Projeto piloto da Unifor realiza castração e monitoramento de animais no campus

ter, 11 junho 2024 14:41

Projeto piloto da Unifor realiza castração e monitoramento de animais no campus

Projeto “Saúde Animal no Campus” visa promover diversas ações em prol da fauna presente na Universidade de Fortaleza


A primeira fase da iniciativa está focada na castração, microchipagem, vermifugação e vacinação dos gatos que moram no campus da Unifor (Foto: Eduarda Gomes)
A primeira fase da iniciativa está focada na castração, microchipagem, vermifugação e vacinação dos gatos que moram no campus da Unifor (Foto: Eduarda Gomes)

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, desenvolve o projeto piloto “Saúde Animal no Campus”. A iniciativa, realizada pelas Vice-Reitorias de Administração, Extensão e Ensino, por meio do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e curso de Medicina Veterinária, visa promover ações em prol da fauna no campus da Unifor, assim como cadastro, monitoramento e prevenção dos animais que vivem na instituição. 

A primeira fase do projeto envolve a captura, identificação, avaliação de saúde, seguida de castração, vermifugação e vacinação dos gatos do campus – procedimentos realizados pelo curso de Medicina Veterinária em parceria com o Complexo da Medicina Veterinária e a Gestão Geral de Operações e a Divisão de Serviços Gerais da Unifor.

Uma equipe formada por representantes desses setores foi definida para realizar a captura dos animais, que são levados diretamente ao complexo, parte fundamental para execução do projeto.

Embora o foco inicial seja a castração dos gatos, o projeto “Saúde Animal no Campus” tem um escopo mais amplo. A intenção é monitorar e cuidar de todos os animais do campus, incluindo patos, pavões e demais bichos. Após a conclusão da primeira fase, o projeto se tornará um programa contínuo de monitoramento e cuidado com os animais.

“Para garantir a segurança dos gatos e da equipe, assim como a eficácia da captura, são utilizados métodos reconhecidos pela comunidade médica veterinária e que não machucam de forma alguma os bichanos. [As técnicas] incluem o uso de redes, puças e armadilhas próprias para captura animal em vida livre”, acrecenta a professora Fernanda Menezes, coordenadora do curso de Medicina Veterinária.

Avaliação e tratamento dos animais

A professora Fernanda Menezes explica que uma vez capturados e levados ao complexo, os gatos passam por avaliação clínica completa, que inclui exame físico para identificar possíveis lesões ou problemas de saúde, como condições respiratórias e/ou de pele, e coleta de sangues para avaliação laboratorial. Dependendo dos resultados, os animais seguem um de dois caminhos:

  • Apto para castração: se o animal estiver saudável, ele é encaminhado para a castração, precedida de exames pré-operatórios para garantir sua aptidão para a cirurgia.
  • Necessário tratamento: caso o animal apresente algum problema de saúde, ele recebe o tratamento necessário antes de ser liberado para a castração.

“Importante destacar que entre os exames realizados estão os testes para FIV e FELV, doenças graves semelhantes ao HIV e leucemia humanas nos felinos. A identificação dessas condições é crucial, especialmente para os animais de rua, que apresentam alta incidência dessas enfermidades”, salienta a coordenadora.

Castração e microchipagem

Os animais aptos são castrados e microchipados durante o procedimento. O microchip, inserido na região do dorso, armazena todas as informações do animal, funcionando como espécie de identidade eletrônica (não como GPS). Além disso, os gatos castrados são identificados com um corte em formato de V invertido na orelha e coleira.

“O chip guarda todas as informações do animal, como o dia em que ele foi capturado, o dia da castração, quais medicações ele tomou, se foi adotado ou devolvido ao campus, se tinha alguma doença prévia e precisou ser tratado, dentre outros dados. Dessa forma todo o histórico do animal oriundo do campus fica registrada por meio do número do microchip”, esclarece a professora Fernanda Menezes. 

Após a castração, os gatos passam por um período de recuperação pós-operatória no Complexo Veterinário, onde são vermifugados e vacinados. Caso não sejam adotados durante esse tempo, são devolvidos ao campus em locais próximos ao da captura. Segundo a coordenadora, a adoção, incentivada por meio de campanhas com funcionários, colaboradores e alunos dentro do complexo, já tem conseguido lares para muitos desses animais.

O projeto "Saúde Animal no Campus" é uma ação integrada da Universidade de Fortaleza, envolvendo o Centro de Ciências da Saúde, o curso de Medicina Veterinária e a gestão da Unifor. O objetivo é promover o bem-estar dos animais que vivem no campus da instituição, estimular a adoção responsável e aumentar a conscientização sobre a proteção animal.