qua, 15 julho 2020 11:56
Alunos da Universidade de Fortaleza retornam às atividades práticas do semestre 2020.1
Aulas práticas seguem protocolo de biossegurança elaborado pela instituição e obedecem às determinações do Decreto Estadual 33.671, de 11 de julho de 2020. Confira depoimentos dos alunos.

Os alunos da Universidade de Fortaleza, da Fundação de Edson Queiroz, retornaram, nesta segunda-feira (13), às aulas práticas dentro do campus da instituição para encerrar as atividades acadêmicas do semestre 2020.1. A Unifor já havia preparado todo o campus para a chegada dos estudantes, professores e funcionários administrativos nesta volta das atividades presenciais, objetivando a manutenção da segurança e saúde de toda a comunidade acadêmica.
A retomada segue o Protocolo de Biossegurança da Unifor ‒ elaborado de acordo com as normas de distanciamento social, proteção individual e higiene do Plano Estadual de Contingência ‒ e contou previamente com treinamentos virtuais dos funcionários, instalação de equipamentos de proteção e sinalização de todas as instalações do campus, como salas de aula, espaços de atendimento, bebedouros, bancos e acessos.
Obedece também ao Decreto Estadual 33.671, publicado em 11 de julho de 2020, pelo Diário Oficial do Ceará, em que diz: "§ 6° Em Fortaleza, passa a ser autorizada: II - a realização de aulas práticas e laboratoriais por concludentes de cursos de graduação e pós-graduação de carreiras integrantes das cadeias a que se refere o § 1°, deste artigo, desde que inviável a utilização de meios remotos para esse fim e observadas todas as medidas sanitárias previstas no Protocolo Setorial 18, constantes do Anexo III, deste Decreto".
Em meio a expectativas e adaptações de rotina, os alunos contam como está sendo essa volta às atividades práticas e o que mais sentiram falta durante o período de afastamento do campus. Confira os depoimentos a seguir.
“Não é como a gente esperava, mas está sendo uma outra experiência de vida. Eu estou me sentindo segura na Universidade, tenho todos os EPIs necessários e estou feliz por voltar a atender e fazer o que eu gosto. A gente já estava no fim do nosso semestre, eu estava muito ansiosa para voltar e agora eu estou feliz, segura e ansiosa (risos). Eu sentia falta dos meus amigos, conversando e ficando junto. Não está do mesmo jeito que a gente queria, mas só de estar com eles, com toda a segurança, já dá para matar a saudade.”
Roany Pereira, 23 anos, aluna do curso de Fonoaudiologia.
“Todos nós estávamos muito ansiosos com essa volta, principalmente por conta de estarmos no último semestre [de curso] e por ser tudo muito prático na área da saúde. Conseguimos, graças a Deus, e está sendo tudo muito bom. Claro que seguindo todas as normas de segurança, com muito cuidado e cautela quando vamos atender aos pacientes. Mas a Universidade se preparou muito bem para essa volta e está mostrando, com muita eficiência, essa preparação com todas as normas de segurança propostas pelo Ministério da Saúde com a disponibilização de todos os EPIs. [Sentia falta do] contato com os amigos, com os pacientes e, principalmente, da prática do que nós aprendemos na teoria. Isso é fundamental para irmos ao mercado de trabalho mais preparados.”
Ramyro Fonseca, 21 anos, aluno do curso de Fonoaudiologia.
“Se eu pudesse definir com uma palavra [a retomada], eu diria que está sendo desafiador, no sentido de nos re-acostumarmos com uma nova realidade. Mas a Universidade está nos propiciando todos os meios para que esse desafio seja enfrentado da melhor maneira possível. Estamos usando EPIs, grupos ambulatoriais estão com turmas reduzidas e temos muitas atividades EAD. Tudo isso em prol tanto dos alunos quanto dos funcionários e pacientes. O que mais senti falta foi da beleza natural do campus. Sempre foi uma coisa que me agradou muito na Unifor foi a relação entre a natureza e as disciplinas.”
Ianara Dutra, 25 anos, aluna do curso de Medicina.
“Está sendo bem desafiador se adaptar a essa nova realidade de não poder tocar no paciente, não poder tirar a máscara para falar direito com seus colegas, mas é algo que vamos ter que acabar nos acostumando. Sabemos que temos algumas limitações, como exame físico e contato com as pessoas, que é muito importante aqui dentro da Medicina, mas é uma coisa que temos que acabar adaptando, encontrando outras formas de nos comunicar. A biossegurança está ótima, a Universidade está dando todo suporte para a gente. [O que mais senti saudade] foi da questão da rotina de vir aqui. Amamos essa Universidade e é uma falta mesmo do que já fazia parte da gente, de vir aqui e se sentir em casa.”
Lara Previdelli, 21 anos, aluna do curso de Medicina.
“Está sendo bem tranquilo em questão de biossegurança. O distanciamento está sendo cumprido; temos nossa temperatura medida quando chegamos; os pacientes estão vindo de máscara; nós atendemos de luva, máscara, gorro e jaleco. É só um desafio porque é um período curto que temos que prestar esses atendimentos, mas a gente está sendo supervisionado e acho que vai ser tranquilo. Nossa, eu sentia muita falta de vir aqui, de estudar os testes que eu gosto muito e dos atendimentos presenciais. Apesar de ser um desafio também por conta do uso da máscara atrapalhar um pouco a comunicação com o paciente, mas está sendo interessante. E eu sentia muita falta de estudar aqui, de ter contato com outras pessoas, mesmo que não possa abraçar e o contato seja de longe.”
Luiza Ari, 22 anos, aluna do curso de Psicologia.