Para quem não conhece a engenharia mecânica, é comum imaginar que ela se resume ao trabalho com sistemas de veículos. No entanto, a realidade é bem diferente. Essa é uma área bastante diversificada, que viabiliza aos seus profissionais muitas possibilidades de atuação.

Engenheiros mecânicos são responsáveis por realizar atividades voltadas a sistemas mecânicos, englobando as aplicações contidas nas macroáreas da profissão: materiais, processos de fabricação, fluido/térmicas, projetos mecânicos e gestão.

Para saber mais sobre o ramo, conversamos com Adroaldo Filho, docente do curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Fortaleza — mantida pela Fundação Edson Queiroz. Egressos com diferentes atuações na profissão também compartilharam suas experiências.

Conhecendo a profissão

A engenharia mecânica é um dos mais antigos ramos da engenharia, que aplica os princípios teóricos da matemática, física, química e computação. Ela surgiu como campo de conhecimento durante a Revolução Industrial na Europa do século XVIII e se consolidou como ciência no século XIX. 

Hoje, corresponde à área responsável pelo desenvolvimento do projeto, da construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. Além disso, é um segmento destaque no mercado de trabalho. Segundo o último senso, realizado com os egressos, o índice de empregabilidade foi de 90%, aproximadamente.

De acordo com Adroaldo, a atuação dos engenheiros mecânicos é diversa. Além de projetar, desenvolver e manter equipamentos que substituem a atividade física, eles são responsáveis por diversas funções, como:

• Especificações técnicas;
• Escolha do material para equipamentos industriais;
• Vistorias;
• Perícias;
• Avaliações;
• Arbitramento;
• Laudos e pareceres técnicos.

O docente também destaca que a Engenharia Mecânica é, dentre todas as engenharias, a que mais abrange diferentes áreas do conhecimento tecnológico: materiais, processos de fabricação, fluido/térmicas, projetos mecânicos, gerenciamento de produção e serviços, dentre outras.

Por essa multiplicidade, aliada aos campos de embasamento teórico, Adroaldo classifica os profissionais do segmento como completos e atraentes para o mercado. “Refrigeração e condicionamento do ar, manutenção industrial, vibração, máquinas de levantamento e transporte são áreas específicas dessa formação, mas de forma alguma o engenheiro mecânico fica limitado a elas”, pontua.

Segmento empresarial

Patrício Alencar é egresso de Engenharia Mecânica da Unifor. Ele decidiu fazer a graduação pois sempre teve “muito interesse por física, pelo funcionamento do mundo e pela resolução de problemas concretos por meio de ferramentas técnicas mensuráveis e objetivas”.

Durante sua trajetória acadêmica, engajou-se em diversas iniciativas, tendo participado do Projeto Aluno Nota 10 e do Programa de Monitoria Acadêmica. Também foi gestor de projetos na empresa júnior do curso, a Mecaniza Jr. Lá, teve o primeiro contato com clientes, gerenciando equipes em projetos reais da área. 

Em 2022, concluiu sua formação e já ingressou no mercado de trabalho. Hoje atua como analista de processos na empresa A&C (Almeida e Cartaxo) Consultoria Empresarial. Na consultoria, realiza o mapeamento de processos dos clientes para identificar e aplicar melhorias internas, além de realizar estudos de layout por meio do AutoCad e criar documentos internos que padronizam e otimizam as atividades demandadas.

Atuação versátil

Desde a graduação, Caio Barroso reconheceu que poderia ter muitas possibilidades para atuar na área. Ainda quando aluno de Engenharia Mecânica na Unifor, participou de projetos de iniciação científica, foi cofundador da Mecaniza Jr e realizou estágio em uma termelétrica movida a carvão mineral instalada no Pecém. 

Em 2019, concluiu o curso e foi efetivado como engenheiro de operação da termelétrica, cargo que ocupa até hoje. Além disso, também ingressou na empresa Eneva como suporte técnico ao complexo termelétrico de Parnaíba, no Maranhão.

“Como engenheiro, atuo diretamente na manutenção de uma operação segura, econômica, contínua e da forma mais eficiente possível para gerar eletricidade a partir da queima de um combustível fóssil”, afirma Caio. Para o futuro, pretende seguir especializando-se na área de operações industriais, com foco em operações termelétricas, e à frente de grandes projetos.

Como ser um bom engenheiro mecânico? 

Para ser um engenheiro mecânico de excelência, é necessário possuir alguns requisitos. Nesse contexto, o professor Adroaldo Filho listou algumas dicas para quem deseja atuar na área. Confira:

1. Busque sempre compreender o princípio de funcionamento, processo de produção e tecnologias de máquinas e equipamentos. Como o engenheiro em sua essência é aquele que cria, é importante despertar sua criatividade entendendo o funcionamento dos equipamentos já existentes.

2. Desenvolver a habilidade de realizar trabalhos em equipe perpassando por diversas etapas e funções nos mesmos, uma vez que a maioria dos projetos de engenharia são interdisciplinares  e exigem o contato com diversos profissionais de diferentes formações.

3. Atualizar-se constantemente na área de atuação escolhida, já que a ciência e tecnologia estão em constante evolução.

4. Praticar outros idiomas para facilitar tanto a aquisição de conhecimento quanto a comunicação com diferentes comunidades tecnológicas do mundo.

5. Seja sempre curioso, buscando aprofundar-se no entendimento dos fenômenos da natureza. O engenheiro precisa ter uma base sólida nos conhecimentos de cálculo, física e química para desenvolver a habilidade raciocínio rápido e lógico.

Pensando em estudar Engenharia Mecânica? 

Na Universidade de Fortaleza, o curso de Engenharia Mecânica é conceituado com a nota 4 de 5 na avaliação do MEC. Com um corpo docente composto por mestres e doutores, além de uma estrutura de excelência, a graduação capacita os alunos para trabalhar nas macroáreas da profissão.

“Nosso curso está integrado com as demandas das empresas locais, com um corpo docente formado por mestres e doutores inseridos no mercado profissional e na pesquisa científica. O aluno formado terá as habilidades exigidas pelos principais contratantes”, declara o docente Adroaldo Filho.

• Saiba mais e inscreva-se AQUI