Conheça nosso novo curso de Biomedicina

seg, 28 outubro 2024 11:36

Conheça nosso novo curso de Biomedicina

Novo bacharelado da Unifor se prepara para formar profissionais aptos a atuarem em diversas áreas, da atenção à saúde ao meio ambiente e da pesquisa aos laboratórios


Com uma matriz curricular repleta de vivências e práticas desde o primeiro semestre, a graduação em Biomedicina dispõe da infraestrutura de ponta dos laboratórios da Unifor  (Foto: Ares Soares)
Com uma matriz curricular repleta de vivências e práticas desde o primeiro semestre, a graduação em Biomedicina dispõe da infraestrutura de ponta dos laboratórios da Unifor (Foto: Ares Soares)

O biomédico há de ter foco para identificar e estudar a fundo os microrganismos que causam doenças ao ser humano. Com uma atuação fundamental para descobrir medicamentos e vacinas capazes de combatê-los, esse profissional faz exames, interpreta análises, ajuda a diagnosticar enfermidades, classifica microrganismos, pesquisa.

Está nos laboratórios, na academia, nos órgãos de saúde pública, nos hospitais. O biomédico não tem tanto contato com os pacientes como os médicos, afinal, sua função se concentra mais em estudar e pesquisar doenças humanas, suas causas e tratamentos.

“O biomédico desempenha um papel importante na saúde pública, contribuindo significativamente para o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade”, ressalta a biomédica Daniela Monteiro, que palestrou no evento de lançamento do novo bacharelado em Biomedicina — anunciado neste semestre pela Universidade de Fortaleza, vinculada à Fundação Edson Queiroz.

O novo curso oferece estrutura e tecnologia de alto padrão durante a graduação e matriz curricular desenvolvida por competências que valoriza o aprendizado teórico e prático. O bacharelado da Unifor está alinhado à expansão do mercado de trabalho para biomédicos nos últimos anos, com profissionais cada vez mais requisitados, especialmente pela crescente demanda por diagnósticos laboratoriais.

A importância deste profissional no campo da saúde ficou ainda mais evidente durante a pandemia do novo coronavírus, quando os biomédicos atuaram do sequenciamento genético do vírus até o desenvolvimento de tecnologias para monitoramento e controle da Covid-19. Na linha de frente em hospitais e laboratórios, eles foram peça central para combater essa emergência sanitária.

Desde então, diversas frentes de atuação foram reformuladas e ampliadas. Os biomédicos são responsáveis por coletas, exames, diagnósticos precisos e pesquisas científicas que resultam em tratamentos e vacinas. Atuam também em situações críticas e complexas para promover a saúde à população.

Um trabalho discreto para grandes resultados

Yasmin Nogueira, de 20 anos, está animada para começar o novo curso de Biomedicina na Unifor. Ela conta que sempre teve uma paixão pelas ciências biológicas e a área da saúde. “Desde pequena, tinha essa vontade de saber como era a vida, a evolução dela e da forma que ela funciona”, conta. A proximidade com vários parentes que atuam no campo de saúde a ajudou a decidir por esse caminho.

“A paixão por cuidar, ajudar e salvar vidas sempre me encantou, e isso me fez perceber que a carreira que desejo seguir é uma que me permita exercer essa vocação”, acrescenta. A jovem diz que seu objetivo como futura biomédica é contribuir para o bem-estar das pessoas.

“Acredito que cada ação pode fazer uma diferença, e eu estou disposta a trilhar esse caminho. Digamos que o biomédico, que muitas vezes é ‘invisível’ para a sociedade, carrega uma grande responsabilidade na execução e precisão dos exames laboratoriais, que são fundamentais para um diagnóstico médico”, afirma.  Ela acredita que, embora discreta, a atuação desse profissional é essencial para garantir que os médicos tenham informações corretas para orientar o tratamento dos pacientes.


“Embora o biomédico não tenha contato direto com os pacientes, ele trabalha em estreita colaboração com médicos e enfermeiros, desempenhando um papel fundamental na preservação da vida. Suas pesquisas e experimentos são pontos fundamentais para um progresso científico, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida e o avanço das práticas de saúde”Yasmin Nogueira, matriculada no curso de Biomedicina da Unifor

Quando viu nas redes sociais que a Unifor estava abrindo um novo curso de Biomedicina, Yasmin decidiu se inscrever. Prestes a iniciar a graduação, ela diz que espera aprender sobre diversas áreas biomédicas, como análises laboratoriais, pesquisas científicas, entre outras.

“Quero me desenvolver tanto nas habilidades práticas quanto teóricas para me preparar para os desafios profissionais. Estou super animada para começar com essa jornada universitária, além de interagir com os professores e alunos que compartilham esse mesmo sentimento”, afirma.

Ela diz esperar que, nesta jornada, a Unifor lhe ofereça uma formação sólida, ajude a buscar oportunidades de estágios e dê suporte na construção de uma rede de contatos profissionais.

“Vejo vários diferenciais dentro da Unifor: a infraestrutura moderna e completa, laboratórios bem equipados e um corpo docente qualificado. (...) Além disso, a instituição tem um forte enfoque em pesquisa e inovação, o que é essencial para formar biomédicos bem preparados para enfrentar os desafios da área”, declara.

O objetivo profissional da estudante é atuar no ramo de diagnóstico laboratorial e pesquisa. “Recentemente, ao pesquisar na internet, descobri uma nova área de atuação dentro da biomedicina: a perfusão, também conhecida como Circulação Extracorpórea (ECMO). Esse campo despertou meu interesse e faz parte dos meus objetivos profissionais”, conta.

Formação completa para atuar na academia e no mercado

A procura por este mercado em expansão na área de biomedicina foi primordial para abertura do novo curso na Unifor. Com uma matriz curricular desenvolvida por competências alinhadas às necessidades do mercado, a Universidade se prepara para formar profissionais aptos a desenvolver habilidades na atenção à saúde e ao meio ambiente, pesquisa e investigação em saúde, bem como em liderança, gestão administrativa, tomada de decisões e comunicação.

Tudo isso com uma estrutura tecnológica e laboratórios de ponta, um corpo docente de excelência e uma grade curricular que valoriza o aprendizado teórico e prático. “Ao fim da graduação, o aluno deverá apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso e ter cumprido mais de 600 horas de estágio, que irão comprovar sua habilitação”, explica Natália Morais, professora do Núcleo Comum e assessora pedagógica do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que abriga o novo bacharelado.

Natália informa que, no curso da Unifor, o aluno será apresentado a uma matriz curricular que perpassa diversas especialidades da biomedicina e, ao final, ficará habilitado em Análises Clínicas. Desde os primeiros semestres, o estudante é inserido em vivências e práticas, por meio de um currículo integrado no qual metodologias ativas centradas no indivíduo são utilizadas na formação do profissional.


“A [Unifor oferece uma] matriz curricular desenvolvida por competências, integração interprofissional com alunos dos outros cursos do Centro de Ciências da Saúde, corpo docente capacitado formados por mestres e doutores, infraestrutura laboratorial de ponta e acesso a pesquisa desde os primeiros semestres do curso”Natália Morais, professora do Núcleo Comum e assessora pedagógica do CCS 

As portas para a pesquisa também estão abertas na jornada universitária, com laboratórios de ponta e grupos de pesquisa. Um exemplo é o Núcleo de Biologia Experimental (Nubex), centro de excelência em pesquisa disponível desde a graduação para produzir novos conhecimentos que respondam aos desafios científicos, biotecnológicos e sociais do país. O Nubex aproxima os estudantes da pesquisa e realização de análises clínico-laboratoriais.

Além disso, a Universidade possui grupos de pesquisa realizados juntamente com professores e estudantes dos programas de pós-graduação Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) e do Mestrado em Ciências Médicas.

“Também oferecemos o Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), que dispõe de um Laboratório de Análises Clínicas de excelência, onde os alunos terão a oportunidade de realizar exames em um ambiente de qualidade, contribuindo para seu aprimoramento profissional e atendendo tanto à população conveniada quanto aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, salienta Natália.

Da pesquisa ao mercado de trabalho, o futuro dos biomédicos pode ser promissor. Além de serem habilitados em Análises Clínicas, os profissionais formados pela Unifor podem atuar em diversas áreas, como bancos de sangue, hospitais, institutos de pesquisa, indústria farmacêutica e alimentícia, universidades e órgãos públicos.

“Os biomédicos possuem 33 habilitações diferentes, ampliando ainda mais suas oportunidades de atuação no mercado, como reprodução humana, estética, imaginologia, perfusão extracorpórea, entre outras”, afirma Natália, que também será professora do curso.

Todas as ferramentas para chegar à excelência

Diante de tantas possibilidades que circundam a biomedicina, Ana Luisa Nóbrega, de 23 anos, está empolgada para iniciar o novo bacharelado da Unifor. “Decidi escolher o curso de Biomedicina porque eu sempre tive muito interesse na área da saúde, principalmente relacionado ao ramo de pesquisa e ambientes de laboratório”, conta.

Quando se formar, ela espera desenvolver uma carreira no campo da pesquisa, avançando com os estudos no mestrado e no doutorado. “Estou muito ansiosa para as aulas práticas no laboratório. Tive a chance de conhecer os laboratórios, o NAMI e o centro de pesquisa. Fiquei muito encantada no evento de abertura do curso”, conta. “Estou com expectativas muito grandes por conta dessa estrutura que a Unifor tem”.

Ana Luisa também gostou do fato de a matriz curricular ser estruturada por módulos, já que, desta forma, é possível estudar um caso clínico, por exemplo, sob várias perspectivas diferentes de disciplinas. “Faz a gente ter uma visão clínica e criar um raciocínio clínico logo”, diz.


“A matriz curricular me impressionou muito por ser mais integrada, em que você vê várias perspectivas diferentes no mesmo caso. Dizem que é o aluno quem faz a faculdade, e até certo ponto eu concordo, mas ter uma universidade que te dá suporte para atingir a excelência faz você alavancar muito mais”Ana Luisa Nóbrega, matriculada no curso de Biomedicina da Unifor

Uma paixão profissional construída na sala de aula e no laboratório

A biomédica Daniela Monteiro conta que a biomedicina não foi sua primeira escolha profissional. Começou o curso em outra universidade quando ainda flertava com odontologia, mas logo na primeira semana se encantou com as aulas, os professores e os laboratórios.

“Foi ali que percebi que a biomedicina era o meu lugar. Desde então, estar dentro de um laboratório me faz feliz e alimenta minha paixão pela profissão, algo que continua a me fascinar até hoje”, rememora.

Especialista em Biologia Molecular e Bioquímica Clínica e em Biologia Evolutiva, além de mestre em Patologia e doutora em Biotecnologia, Daniela construiu uma carreira notável na área. Foi biomédica chefe no Instituto de Medicina Nuclear de Ribeirão Preto (DIMEN), e hoje se dedica às investigações acadêmicas. Atualmente, Daniela tem trabalhado em pesquisas no Laboratório de Virologia do NAMI enquanto realiza seu pós-doutorado em Ciências Médicas na Unifor.


“Com a infraestrutura de ponta da Unifor, como o Nubex e o NAMI, os estudantes têm acesso a uma formação prática e inovadora, alinhada às necessidades epidemiológicas da região. Isso prepara futuros biomédicos para atuarem em diversas áreas”Daniela Monteiro, biomédica e pesquisadora

Daniela explica que o biomédico desempenha um papel importante na saúde pública. “Eles realizam análises clínicas essenciais para o diagnóstico precoce de doenças, ajudando a identificar surtos epidemiológicos e a monitorar a saúde da população. Além disso, atuam em pesquisas científicas, desenvolvendo novos métodos de diagnóstico, tratamentos e vacinas, o que é vital para o controle de doenças”, detalha.

Nos laboratórios de saúde pública, os biomédicos realizam análises de amostras biológicas para detectar doenças infecciosas e monitorar fatores ambientais que impactam a saúde. Eles também são fundamentais em campanhas de conscientização sobre saúde, promovendo hábitos saudáveis e educando a população. São parte relevante de uma equipe multidisciplinar.

“Ao colaborar com outros profissionais de saúde, os biomédicos contribuem para uma abordagem integrada, que visa a saúde da comunidade como um todo”, declara.

Daniela afirma que o biomédico conta com mais de 70 campos de atuação, sendo a principal habilitação para mercado de trabalho em análises clínicas. “Com essa habilitação, o profissional pode atuar em diversas áreas, como hematologia, microbiologia, bioquímica, imunologia e parasitologia, cobrindo toda a rotina laboratorial em hospitais, laboratórios e clínicas”, explica.

Além disso, eles também atuam na coleta, processamento, análise e emissão de laudos de exames. “Esse ramo não apenas oferece uma quantidade significativa de vagas, mas também costuma ser a porta de entrada para biomédicos que buscam adquirir experiência. Muitos, após ganharem conhecimento e confiança, acabam abrindo seus próprios laboratórios de exames”, afirma.


Na Unifor, os futuros biomédicos poderão vivenciar diversas atividades práticas em laboratórios e ambientes de pesquisa (Foto: Ares Soares)

Mas novos campos estão emergindo com força no mercado, como imagenologia, análise ambiental, perfusão extracorpórea, reprodução humana, fisiologia do esporte, estética, dentre outras opções.

“Embora a maioria dos profissionais formados em biomedicina trabalhe em laboratórios, focando em análises clínicas e diagnósticas, há também aqueles que optam por seguir carreira acadêmica, tornando-se pesquisadores ou professores universitários, além de profissionais que encontram oportunidades em hospitais e clínicas particulares”, sugere.

Para Daniela, ao lançar a graduação em Biomedicina, a Unifor desempenha um papel fundamental na formação de profissionais capacitados para atender às crescentes demandas do mercado de saúde.

“Além disso, o incentivo à pesquisa científica desde a graduação, em parceria com programas como o Renorbio e o Mestrado em Ciências Médicas, promove o desenvolvimento de novos conhecimentos, impactando positivamente a ciência e a saúde pública, tanto no Ceará quanto no Brasil”, finaliza.