null Um parque para futuros engenheiros

Seg, 1 Agosto 2022 10:02

Um parque para futuros engenheiros

Cursos de engenharia da Unifor contam com laboratórios de ponta e um parque tecnológico que oferecem vivência prática e espaços para criar, inovar e empreender. Alunos e egressos contam sobre projetos inovadores que desenvolveram na graduação 


Victor Levi de Melo, egresso de Engenharia Civil, criou uma startup para auxiliar estudantes do ensino básico (Foto: Lucas Plutarcho)
Victor Levi de Melo, egresso de Engenharia Civil, criou uma startup para auxiliar estudantes do ensino básico (Foto: Lucas Plutarcho)

Victor Levi de Melo é bom com números desde criança. Por isso, sempre soube que seu futuro seria na área de exatas. Ele já dava aula de matemática em colégios de Fortaleza quando fez vestibular para engenharia em duas universidades. Passou em ambas, mas decidiu cursar Engenharia Civil na Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, porque sabia que ali teria uma estrutura de ponta à sua disposição.

“A engenharia desenvolveu em mim um perfil muito analítico. Isso influenciava na minha sala de aula, e nunca fui um professor igual. Estava sempre buscando soluções para os problemas”, ele diz. Quando mergulhou nas dezenas de laboratórios que o curso oferece e se apaixonou pela inovação tecnológica, viu também uma oportunidade de negócio.

Um professor particular de bolso

Com outros dois amigos, Victor Levi criou um aplicativo capaz de ajudar estudantes do ensino básico na aprendizagem. A startup Trilha Edu é também um robô que funciona como um professor particular de bolso. O aplicativo identifica os “gaps” e as falhas de aprendizagem dos alunos e também ajuda o docente a acompanhá-los.

“A trilha é como dar outros braços para o professor. Ajudamos no diagnóstico dos problemas de aprendizagem, e é uma plataforma para ser usada na rotina”, explica. Foram três anos para desenvolver o projeto, que veio de uma inspiração a partir dos laboratórios do Parque Tecnológico da Unifor, um complexo de 5.640 m² com laboratórios de ponta, equipamentos de última geração e espaço de desenvolvimento de empresas que permitem ao aluno contato com o mercado desde cedo.

Já as empresas têm a oportunidade de beneficiar-se da capacidade científica e técnica dos pesquisadores da Unifor, tanto alunos quanto professores, para a criação de soluções inovadoras a problemas reais que enfrentam. 

“As minhas habilidades, todo o meu perfil de engenheiro, foi formado na Unifor”, conta o egresso, que acabou redirecionando seu caminho profissional e hoje atua apenas na startup. Para ele, a universidade é um campo aberto para criar e inovar, além de garantir uma boa rede de networking e dar a possibilidade de vivenciar o mercado desde cedo.


“O que levo da Unifor é essa experiência de imersão que ela proporciona. O Parque Tecnológico, além de ferramentas, dá essa possibilidade para mergulhar em projetos de inovação” - Victor Levi, egresso da Engenharia Civil

Contato direto com o mercado

Na Unifor, há uma matriz básica para várias engenharias, seja civil, elétrica, mecânica, engenharia da computação ou de produção. Isso permite que os estudantes possam até ter mais de uma formação em menos tempo, aproveitando as disciplinas. 

Também não falta espaço para a interdisciplinaridade. Além dos mais de 50 laboratórios disponíveis para pesquisa e criação de novos produtos no próprio Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), o parque tecnológico oferece a possibilidade de participar de projetos em conjunto com outras áreas do conhecimento, dá a chance de experiência de mercado com empresas parceiras e ainda estimula o empreendedorismo.


“Essas empresas abrigadas na Unifor fazem uma ponte contínua entre o mercado profissional e a academia, fazendo com que nossos cursos estejam voltados para atender as necessidades da sociedade” - Jackson Sávio, diretor do CCT

“A Unifor tem uma longa tradição na formação de engenheiros, com matrizes curriculares extremamente inovadoras e em constante atenção às necessidades do mercado”, afirma o diretor do CCT, Jackson Sávio.

Laboratórios para uma experiência prática 

O fato de os alunos terem uma vivência de mercado já durante a graduação, por meio de parcerias com as empresas, os ajuda a se colocarem no mercado com mais facilidade. E um grande diferencial para isso é a experiência proporcionada por uma grade curricular que valoriza a teoria, mas oferece uma vasta experiência prática. 

Além disso, há programas com universidades estrangeiras e, caso os futuros engenheiros desejem atuar em outros países, podem optar pela dupla titulação. “O grande diferencial da Unifor é que ela oferece uma gama de laboratórios e ambientes de prática ímpares. Nós temos laboratórios modernos e completos”, diz Jackson Sávio. Dessa forma, os laboratórios simulam os mesmos ambientes da indústria, com modernos equipamentos de automação e programação. “Tudo isso leva o nosso aluno a se formar com o que existe de mais atual e a se preparar realmente para o amanhã”, considera Jackson.

Caminhos para inovar e empreender

É assim mesmo que se sente Claudio Matheus, estudante do oitavo semestre de Engenharia Mecânica da Unifor. Bolsista de pesquisa em inovação, ele integrou a equipe que desenvolveu o famoso capacete Elmo, equipamento para prevenir intubação que salvou muita gente durante a pandemia.

“Fiquei na parte do design com professores. Foi muito bom compor o conjunto dos criadores. Teve projeção nacional”, lembra. Claudio começou o curso de Engenharia Mecânica porque adorava carro e queria descobrir como fazer veículos. Hoje, ainda preserva esse gosto, mas adicionou a ele outro sonho: o de virar professor para incentivar a inovação e o empreendedorismo. 

“Temos muitas opções na parte de geração de empresas, de inovação. Nos laboratórios, trabalhamos com o pessoal da gestão, que ajuda a gente que vem de uma área mais técnica a tirar nossas ideias do papel e a monetizá-las” - Claudio Matheus, aluno de Engenharia Mecânica

Berço para a inovação

Para Cláudio, o “grande tchan” para transformar as ideias dos futuros engenheiros em negócios está justamente no Parque Tecnológico, complexo planejado para desenvolvimento tecnológico e empresarial. É lá, mais precisamente no segundo piso do Bloco M, que foi desenvolvido o capacete Elmo, no Laboratório de Pesquisa e Inovação em Cidades (Lapin). Outros cinco laboratórios integram o parque, como por exemplo o de Ciência de Dados e Inteligência Artificial e de Engenharia do Conhecimento.


Luiz Stephany, coordenador do Parque Tecnológico da Unifor (Foto: Ares Soares)

Segundo o coordenador do Parque Tecnológico da Unifor, Luiz Stephany, o complexo é uma  oportunidade para os futuros engenheiros participarem de projetos de desenvolvimento de produtos inovadores. “O aluno trabalha em soluções para os problemas reais das empresas, utilizando as principais ferramentas tecnológicas do mercado e assessorados pelos doutores especialistas da Universidade, com os equipamentos de última geração instalados nos nossos laboratórios”, destaca.

O vice-reitor de pesquisa da Unifor, Milton Sousa, concorda. E ressalta que o TecUnifor é o espaço ideal para as empresas consolidadas que querem se aproximar da universidade. “Inclusive para acessar talentos e interagir com pesquisa e inovação de alto nível que podem fazer diferença para o desempenho dos negócios”, pontua.