O superadministrador do futuro

seg, 22 novembro 2021 15:56

O superadministrador do futuro

Saiba como o curso de Administração da Universidade de Fortaleza investe na formação de profissionais com perfil dinâmico e inovador


Dominando multitarefas, os jovens administradores pensam novas soluções para o mundo corporativo (Ilustração: Getty Images)
Dominando multitarefas, os jovens administradores pensam novas soluções para o mundo corporativo (Ilustração: Getty Images)

Produtividade, alta performance, resultados. É no mundo corporativo que os pilares do século 21 alcançam altíssima profundidade, exigindo dos profissionais da área administrativa não só o domínio de multitarefas como capacidade à toda prova para uma constante autoprodução. Saem os burocratas formais, engessados e agarrados à rotina, entram os líderes versáteis, inovadores e criativos. Eis o administrador do futuro, aquele que procura entender não só a voracidade e inconstância do mercado como também o complexo comportamento da chamada sociedade do desempenho, que teima em alimentá-lo.

Na Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz, seu perfil, traçado a partir de um currículo integrado e sistêmico, é feito de conhecimento técnico e raciocínio analítico sim, mas também de sensibilidade, perspicácia e atitude. É o que afirma o coordenador da graduação em Administração, Josimar Costa.

“Formamos um profissional capaz de fazer análise de dados e tomar decisões objetivas prontamente, mas também um ser humano completo, que tem empatia e pensa de forma subjetiva, entendendo que sua decisão tem impacto sobre as pessoas que o cercam. Por isso é tão importante desenvolver o pensamento crítico aguçado, a responsabilidade social e a capacidade de comunicação para assumir uma postura de líder. Liderança se aprende sim, mas o administrador do futuro já sabe de antemão que não faz nada sozinho, tudo é trabalho colaborativo e em equipe”, Josimar da Costa, coordenador do curso de Administração da Unifor. 

Não à toa, criatividade e inovação também devem brotar interligadas a um amplo repertório de informações, sem perder de vista o contexto socioeconômico e cultural em que se está inserido. Daí porque interdisciplinaridade é palavra de ordem no curso de Administração da Unifor, alinhando numa mesma trilha formativa disciplinas aparentemente díspares, como análise de dados e consultoria de imagem, inteligência analítica e produção de moda, direito empresarial e narrativas audiovisuais, neuromarketing e fotografia, gestão de riscos e enologia de vinhos, matemática financeira e cultura brasileira, compliance e comunicação e persuasão.  

“Para falar do futuro do administrador urge entender o contexto em que vivemos, que é de muita volatilidade, incerteza e complexidade. Empresas estão desenvolvendo múltiplas jornadas. Precisam tocar o dia a dia e modificar processos frequentemente, sobreviver e se adaptar rapidamente às mudanças. E aos profissionais da área é imperativo desenvolver um pensamento analítico e preditivo, buscar aprendizagem contínua, ter habilidade para resolver problemas complexos e gerir crises”, reforça o professor Rogério Nicolau, lembrando que na Unifor a formação do administrador conta ainda com o braço forte do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES), unidade ligada ao curso de Administração e voltada à captação de empresas públicas e privadas interessadas em levar demandas para a sala de aula, propiciando aos discentes experiência prática e a oportunidade de colocar a ciência a serviço da solução de problemas corporativos reais.  

“Colocar a mão na massa, prototipar e fazer todo um engajamento com a equipe é um exercício fundamental. Isso é autogestão, saber trabalhar com pessoas, algo tão importante quanto dominar as novas tecnologias”, Rogério Nicolau, coordenador do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade da Unifor (EGES). 

Para Rogério, se liderança, comunicação, resiliência e tolerância ao fracasso hoje encabeçam a lista de competências do administrador do século 21 é preciso, desde já, abrir espaço para o protagonismo e o espírito empreendedor dos discentes. Esse semestre, o EGES junto com o CCG, está promovendo o Desafio Santander, onde os alunos, com a orientação dos professores, encaram dois grandes blocos de desafios: um pautado na sustentabilidade e outro que visa mitigar o efeito da pandemia nas micro e pequenas empresas. Dessa forma, o EGES não só aproxima a empresa parceira da Unifor como instiga o aluno a trabalhar com problemas reais, encontrando soluções que precisam nascer no mercado”, regozija-se, torcendo para que saia do EGES as três ideias mais inovadoras e com potencial de aplicação no mercado que serão premiadas pelo banco Santander.

Na Unifor, o administrador em formação que, cada vez mais, lida com inteligência artificial e biotecnologia para responder às atuais exigências do mercado de trabalho também não abre mão de ter um propósito. Assim pensa o coordenador do curso de Administração, Josimar Costa: “estamos prontos a lidar com alta tecnologia, mas pensando prioritariamente nas pessoas e no ecossistema que se retroalimenta. Nosso aluno pode sim atuar com excelência nas áreas de Finanças, Marketing, Operações e Logística, Tecnologia de Informação e Gestão de Pessoas, em organizações públicas ou privadas, como consultor ou dono do próprio negócio, seja no mercado nacional ou internacional. Mas penso que a gestão “com” pessoas e não “de” pessoas é o nosso diferencial”, sustenta.

Para ele, assim como os três eixos formativos - empreendedorismo, pesquisa e liderança – são a base de sustentação do curso, os quatro ciclos formativos - reconheça, identifique-se, integre-se e apaixone-se - dizem sobre essa formação humanizada. “O aluno Unifor primeiro reconhece o seu campo de atuação para depois se identificar e mergulhar nesse ambiente corporativo até que definitivamente se apaixone. Assim é que desenvolve habilidades múltiplas, seja para prospectar novos cenários, tomar decisões voltadas para o bem-comum, produzir novos modelos, instrumentos e processos. A paixão aqui é em torno de valores e princípios, para além das metas e dos objetivos. É uma densa formação técnica, empreendedora e inovadora a um só tempo, mas também ética e flexível, focada em sustentabilidade e cidadania”, conclui Josimar.  

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Um olhar holístico e crítico sobre o mercado. Para a administradora Michela Alves Jácome, 34, ter cursado graduação e viver a atual experiência de um mestrado em Administração na Unifor significa muito mais do que saber mobilizar conceitos e práticas gerenciais. “Sou coordenadora de empreendedorismo e inovação no Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), uma autarquia do Governo estadual. Lá coordeno uma incubadora de startups, nada menos do que 11 empresas incubadas e completamente diferentes entre si. Entendi que a busca por novos conhecimentos nunca é demais em um cenário que muda de um dia para o outro. Daí o interesse paralelo pela pesquisa e por novas formas de trabalho que surgem na esteira das novas tecnologias”, anima-se a mestranda que, primeiramente, já havia cursado Turismo na Unifor.  

“Devo esse espírito empreendedor e de liderança a minha participação, ainda como estudante, no Núcleo de Gestão e Negócios da Unifor, que prestava consultoria para pequenas e médias empresas. Sob orientação dos professores, passamos a aplicar a teoria na prática muito cedo, o que me fez uma profissional capaz de se adaptar a qualquer maré”, Michela Alves Jácome, administradora graduada pela Unifor e atualmente aluna do Mestrado em Administração da instituição. 

Para a administradora Jéssica da Silva Penaforte, 26, o futuro da profissão também se deixou antever durante a graduação na Unifor. “O ponto alto da minha formação certamente foram duas viagens proporcionadas pela universidade: primeiro fiz um intercâmbio na Alemanha, conhecendo de perto a cultura corporativa de um país altamente competitivo; depois participei do projeto Bagagem, que leva os estudantes para outros estados, a fim de conhecer empresas consolidadas no mercado. Visitamos em São Paulo a Bayer, a Mercedes Benz e a Rede Globo.  Conhecemos todo o processo de produção de um remédio anticoncepcional na Bayer e o processo de montagem de caminhão na Mercedes, observando etapa por etapa. Na Globo, a cereja do bolo foi participar da gravação do programa Conversa com Bial, conhecendo o estúdio e vendo como tudo acontece de perto”, recorda, reconhecendo o valor de metodologias ativas e do ensino da Administração na prática. 

“Ingressei na área de contratação de serviço terceirizado, lidando com cerca de 5 mil funcionários, sendo que 4 mil eram terceirizados. E penso que consegui me destacar pela inovação”,  Jéssica da Silva Penaforte, egressa do curso de Administração da Unifor. 

O acesso às novas tecnologias e a intimidade com projetos inovadores também fizeram a diferença ao ingressar no mercado de trabalho. Foi ainda estudante que Jéssica encarou a seleção de trainee da Norsk Hydro, multinacional norueguesa do ramo de alumínio. “Os processos estavam há tempos na mesmice, todos engessados. Então, fui descobrindo outras formas de fazer porque já havia experimentado isso na Unifor, tanto na prática como na teoria. A disciplina sobre Estratégia fez muito sentido pra mim, como também os Jogos Empresariais, que me ensinaram muito sobre liderança e comunicação junto a fornecedores”, relata a administradora que agora quer ser empreendedora de si, apostando na franca expansão do marketing digital. 

Ser convidada a estagiar, logo no primeiro ano de faculdade, no Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES) da Unifor levou a administradora Sarah Távora Lima, 26, a encarar trabalho e estudo simultaneamente com muito mais segurança e desenvoltura.  

“O fato de ter podido cursar disciplinas pela manhã, à tarde ou à noite foi essencial para conseguir mergulhar nos estágios e encarar o mercado corporativo logo cedo. A passagem pelo EGES e o fato de ter feito parte da faculdade na Inglaterra, graças a parcerias que a Unifor firmou com instituições de ensino nacionais e internacionais também representaram um salto de qualidade na minha formação”, Sarah Távora, graduada em Administração pela Unifor. 

Hoje, a gerente de payments (meios de pagamento) de uma empresa americana, que trocou Fortaleza por São Paulo depois de passar numa seleção de trainee, reconhece que tanto a flexibilidade de horários proporcionada ao longo do curso de Administração quanto a prática experimentada em sala de aula, ao ter contato com empresas e iniciativas ligadas a empreendedorismo, fizeram a diferença na sua trajetória profissional ascendente.

“Com tal currículo, não foi difícil encarar o ambiente competitivo de São Paulo e me sobressair nas três empresas pelas quais já passei. Hoje curso pós-graduação em Finanças e estou certa de que colocar a mão na massa, errar e saber reelaborar processos rapidamente, saindo das dificuldades ainda mais fortes, ser essa pessoa que sabe motivar e arrastar o time, além de ter empatia, entendendo que as pessoas têm trajetórias diferentes, são os principais atributos que o administrador do futuro deve ter”, conclui Sarah.

Ao filho do dono jamais interessou viver o papel de um reservado e previsível herdeiro, aquele que iria simplesmente dar continuidade à gestão do pai na Prime Plus, empresa genuinamente cearense do ramo de transporte, que atua há 27 anos no ramo. É que enquanto egresso do curso de Administração da Unifor, concluído em 2019, João Pedro Lima Netto Brandão, 23, foi levado a se tornar um líder, na mais completa acepção do termo. E assim o cargo de vice-presidente do já bem-sucedido negócio não poderia ser só decorativo, ou melhor, ele haveria de deixar sua marca, modernizando e humanizando processos internos, mas também dirimindo crises e gargalos relacionados à gestão administrativa. 

O diferencial da minha formação na Unifor foi justamente aprender a como gerir melhor e ser um bom líder. Até ali eu era um cara individualista, mas o curso me fez entender que o bom líder é o que sabe reconhecer e valorizar o potencial de cada integrante de seu time. Se eu não souber gerir uma equipe não terei bons resultados. Para isso, também preciso ter um conhecimento múltiplo, entender um pouco de tudo o que envolve gestão administrativa. Daí porque fui aquele graduando que, mesmo não sendo fã de contabilidade, por exemplo, levei a matéria a sério, entendendo a importância dela. Hoje sou financeiro, comercial, RH e operacional... tudo ao mesmo tempo, porque preciso ter a empresa na minha mão”, aferra o jovem empresário.

Para João Pedro, comunicação bilateral entre os setores operacional, tático e estratégico se fez prioridade absoluta. “Tenho que ouvir e aproximar o pessoal da linha de frente, mecânicos e motoristas de ônibus, de supervisores, gerentes e diretores. Se não for assim posso ter problemas. Como já tive. Então foi importante adquirir essa competência para mudar a cultura da empresa e a forma de trabalhar e pensar. Antes, era como se cada chefe de setor competisse entre si, estivesse em guerra internamente. Consegui descontruir isso e consolidar a ideia de que somos um só. Hoje, não há conflitos dentro da empresa e focamos nos resultados. Até porque também me tornei muito bom em processos de auditoria, então perceber a falta de conduta ética dos funcionários e não deixar espaço para desvios é uma das tarefas que, como líder, também assumi como marca”, revela.  

“O administrador precisa ter um pensamento crítico e analítico par enxergar o futuro e tomar as melhores decisões, antecipando soluções para as possíveis crises. Isso é o mais difícil. Mas quando conquistamos o selo ISO 9001/2015 percebi que temos conseguido. Na pandemia, por exemplo, só crescemos, enquanto outras empresas do ramo ruíram. O próximo passo é pautar ações relacionadas à responsabilidade social e ambiental, outra disciplina que cursei na Unifor e que me levou a pensar em como fazer valer ainda mais o título que obtivemos como uma das melhores empresas em relação à redução de gases poluente e melhoria da qualidade do ar, segundo a Federação das Empresas de Transporte do Ceará”, egresso do curso de Administração da Unifor. 

É que os ônibus da Prime Plus, 500 no total, são movidos à diesel, um dos combustíveis mais poluentes. E a segunda empresa de transporte do Norte-Nordeste está inclinada a, cada vez mais, reduzir e reverter danos. “O prêmio conferido pela FETRANS não é à toa: nossos ônibus têm filtros dentro do escapamento, fora o filtro original. Assim, ao tratar a fumaça, o ônibus vira um amigo do meio-ambiente.  Mas pretendemos investir mais tecnologia nisso. Nossa frota total, incluindo os carros leves, é de 3900 veículos ativos, portanto temos um papel a cumprir enquanto prestadores de serviços para mais de 100 CNPJs. O administrador do futuro precisa pensar no futuro do planeta em que vivemos, até porque todos nós dependemos desses recursos naturais. E é uma marca que quero deixar”, garante o empresário egresso da Unifor.