para o nosso professor também. Hoje, temos vários grupos de pesquisa com parceiros internacionais e muita gente interagindo.” — Euler Muniz, assessor de Planejamento Físico da Unifor e avaliador do Sistema de Arcu-Sul
Como funciona a validação?
Após a avaliação da instituição de ensino superior (IES), cada avaliador emite um parecer técnico indicando se acredita ou não no curso e justificando a decisão. Esse parecer é enviado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que devolve à IES as análises realizadas, permitindo que esta apresente complementações ou argumentações.
O resultado final determina se o curso receberá a acreditação. Com isso, a validação da Unifor passa a ser reconhecida em todos os países integrantes do sistema, ampliando as oportunidades de cooperação e intercâmbio acadêmico.
Muniz destaca que a acreditação facilita o contato com instituições estrangeiras, permitindo parcerias em projetos, disciplinas compartilhadas e até missões acadêmicas de curta duração. Além disso, incentiva a mobilidade acadêmica, tanto para que alunos da Unifor estudem no exterior quanto para receber estudantes de outros países.
Outro benefício é a revalidação simplificada de diplomas, o que abre portas para que egressos possam exercer a profissão em outros países do Mercosul e, em alguns casos, até na União Europeia. “Sair de um curso acreditado para outro acreditado facilita o ingresso em pós-graduações e processos de reconhecimento profissional”, afirma.
Impacto institucional e internacional
A conquista fortalece a posição da Unifor nos rankings nacionais e internacionais, além de aumentar sua visibilidade no cenário acadêmico global. O professor Euler reforça que cada estudante que participa de programas de mobilidade acadêmica também contribui para a divulgação da Universidade no exterior.
“Fazer intercâmbio gera mais intercâmbio. Mesmo que você não tenha um colega estrangeiro na sala, a convivência com alunos de outros países dentro do campus já amplia o aprendizado e as conexões”, observa o assessor de Planejamento Físico da Unifor.
A dupla titulação, já oferecida por alguns cursos da Unifor, é outro diferencial que se conecta à lógica da acreditação, pois permite que o aluno obtenha um diploma válido no Brasil e no exterior, ampliando seu alcance profissional e acadêmico.
Internacionalização na prática
A Unifor também realiza ações estratégicas para fortalecer essa internacionalização, como eventos acadêmicos multilíngues e disciplinas que são ofertadas em língua estrangeira para estimular a prática e a compreensão de novos idiomas.
Entre as experiências recentes, o professor lembra do evento Construcciones Sostenibles, realizado na própria Universidade em 2024 e que seguiu a mesma metodologia de interação linguística do Arcu-Sul.
“Os professores que apresentariam seus conteúdos em espanhol montavam a apresentação em português, e os que falariam em português montavam em espanhol, para que todos pudessem exercitar o ouvir do outro idioma”, relata. A estratégia reflete a dinâmica das avaliações do Arcu-Sul, em que cada participante fala no seu próprio idioma, sem tradução simultânea, incentivando a compreensão auditiva.
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