ter, 25 junho 2024 20:16
Egresso da Unifor é indicado para ser o próximo Secretário-Geral da Interpol
O delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza pode ser o primeiro brasileiro a comandar a Interpol; a indicação deve ser confirmada em novembro
O delegado de Polícia Federal Valdecy Urquiza, atual diretor de Cooperação Internacional da PF e vice-presidente para as américas do Comitê Executivo da Interpol, foi indicado pelo Comitê Executivo da Interpol para ser o próximo Secretário-Geral da Interpol, a Polícia Internacional, com mandato entre 2025 e 2030. Nascido em São Luís, no Maranhão, Urquiza é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza – instituição da Fundação Edson Queiroz.
Segundo o governo brasileiro, a indicação deve ser confirmada em novembro de 2024 pela Assembleia Geral da Interpol. Se for aceito, essa será a primeira vez em 100 anos que um brasileiro comandará a instituição.
“Estou profundamente grato pela confiança depositada em mim pelos representantes da comunidade policial global ao ser indicado como o próximo Secretário-Geral. Agradeço também à Polícia Federal e às demais instituições governamentais brasileiras pelo apoio fundamental nesta conquista histórica", disse Urquiza após saber da indicação.
O governo brasileiro também comentou a indicação dizendo que ela representa o reconhecimento da comunidade internacional da competência da PF no combate ao crime.
A Interpol é a maior organização policial do mundo, com 196 países membros, e tem sede em Lyon, na França. A instituição permite que as polícias de todos os países membros compartilhem informações e acessem dados sobre crime e criminosos em nível global. A Interpol também ajuda os membros com suporte técnico e operacional.
O atual presidente da instituição, Ahmed Naser Al-Raisi, afirma que o aumento significativo do crime internacional indica que "o trabalho da Interpol nunca foi tão importante" e que demanda um secretário que atue de maneira neutra em conjunto com os demais países. “O senhor Urquiza impressionou o Comitê Executivo com sua experiência, visão e compromisso com o policiamento internacional. Ele traz experiência significativa de policiamento, como policial sênior no Brasil, ex-membro da equipe da INTERPOL e como vice-presidente da Interpol para as Américas", disse Al-Raisi.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, elogiou Urquiza e afirmou que a indicação é uma vitória para o país e que eleva a política externa brasileira. "Urquiza é um profissional altamente qualificado e capacitado, com currículo robusto tanto na sua atuação na Polícia Federal, onde atualmente ocupa a função de Diretor de Cooperação Internacional, quanto na própria INTERPOL, onde hoje é o vice-presidente para as Américas", disse Andrei Rodrigues.
Sobre Valdecy Urquiza
Valdecy Urquiza tem 43 anos e desde 2007 é delegado da Polícia Federal, com larga experiência na área de cooperação internacional. De 2007 a 2009, atuou como Chefe da Delegacia de Patrimônio Histórico e Meio Ambiente da Superintendência da PF no Maranhão.
Graduado em Direito pela Unifor, possui possui MBA em Administração Pública pelo IBMEC e pós-graduação em Direito Ambiental pela PUC/SP. Com experiências internacionais, o delegado também realizou cursos de Justiça Criminal na Universidade de Virginia, além de Telecomunicações e Tecnologia da Informação na Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), em Tóquio, e Gestão e Liderança em Harvard.
Em 2019, o então Diretor Assistente da Diretoria de Organizações criminosas da Interpol, retornou à Unifor para participar de uma aula para os alunos de Direito
Em 2021, foi eleito pelos 195 países-membros da Interpol para servir como vice-presidente da Interpol para as Américas do Comitê Executivo da Interpol, para mandato de 2021 a 2024. Anteriormente, atuou como chefe de Cooperação Jurídica Internacional na PF. Também atuou também como Diretor-Adjunto para Comunidades Vulneráveis e Diretor de Combate ao Crime Organizado da Secretaria-Geral da Interpol em Lyon, na França, onde implementou estratégias de combate ao tráfico de pessoas.
(Com informações do G1 e Blog da Andréia Sadi)