Curadores da Fundação Edson Queiroz visitam as obras do Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz

qua, 7 agosto 2024 17:24

Curadores da Fundação Edson Queiroz visitam as obras do Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz

A convite da presidente da Fundação Edson Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, eles visitaram os canteiros de obra operacional e administrativo e a fábrica de lajes Bubbledeck


A visita foi conduzida por engenheiros e arquitetos da Fundação, da Sian Engenharia e da Bubbledeck Brasil (Foto: Ares Soares)
A visita foi conduzida por engenheiros e arquitetos da Fundação, da Sian Engenharia e da Bubbledeck Brasil (Foto: Ares Soares)

Nesta terça-feira (6), à convite da presidente da Fundação Edson Queiroz (FEQ), Lenise Queiroz Rocha, os curadores da Fundação fizeram uma visita guiada às obras do Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz. A primeira etapa do megaprojeto de quase 90 mil metros quadrados será inaugurada em setembro de 2025, quando o museu será concluído. O equipamento abrigará ainda teatro, auditórios, áreas de convivência, além de uma torre educacional para ensino presencial, híbrido e virtual.

Além da presidente da Fundação e dos curadores, Igor Queiroz Barroso e Manoela Queiroz Bacelar, vice-presidente da FEQ, estiveram presentes na comitiva o Reitor da Unifor, Randal Martins Pompeu, o Vice-Reitor de Administração, José Maria Gondim, e a diretora de Comunicação, Marketing e Comercial, Ana Quezado. A visita foi conduzida pelos engenheiros e arquitetos da Fundação, da Sian Engenharia, construtora da obra, e da Bubbledeck Brasil, empresa responsável pela fábrica de lajes.

A visita teve início no canteiro de obras operacional, onde ficam localizados o refeitório e o vestiário dos funcionários. Na sequência, a comitiva conheceu o canteiro administrativo, ambiente de trabalho dos engenheiros e arquitetos. No local, ocorreu uma breve apresentação do projeto, conduzida pelo professor Euler Muniz, Assessor de Planejamento Físico da Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação (VRE) da Unifor, que está colaborando com a obra. 

Logo após, Leonardo Kleiner, Diretor Técnico e Comercial na Bubbledeck Brasil, explicou aos presentes o sistema estrutural inovador e os benefícios do uso da tecnologia. Segundo ele, as lajes Bubbledeck apresentam os mesmos princípios estruturais de uma laje maciça convencional, trabalhando nas duas direções, mas com até 35% de redução do seu peso próprio. O sistema é composto pela incorporação de esferas plásticas nas lajes de concreto, uniformemente espaçadas entre duas telas metálicas soldadas e fixadas em treliças.

> Saiba mais sobre o sistema Bubbledeck e seus benefícios aqui

Fábrica de lajes Bubbbledeck

Após entender, na teoria, como funciona o sistema Bubbledeck, a comitiva teve a oportunidade de conhecer a fábrica de lajes. A instalação da fábrica entre a Unifor e o Complexo Cultural é um importante diferencial da obra, dando mais agilidade à construção, uma vez que não depende da logística para o recebimento do material. Após a produção, as lajes serão içadas e colocadas em um caminhão que as levará para serem instaladas na edificação.


No local é feito todo o processo de fabricação das lajes, desde a produção das esferas até a concretagem (Foto: Ares Soares)

No local, além de serem produzidas as esferas, é feito todo o processo de produção da laje. O sistema BubbleDeck é composto por pilares, pré-lajes em concreto armado montados sobre escoramento metálico e posteriormente complemento de concreto (capeamento), solidarizando a laje e finalizando o conceito básico do processo executivo.

Primeiro do Norte e Nordeste

O sistema Bubbledeck foi criado no final dos anos 1990 pelo engenheiro dinamarquês Jorgen Breuning, que estava focado em desenvolver uma solução construtiva capaz de atender às demandas do mercado, ao mesmo tempo em que preservasse a biodiversidade e os ecossistemas naturais. Esta tecnologia, que pode provocar transformações significativas no futuro da construção civil, tem sido aplicada em projetos importantes em mais de 30 países, principalmente na Europa, América do Norte, Oceania e Ásia.

No Brasil, a tecnologia foi adotada em grande escala pela primeira vez em 2011 no Centro Administrativo do Distrito Federal, que utiliza mais de 160 mil m² de lajes BubbleDeck. Atualmente, o uso da tecnologia já ultrapassa os 300 mil m² no país, incluindo projetos notáveis como a ampliação do estacionamento do Aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro.

O Complexo Cultural Yolanda e Edson Queiroz é o primeiro empreendimento do Norte e Nordeste a fazer uso do sistema Bubbledeck, que utiliza menos aço, concreto, madeira, energia e combustível, gerando uma diminuição na emissão de CO2. Além disso, para a fabricação das esferas, é feito o uso de materiais plásticos reciclados, tornando o processo construtivo ainda mais sustentável.