seg, 22 janeiro 2024 16:29
Abram alas para os universitários +40
A maturidade é um trunfo dos estudantes com mais de 40 anos, que buscam a graduação para conquistar uma recolocação no mercado de trabalho, realizar sonhos antigos e manter-se ativos e ávidos por conhecimento

Progressivamente, eles vão se multiplicando pelo campus e pelos mais diversos bacharelados. Vão ganhando espaço no mundo da saúde à gestão, da tecnologia ao ambiente jurídico. Os calouros com mais de 40 anos seguem chegando no ensino superior com sede por conhecimento. Buscam, na graduação, alcançar objetivos diversos, da recolocação no mercado de trabalho à realização de sonhos antigos. A jornada pelo diploma, para eles, tem na maturidade um trunfo.
Os dados do Brasil dão pistas do crescente interesse deste público pela formação acadêmica. O país contabiliza 615.421 estudantes com mais de 40 anos nas universidades públicas e privadas, segundo dados do mais recente Censo da Educação Superior, divulgado no ano passado pelo Ministério da Educação. Se considerarmos a última década, a presença desta faixa etária nos cursos de graduação teve um salto de 171%.
A realidade nacional também se projeta na Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz. O número de alunos neste intervalo de idade tem aumentado ano após ano: ao todo, eram 1.287 pessoas com mais de 40 anos nos cursos da Unifor no semestre passado (2023.2). São universitários ávidos por conhecimento nos mais diversos Centros de Ciências. Vamos conhecê-los?
Sem limites para crescer profissionalmente
Ernesto Cruz tem 58 anos, duas graduações concluídas e o desejo de continuar crescendo profissionalmente. Formado em administração e direito, ele está cursando o quinto semestre de Ciências Contábeis na Unifor em busca do seu terceiro diploma.
“Estudar é algo que faz bem ao meu modo de viver, independentemente da época em que esteja. Penso assim desde a minha adolescência. Tenho a oportunidade de me reciclar academicamente, conhecer novas pessoas e utilizar os conhecimentos, principalmente na minha carreira profissional”, justifica o estudante, que também é mestre em Gestão Empresarial e tem MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria.
Bancário desde os 14 anos, Ernesto permanece na ativa. Mesmo assim, resolveu voltar para a universidade e construir um novo caminho em sua carreira para quando encerrar o tempo de serviço no banco em que trabalha, o que pretende fazer aos 65 anos.
“Após encerrar a minha carreira de bancário, pretendo fazer algo diferente do ponto de vista profissional, possivelmente ligado ao curso de direito ou de ciências contábeis, quiçá envolvendo as três graduações, prestando consultoria, por exemplo”, planeja. Ernesto lembra que a expectativa de vida da sociedade cresceu e seguir estudando é uma oportunidade de se atualizar para a busca de uma evolução profissional.
O estudante revela às vezes sentir um “choque de geração”, já que a maioria dos colegas de sala é bem mais nova. “Como me considero bom aluno e isso se reflete nas minhas notas, isso chama a atenção deles porque ainda estão começando e precisam de ajuda na compreensão de determinadas matérias, auxílio esse que, incondicionalmente, não me furto em prestar, quando tenho domínio da disciplina. Isso contribui para me aproximar desses colegas e até constituir sólidas amizades”, diz.
“A Unifor é uma universidade de vanguarda que tem um ótimo time de docentes e estrutura de apoio fantástica, seja pelas instalações confortáveis, biblioteca com edições atualizadas, seja por proporcionar uma orientação acadêmica de alto nível.” — Ernesto Cruz, aluno do curso de Ciências Contábeis
Para Ernesto, ingressar na graduação depois dos 40 anos é uma forma de ampliar a rede de relacionamentos. Por outro lado, a maturidade e a experiência de vida o ajudam a ser notado pelo nível de perguntas aos professores, além de passar a sensação de responsabilidade para o restante da turma.
“Nessa faixa de idade, a pessoa já viveu um tempo considerável, tendo experimentado situações das mais diversas, positivas ou negativas. Se for uma primeira graduação, ela vai se sentir lisonjeada de si mesma, podendo, inclusive, servir de exemplo para outras que estejam perto ou que venham a ter conhecimento dessa conquista”, acredita.
Já para quem está em mais um bacharelado, ele acredita que há uma elevação do nível de consciência e concentração. “O objetivo de aprender é mais importante do que a própria nota de uma prova que se venha a fazer de determinada disciplina”, exemplifica.
Uma chance para explorar possibilidades inéditas
Aos 52 anos, Edna Maia está no quarto semestre do curso de Estética e Cosmética da Unifor. Para ela, ingressar na universidade foi uma forma que encontrou de se dar uma chance de explorar possibilidades inéditas.
“Com uma graduação nessa fase da vida, abre-se uma oportunidade para aprender conceitos novos e explorar possibilidades inéditas”, diz ela, que busca a chance de conquistar seu primeiro diploma de ensino superior. “Não tinha tido a oportunidade de estar na universidade antes”, explica.
Natural de Russas, Edna é casada e tem dois filhos. Trabalhou com comércio e vendas por mais de três décadas, mas a crise desencadeada pela pandemia a fez fechar sua loja. “Vi aí um desafio nesse novo recomeço, que foi escolher uma profissão aos 52 anos, mas cheia de garra, vontade, resiliência e determinação”, conta.
No início do curso, ela se sentiu observada pela turma, majoritariamente jovem. Mas logo as piadas que costumava ouvir se dissiparam, e ela conseguiu se integrar aos companheiros de sala. “Minha relação com os colegas de curso é muito boa, troco muitas experiências e vivência com todos”, diz.
“O saber não tem idade e aprender é uma atividade perfeita para qualquer época da vida. A graduação abre novas portas, o que é ainda mais intenso nessa fase da vida. Com dedicação e interesse, é possível explorar a oportunidade de um jeito único e ser mais feliz.” — Edna Maia, aluna do curso de Estética e Cosmética
Edna acredita que cada vez mais pessoas acima dos 40 anos devem seguir ingressando na universidade, em busca de novas oportunidades e desafios, visando alcançar novos horizontes e profissões. “Estamos cada vez mais em plena forma intelectual e com grande potencial para permanecer no mercado de trabalho, e estudar é também uma forma de manter a mente ativa, além de ser uma maneira de alavancar a carreira”, argumenta. Tudo isso com o diferencial da maturidade, que amplia o senso de responsabilidade e atenção.
Ampliar o conhecimento e ajudar a comunidade
Isaíde Bandeira da Silva tem 48 anos e está no sétimo semestre do curso de Direito da Unifor. Quando ingressou, buscava novas experiências para somar à formação já concluída em História, área na qual já havia concluído mestrado e doutorado.
Estudante de escola pública a vida toda, ela foi docente de ensino básico e ensino superior. “Eu me realizo como professora”, confidencia ela, que optou por uma segunda graduação para ampliar o conhecimento. “Queria ter outras leituras e outras experiências”, diz ela, que coincidentemente conheceu o marido na universidade.
“A minha expectativa, após concluir o curso, é a possibilidade de fazer consultoria jurídica gratuita para a comunidade do bairro onde cresci, o José Walter. Ainda tem muitas famílias que precisam saber quais são os ‘caminhos das pedras’ para poder pleitear os seus direitos. Tenho esse sonho.” — Isaíde Bandeira, aluna do curso de Direito
Na Unifor, ela conta ter encontrado um espaço muito propício para um aprendizado consistente. Para ela, os laços com os colegas são diferentes nesta segunda graduação, já que os momentos de vida trazem prioridades distintas. Mas a maturidade traz vantagens para assimilar o conteúdo. “Estamos mais focados em valorizar aquele tempo de aula e aquele espaço”, acredita.
Sem etarismo na tecnologia
Francisco Rodrigues e Roberta Germano já passaram dos 50 anos, mas não se deixaram intimidar pela presença majoritária dos jovens no Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) na hora de se matricular na graduação. Os cursos da área de TI são dominados pelo público de até 29 anos, concentrando cerca de 70% dos estudantes nessa faixa etária, conforme dados do Mapa do Ensino Superior do Brasil, divulgado pelo Instituto Semesp em 2023.
“Acho que, com a idade, a gente até aproveita mais [o curso]”, diz Francisco, que, aos 59 anos, vai para o segundo semestre da graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. O aluno já é Engenheiro Eletrônico graduado pela Unifor e acaba de ser aprovado em Licenciatura em Música pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE) de Limoeiro do Norte.
Natural de Quixeré, Francisco optou pela EAD para a nova graduação e costuma se deslocar até a capital apenas durante o período de provas presenciais. Para ele, esta foi uma ótima solução para seguir atuando na Secretaria de Educação, onde dá suporte em tecnologia de ensino.
“Ingressar na universidade é uma oportunidade de crescer intelectualmente, e sou fascinado em estudar e ocupar a mente com algo produtivo (...) Vejo as pessoas de mais idade voltar à universidade com alegria e entusiasmo.” — Francisco Rodrigues, 59 anos, aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas EAD
Para Roberta Germano, cursar uma nova graduação depois dos 50 anos foi a forma que encontrou de realizar o antigo sonho de manejar a tecnologia e, de quebra, buscar uma recolocação no mercado de trabalho. Depois de anos dedicada às áreas de comércio e marketing, ela decidiu se matricular em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Unifor.
“Espero voltar ao mercado de trabalho”, diz ela, cujo sonho de migrar para o campo de tecnologia está sendo possível graças às bolsas filantrópicas da Unifor em parceria com o Cebas. “É uma oportunidade de mudar de vida”, celebra. Roberta conta que a experiência de vida e o Programa de Apoio Psicopedagógico (PAP) da instituição têm sido cruciais para que ela mantenha um bom desempenho no curso.
“Eu tenho 52 anos, e a Unifor está abrindo uma porta para eu trabalhar em um mercado que é todo de gente jovem neste momento que já tenho mais experiência de vida. Buscamos recolocação no mercado de trabalho, nos sentir ativas, incluídas e valorizadas. Não é porque temos 50 anos que passou a vida. Ainda quero trabalhar bastante na área da tecnologia.” — Roberta Germano, aluna do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Oportunidades incríveis para quem quer seguir se capacitando
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