Fisioterapia em expansão: saúde da mulher e cirurgia bariátrica se destacam como áreas promissoras
Com avanços científicos e novas demandas que valorizam a atuação da fisioterapia em saúde da mulher e reabilitação pós-bariátrica, mercado de trabalho exige profissionais capacitados na prática para novas especialidades
Nos últimos anos, a fisioterapia tem ampliado seus horizontes para além da reabilitação tradicional, alcançando campos cada vez mais específicos e estratégicos na promoção da saúde. A valorização do bem-estar, a busca por qualidade de vida e o avanço das práticas integradas impulsionam o crescimento de áreas como a saúde da mulher e a fisioterapia aplicada à cirurgia bariátrica.
No curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz , esses campos vêm ganhando destaque tanto na formação acadêmica quanto nas oportunidades de atuação profissional. Para compreender melhor o cenário, a professora Luciana Mota, especialista em Fisioterapia Pélvica e Obstétrica, e o professor Caio Átila Prata, doutor em Biotecnologia, explicam as novas mudanças no mercado fisioterapêutico.
Saúde da mulher: cuidado integral e protagonismo feminino
A fisioterapia voltada à saúde da mulher tem se consolidado como um campo essencial e multifacetado. Segundo a fisioterapeuta Luciana Mota, mestre em Saúde Coletiva, a fisioterapia na saúde da mulher tem uma abrangência cada vez maior. O profissional da área costuma atuar com:
- reabilitação do assoalho pélvico, que inclui o tratamento de disfunções urinárias, anorretais e sexuais;
- saúde gestacional, com o preparo para o parto, no puerpério, na saúde mamária e no climatério;
- prevenção de disfunções musculoesqueléticas relacionadas às diferentes fases da vida feminina.
A professora destaca que o fisioterapeuta tem uma atuação ampla, voltada à promoção da saúde e à educação corporal. Segundo ela, o trabalho inclui o alívio de dores lombares, a melhora da postura e o preparo do assoalho pélvico durante a gestação; a recuperação da função perineal e a reeducação abdominal no pós-parto; além de ações voltadas à manutenção da força muscular, melhora da lubrificação e prevenção da incontinência urinária na menopausa.
Luciana destaca ainda o papel emocional e social da profissão: “Em todas essas fases, o fisioterapeuta atua com olhar atento à autoestima, à funcionalidade e à qualidade de vida da mulher”.
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Formação integral e prática como diferencial
Na Universidade de Fortaleza, os alunos vivenciam essa prática de forma realista e orientada. “A vivência prática é essencial. [Os estudantes] têm a oportunidade de aprender em laboratórios equipados e, posteriormente, para os alunos que têm interesse em se aprofundar na área da Fisioterapia pélvica e obstétrica, existe o Grupo de Extensão em Fisioterapia na Saúde da Mulher (GEFISM)”, detalha Luciana, que coordena o grupo.
De acordo com a fisioterapeuta, essas experiências contribuem para que os alunos desenvolvam sensibilidade, empatia e segurança ao lidar com temas íntimos. Ela ressalta que, além do domínio técnico, o curso estimula a escuta ativa, o acolhimento e a construção de vínculos terapêuticos, aspectos essenciais para uma atuação ética e empática.
O envolvimento dos estudantes em projetos de extensão e grupos de pesquisa é outro diferencial da formação. “Essas atividades aproximam o aluno da realidade da comunidade. Ao participar de projetos de extensão e grupos de pesquisa, o estudante vivencia o impacto social da fisioterapia e compreende que o cuidado com a mulher vai muito além do ambiente clínico”, explica.

“O fisioterapeuta deve investir em
competências técnicas sólidas, como avaliação funcional
detalhada, domínio da anatomia pélvica e aplicação de recursos
terapêuticos específicos, mas também em habilidades
interpessoais, comunicação empática e visão humanizada do
cuidado” — Luciana Mota, especialista em
Fisioterapia Pélvica e Obstétrica e docente do curso de Fisioterapia
da Unifor
O modelo de ensino da Unifor é um dos principais diferenciais do curso. A Universidade adota um currículo integrado, com metodologias ativas que unem teoria e prática desde os primeiros semestres, favorecendo o protagonismo do aluno e o desenvolvimento do pensamento crítico, da autonomia e da capacidade de solucionar problemas reais.
Para Luciana, o compromisso da Universidade com a formação integral faz toda a diferença: “A Unifor oferece estrutura moderna, corpo docente experiente e uma abordagem que une ciência, prática e sensibilidade humana. O curso prepara o aluno não apenas para o mercado de trabalho, mas para ser agente de transformação social”.
Cirurgia bariátrica: reabilitação e empatia como pilares da recuperação
Outro campo em franca expansão é o da fisioterapia aplicada à cirurgia bariátrica, muito impulsionada pelo crescimento do número de procedimentos realizados no país. O fisioterapeuta da UTI e do ambulatório de Cirurgia Bariátrica do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Caio Átila Prata, destaca que a atuação fisioterapêutica é essencial em todas as etapas do tratamento.

“A fisioterapia tem tornado o
processo da cirurgia bariátrica mais seguro e proporciona uma
recuperação em um menor tempo. No pré-operatório, que chamamos
de período de pré-habilitação, a fisioterapia é responsável por
avaliar, preparar e orientar aquele paciente candidato à
cirurgia. Já no pós-operatório, visamos a recuperação e a
prevenção de complicações, realizando mobilização ultra
precoce.” — Caio Átila Prata, fisioterapeuta
da UTI e do ambulatório de Cirurgia Bariátrica do HGF e docente do
curso de Fisioterapia da Unifor
O professor enfatiza que a empatia tem o mesmo peso que o conhecimento técnico na atuação do fisioterapeuta. Ele explica que, especialmente no caso de pacientes bariátricos, a carga emocional envolvida é significativa e pode impactar diretamente o processo de recuperação.
Entre os principais desafios da área, Caio destaca a adesão ao tratamento: “A obesidade é uma doença crônica e que não possui cura, ela possui tratamento! E esse tratamento deve ser continuado mesmo após o procedimento cirúrgico. Então creio que o maior desafio e responsabilidade que temos é com a adesão desse paciente por todo o tratamento”.
O campo de atuação para fisioterapeutas especializados em reabilitação bariátrica é promissor. “Nos dias atuais, existe uma grande necessidade de fisioterapeutas especialista nessa área. O serviço público tem expandido os atendimentos para esses pacientes e a demanda de profissional não tem acompanhado o crescimento”, informa o fisioterapeuta. No sistema privado, a situação é semelhante.
Embora algumas equipes contem com fisioterapeutas, a maioria desses profissionais possui formação generalista. O professor observa que há uma demanda crescente por especialistas na área de bariátrica que sejam capazes de oferecer um atendimento mais específico e diferenciado aos pacientes.
Pesquisa científica como reforço na prática clínica
Na formação acadêmica, o curso de Fisioterapia da Unifor oferece bases sólidas para esse tipo de atuação. Caio Átila destaca que a Universidade conta com uma estrutura física e um currículo acadêmico de excelência, que proporcionam ao aluno a vivência necessária para compreender a complexidade do paciente obeso e atuar de forma adequada no atendimento.
Ele destaca também sua atuação em pesquisa científica: “No momento, estou coordenando o Grupo de Estudo em Pesquisa Experimental em Animais (GEPEA), um grupo que atua na pesquisa em modelos animais de obesidade. Essa experiência de laboratório proporciona ao aluno um leque de conhecimento, pois ele adquire tanto o trato clínico com o paciente quanto o conhecimento da fisiologia e farmacologia do processo saúde/doença”, informa o docente.
Para o fisioterapeuta, o diferencial da Unifor está na formação de profissionais com visão global e científica do paciente. “É incrível como o aluno que desenvolve suas habilidades através da nossa prática clínica e científica consegue observar o paciente de forma global. Esse é o diferencial do nosso aluno: identificar detalhes que outros provavelmente não identifiquem”, ressalta.
Formação de excelência e oportunidades em ascensão
Tanto na área da saúde da mulher quanto na cirurgia bariátrica, a fisioterapia tem se mostrado fundamental para o bem-estar, a prevenção e a reabilitação de pacientes. A Unifor se destaca por oferecer uma formação que integra teoria, prática e pesquisa, preparando profissionais completos, éticos e prontos para as novas demandas da saúde.
Como resume o professor Caio, “a fisioterapia tem crescido de maneira exponencial e várias áreas têm surgido. Setores como estética, saúde do trabalhador, fisioterapia do esporte, assistência básica na saúde e saúde da mulher e do homem são áreas que observamos um aumento de procura”. E, como reforça a professora Luciana, esse crescimento é reflexo de uma nova visão sobre o papel do fisioterapeuta: um profissional que cuida, educa e transforma vidas.
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Esta notícia está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para o alcance do ODS 4 – Educação de Qualidade.
A Universidade de Fortaleza, assim, assegura a educação
inclusiva, equitativa e de qualidade, promovendo oportunidades
de aprendizagem ao longo da vida para todos.