qui, 26 setembro 2024 16:58

Palestrantes do XLVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia visitam a Universidade de Fortaleza

Momento teve como objetivo fortalecer parcerias e promover a troca de conhecimento na área de imunologia e neuroimunologia

A Universidade de Fortaleza - instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz - recebeu, na manhã desta quinta-feira (26), a visita de palestrantes do XLVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia, que acontece no Centro de Eventos do Ceará entre os dias 25 e 29 de setembro. Estiveram presentes o neurologista-psiquiatra Antonio Lucio Teixeira, da Universidade do Texas em San Antonio, a professora Danielle Macedo, dos Programas de Pós-Graduação em Farmacologia e Microbiologia Médica da Universidade Federal do Ceará (UFC), e a neurologista especialista em neuroimunologia, Milena Pitombeira. Eles foram convidados para conhecer a Unifor, discutir parcerias e falar sobre suas áreas de atuação e pesquisas que têm conexão direta com a imunologia.

Os pesquisadores foram recepcionados na reitoria da Unifor, pelo professor Randal Pompeu, Reitor da instituição, pela Vice-Reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, professora Maria Clara Bugarim, e pela Vice-Reitora de Extensão e Comunidade Universitária, professora Adriana Helena Moreira. Também estiveram presentes na ocasião, a diretora do Centro de Ciências da Saúde, professora Lia Brasil; a coordenadora do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex), professora Ana Cristina Moreira; a coordenadora do Núcleo de Estratégias Internacionais (NEI), professora Gina Pompeu; os professores do curso de Medicina, Norberto Frota, Karina Bezerra e Verônica Freire; o professor Tauily Taunay, do curso de Psicologia; e a professora do curso de Nutrição, Denise Fernandes.

Durante o encontro, o Reitor da Unifor destacou o compromisso da universidade com a pesquisa e inovação, buscando parcerias que possam promover avanços na área da saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas, a exemplo da área de imunologia. "Estamos sempre em busca de parcerias para fortalecer a área de pesquisa da Universidade, sempre visando melhorar a qualidade de vida das pessoas. A UFC e a Unifor, por exemplo, são universidades irmãs, estamos sempre trabalhando juntos, uma como instituição pública e nós como particular", afirmou.

A professora Maria Clara Bugarim, também expressou entusiasmo com a possibilidade de intensificar as pesquisas na área de imunologia: "Espero que a gente possa, a partir dessa oportunidade, acolher e nos debruçar mais sobre essa área e também desenvolver pesquisas dessa natureza", ressaltou.

Ao longo de seus mais de 50 anos de atuação, a Unifor tem sido reconhecida como uma instituição que alia ensino de excelência à pesquisa científica de impacto, contribuindo significativamente para a promoção da saúde e do bem-estar social. A universidade atua em diversas áreas da ciência, promovendo pesquisas que geram benefícios diretos à sociedade, com foco em inovação, tecnologia e na formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios do mundo moderno. A forte atuação da Unifor na área de pesquisa ao longo dessas décadas reflete o seu compromisso em transformar a vida das pessoas por meio do conhecimento científico.

Importância da pesquisa científica em imunologia

Na reunião, Antonio Lucio Teixeira ressaltou a relevância da imunologia não apenas no campo acadêmico, mas em seu impacto direto no cotidiano das pessoas. Ele explicou como a imunologia é fundamental para a resposta do corpo a infecções e o desenvolvimento de vacinas.

A pesquisa científica na área de neuroimunologia tem se mostrado crucial para o avanço da medicina, principalmente no entendimento de doenças que envolvem processos inflamatórios no sistema nervoso, como a doença de Alzheimer. Essa enfermidade neurodegenerativa tem sido o foco de diversos estudos que buscam novas estratégias terapêuticas. O conhecimento sobre como o sistema imunológico interage com o cérebro é essencial para o desenvolvimento de tratamentos inovadores, especialmente os que envolvem o uso de anticorpos, que podem retardar o progresso da doença e oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes. 

Dr. Teixeira reforçou a importância desse campo de pesquisa ao explicar o papel da neuroimunologia no tratamento de doenças como o Alzheimer. "Embora a doença de Alzheimer não seja necessariamente uma doença autoimune, as estratégias mais promissoras de tratamento envolvem o uso de autoanticorpos. Isso mostra como o conhecimento imune pode impactar a neurociência e o desenvolvimento de novos tratamentos". Ele destacou ainda o papel de eventos como o Congresso para promover a divulgação científica e influenciar positivamente o ambiente acadêmico.

O professor de Medicina da Unifor, Norberto Frota, também enfatizou a importância da pesquisa em neuroimunologia para o avanço das abordagens terapêuticas. Ele explicou como o conhecimento científico na área pode levar a melhores estratégias farmacológicas e terapêuticas para doenças degenerativas e metabólicas. "Na pesquisa básica, propicia-se uma melhor compreensão de doenças e, com isso também, você depois vê que melhores abordagens terapêuticas podem ser feitas. O conhecimento médico e científico está sempre aumentando, e por isso é importante que os profissionais estejam em constante atualização".

Segundo Milena Pitombeira, o Brasil é uma liderança na área de imunologia, destacando que o país tem diretrizes sólidas para o tratamento de condições como a esclerose múltipla, uma das principais doenças dentro desse campo. "O Hospital Geral de Fortaleza, por exemplo, é um dos centros de referência, onde a gente agrupa esses pacientes e consegue oferecer pra eles um tratamento multidisciplinar. O Brasil é uma referência em linhas de pesquisa nessa área, e por isso o Congresso de Neuroimunologia está sendo realizado aqui em Fortaleza neste ano", sublinhou.

Ao final da visita, os convidados foram apresentados ao Nubex, um dos centros de excelência da Unifor. O Núcleo desempenha um papel fundamental na produção de conhecimento e inovação nas áreas de saúde, alimentos, fármacos e educação. O centro é um ponto de convergência para projetos de graduação e pós-graduação, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias que impactam diretamente a sociedade, fortalecendo o compromisso da Unifor com a pesquisa e a inovação científica.