Alunos da Unifor conquistam prêmio nacional com projeto inovador sobre criptomoedas

qui, 5 dezembro 2024 17:21

Alunos da Unifor conquistam prêmio nacional com projeto inovador sobre criptomoedas

João Pedro Alexandrino e Lucas Lustosa, estudantes de Ciência da Computação, foram destaque no Desafio de Dados de Moedas Digitais, da FGV


Com o projeto “Criptolé”, os alunos desenvolveram soluções inovadoras para democratizar investimentos em criptomoedas (Foto: Arquivo pessoal)
Com o projeto “Criptolé”, os alunos desenvolveram soluções inovadoras para democratizar investimentos em criptomoedas (Foto: Arquivo pessoal)

Os estudantes João Pedro Alexandrino e Lucas Lustosa, do curso de Ciência da Computação da Universidade de Fortaleza — instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz —, conquistaram o terceiro lugar na quinta edição do Desafio de Dados (Datathon) de Moedas Digitais, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV EESP). A competição, que aconteceu em 14 de novembro, reuniu 20 equipes de universidades de todo o Brasil e teve como objetivo fomentar estudos e inovações no ecossistema de blockchain e criptoativos.  

A equipe, formada com outros dois estudantes, se destacou com a  apresentação do projeto “Criptolé”. O sistema utiliza aprendizado por reforço para criar estratégias personalizadas de investimento em criptomoedas, adaptadas a perfis de risco como conservador, moderado e arrojado. A iniciativa foi projetada para ajudar investidores menos experientes a explorar o mercado de criptoativos, particularmente em cenários de instabilidade econômica no Brasil, promovendo maior acessibilidade e segurança.  

Tecnologia avançada e inovação inclusiva  

O “Criptolé” se baseia em técnicas de aprendizado por reforço, utilizando redes neurais para analisar cenários econômicos e tomar decisões de investimento alinhadas ao perfil do investidor. Dados como desempenho do Ibovespa, taxa Selic e indicadores de commodities foram integrados no modelo, permitindo uma análise detalhada das condições do mercado.  

Segundo João Pedro, o projeto começou a tomar forma após um convite para participar do Datathon. “Quando vi o tema, percebi que seria uma oportunidade de mostrar o potencial que temos no Nordeste. Foram dez dias de trabalho intenso, dividindo tarefas e enfrentando desafios complexos, como o ajuste do modelo de aprendizado por reforço. No final, o esforço valeu muito a pena”, destaca o aluno.

Reconhecimento nacional  

O CearáCoin apresentou seu projeto para uma banca avaliadora composta por professores de universidades prestigiadas e representantes do setor financeiro. A equipe conquistou o terceiro lugar, ficando atrás apenas de times da FGV e da USP. Na final, a equipe da Unifor superou várias universidades de renome e destacou o potencial do Nordeste em um campo dominado por participantes do Sul e Sudeste.  

Além da conquista, o projeto “Criptolé” oferece possibilidades de expansão. Entre as propostas futuras estão a incorporação de novos perfis de investidores e o uso de redes neurais convolucionais para aumentar a precisão das análises.