![](/documents/20143/573160/Maria-das-Neves-Baptista-Pimentel-foto-reproducao.jpg/41917942-b4fe-ee99-47ef-0e063d50292e?t=1565803646507)
Foi inaugurada em 2019 a Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel, da Universidade de Fortaleza, espaço dedicado às produções histórico-culturais em formato de cordel. A Cordelteca da Unifor homenageia a primeira mulher a publicar um folheto de cordel, em 1938.
O Reitor, professor Randal Pompeu, destaca que o equipamento disponibiliza a literatura de cordel não apenas para os apreciadores desse gênero de literatura popular, mas também para os professores, como recurso pedagógico para debater temas relacionados à educação.
A Cordelteca Unifor é a primeira dentro de uma instituição de ensino superior, em Fortaleza, a catalogar, indexar, e organizar com cuidados especiais os folhetos de cordéis, que são frágeis por suas características físicas, objetivando a sua maior preservação. O acervo soma 1.930 mil títulos, no total 3.771 exemplares localizados na Biblioteca Central e estão disponíveis para consultas locais pela comunidade em geral.
Em 2018, a literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Ceará é um grande precursor dessa arte e o berço de grandes cordelistas, como Cego Aderaldo, Patativa do Ceará e Arievaldo Viana Lima. A Cordelteca é mais uma das ações promovidas pela Instituição para impulsionar a cultura nordestina.
Sobre a homenageada
Paraibana e cordelista, Maria das Neves Baptista Pimentel foi a primeira mulher a publicar um folheto de cordel. Seu amor pela literatura de cordel foi herdada de seu pai, que era poeta e editor de uma livraria e uma tipografia. “O violino do diabo ou o valor da honestidade” foi o título de sua primeira obra, publicada e vendida na livraria de seu pai, em 1938.
A cordelista teve que usar o pseudônimo Altino Alagoano, formado pelo nome de seu falecido marido e o estado onde ele havia nascido. A época patriarcal não era favorável às mulheres, que enfrentaram preconceitos de gênero. Somente nos anos 1970 foi possível a publicação de folhetos de cordelistas mulheres.
Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel - Visita guiada por agendamento: Seg. a Sex.: 8h às 21h | Sáb.: 9h às 13h
(85) 3477.3169
Biblioteca Central da Unifor (1º Piso)