sex, 22 agosto 2025 17:18
Orgulho Unifor | Estudo de docentes é aprovado em edital de programa do Ministério da Saúde
Coordenado pelo professor Henrique Sá e com participação da docente Olívia Bessa, o projeto visa a aplicação de um programa de formação para a criação de uma cultura de segurança para o paciente

O Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), do Ministério da Saúde, busca descentralizar para reduzir as desigualdades regionais no desenvolvimento científico e tecnológico. A iniciativaq é uma parceria entre instituições federais e estaduais, o repasse acontece para as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). No Ceará, a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ceará (Funcap) é responsável por coordenar o programa.
O projeto “Avaliação da efetividade de intervenções educacionais na cultura de segurança do paciente e resultados em ambientes cirúrgicos em unidades hospitalares de grande porte”, coordenado pelo professor Henrique Sá, do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza, vinculada à Fundação Edson Queiroz, com a participação da pesquisadora associada ao projeto, Olívia Bessa, docente do mesmo curso, foi aprovado no último edital do programa.
Segundo Henrique, a pesquisa está voltada para a mudança da realidade da segurança do paciente em hospitais de grande porte. Ele diz que a questão da segurança do paciente é um problema mundial, onde todos os dias pacientes se internam, adoecem, e nos hospitais ocorrem acidentes, infecções, erros, e o ponto está em como mitigar, minimizar esses erros.
Para o professor, um dos componentes críticos para assegurar a qualidade da assistência, portanto a segurança do enfermo, é justamente a criação, a promoção de uma cultura de segurança do paciente. “O estudo visa a aplicação de um programa de formação, uma intervenção educacional, treinamentos, atividades de comunicação em massa, campanhas e um conjunto de ações educacionais voltadas para essa promoção da cultura da segurança."
Dessa forma, ele explica que será possível medir o quanto que isso pode impactar os indicadores de segurança, na taxa de notificações de erros, na ocorrência de infecções hospitalares, dos acidentes, além do grau de satisfação dos profissionais e dos próprios pacientes do Hospital Estadual Leonardo da Vinci, onde a ação está em desenvolvimento.
“A importância para os profissionais da saúde, a partir desse estudo, é reconhecer não só os resultados de uma intervenção educacional, a efetividade desse modelo de formação, os métodos, a forma de alcançar um profissional dentro do serviço, como também capacitar as equipes dos serviços para montarem em outras necessidades, em outros momentos, outros programas que sejam também efetivos, relevantes, para aumentar a qualidade dessa formação”, destaca Henrique Sá.
Sobre o projeto
Com a duração de dois anos e ainda em fase de desenvolvimento, o estudo é interinstitucional, coordenado pelo Laboratório de Estudos em Educação para as Profissões da Saúde da Universidade de Fortaleza, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) e pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), uma organização social que presta serviços para a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Gerido pelo ISGH, o Hospital Leonardo da Vinci tem a ação da Universidade por meio do programa de pós-graduação, que envolve alunos de iniciação científica, pesquisadores, além da cultura de pesquisa centros dos serviços do hospital: pesquisadores aplicados, profissionais do hospital, profissionais do centro de estudos e equipes cirúrgicas.
Dessa forma, o projeto se torna multi-institucional, que quer não só implementar uma ação, medir resultados, mas também promover a competência das equipes em pesquisa.
Henrique explica que a Rede Estadual de Saúde, o SUS do Ceará e a Sesa, por meio da Funcap, seleciona pesquisadores em várias instituições, com vários projetos aprovados.
“Nós da Unifor somos agraciados, o que me dá muito orgulho, muita honra, mas também muita responsabilidade, porque é um projeto que não só dissemina a cultura da universidade e a nossa qualidade de produção acadêmica do campo do ensino das profissões da saúde, mas também nos implica na formação de pesquisadores de rede, o que é muito relevante para a gente”, conclui o professor.