Instituto Cultural J. Safra lança livro em homenagem à Fundação Edson Queiroz
Será a 40.ª edição da série Museus Brasileiros, que busca contribuir para a conservação e a disseminação do patrimônio cultural e artístico do Brasil
O Instituto Cultural J. Safra e a Fundação Edson Queiroz lançam, no dia 23 de março, em Fortaleza (CE) um livro totalmente dedicado à preservação da memória da Fundação criada em 1971 pelo industrial cearense Edson Queiroz. A obra começou a ser distribuída no fim de 2021, mas o lançamento oficial será nesta oportunidade.
Há cinco décadas a Fundação Edson Queiroz promove o desenvolvimento social, educacional e cultural do Estado do Ceará e da região Nordeste. O Instituto Cultural J. Safra tem como principal missão contribuir para a conservação e a disseminação do notável patrimônio cultural e artístico do Brasil. A iniciativa é fruto da relação histórica da família Safra com a arte, a cultura e a filantropia.
A Coleção Museus Brasileiros, editada pela entidade, foi iniciada em 1982. Chega agora, com a Fundação Edson Queiroz, à 40ª edição e pela segunda vez contempla uma instituição cearense: em 2012 foi lançado o livro sobre o Museu do Ceará. “Meu pai, Joseph Safra, sempre deixou evidente seu amor pela arte e estética. Mais do que isso, dedicou seu tempo e recursos para levar a ainda mais pessoas o que ele pôde ver em vida, dividindo seu conhecimento e encantamento. Uma das materializações desse movimento é a Coleção Museus Brasileiros”, comentou David Safra.
“Em 2021, seguimos rumo à cidade de Fortaleza, com uma justíssima homenagem para a Fundação Edson Queiroz. Airton Queiroz esteve à frente da instituição até 2017. Tive a honra de conhecê-lo e posso dizer que, assim como meu pai, Airton foi um grande empreendedor, íntegro, correto e que nunca se limitou ao seu papel institucional. Um grande ser humano, patrono da arte e da cultura que se empenhou para que a fundação que leva o nome de seu pai se consagrasse como um importante pilar de desenvolvimento social e educacional”, destacou.
De acordo com David Safra, Airton cuidava com especial atenção da Universidade de Fortaleza, a Unifor, na qual cumpriu a função de chanceler por 35 anos. “Alguns anos atrás tive a oportunidade de fazer um tour guiado por ele, onde ele me descreveu como ajudou a tornar a instituição uma referência de ensino superior no país. Com esta edição, comemoramos não só o fato de termos em mãos o 40º livro da coleção, mas também o 50º aniversário da Fundação Edson Queiroz e o fascinante legado que deixam dois grandes empresários: Joseph Safra e Airton Queiroz”.
Reconhecimento nacional
A presidente da Fundação Edson Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, ressalta a honra de integrar o relevante projeto do Instituto Cultural J. Safra. “As obras da Coleção Fundação Edson Queiroz transitam entre educar e fruir, extrapolando fronteiras temporais e físicas, ao tecer um panorama do que somos e do que tem significado para nós. Sob tal perspectiva, desejamos, por ocasião dos 50 anos da Fundação Edson Queiroz, com esta homenagem da Coleção Museus Brasileiros, do Instituto Cultural J. Safra, proporcionar momentos de puro deleite, destacando a honra de integrar este relevante projeto”, explica a presidente.
“A importância deste livro produzido pelo Instituto Cultural J. Safra reside em tornar acessível ao público parte significativa do acervo de artes visuais da Fundação Edson Queiroz, cuja amplitude e excelência permitem um verdadeiro passeio pela história da arte e do Brasil. Portanto, além de promover a fruição artística, esta publicação contribui para a formação integral do ser ao difundir conhecimentos junto aos mais diversos públicos”, destaca o vice-reitor de extensão da Universidade de Fortaleza, professor Randal Pompeu.
A curadora do livro, Denise Mattar, explica que as obras da Fundação Edson Queiroz foram adquiridas aos poucos e que “a excepcional visão de conjunto do Chanceler Airton Queiroz teve como resultado uma coleção abrangente, que enfoca todo o percurso da arte brasileira”. Denise Mattar considera ainda auspicioso saber que uma coleção dessa importância está abrigada numa instituição fora do hegemônico eixo Rio–São Paulo. Para ela, a Fundação Edson Queiroz conta com “um acervo aberto, sempre disponibilizado através de leituras de diferentes curadores, permitindo ao público cearense vivenciar arte e cultura”.