Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel
Inaugurada em agosto de 2019, a Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel nasceu do sonho de homenagear a primeira mulher a escrever cordel no Brasil.
Idealizado pela professora Paola Torres, médica e poeta, o espaço foi pensado para fazer uma homenagem à primeira mulher a escrever cordel no Brasil.
Filha de Francisco das Chagas Baptista, um famoso cordelista na Paraíba, Maria das Neves teve sua entrada no mundo dos folhetos facilitada por seu pai, que era dono de uma gráfica, na cidade de João Pessoa (PB) . Ainda na década de 1930, seu primeiro folheto - nomeado “O violino do diabo ou o valor da honestidade” - foi publicado pela gráfica de seu pai.
Detalhe importante que deve ser citado: todos os seus textos eram assinados com o nome de Altino Alagoano, já que naquele período o machismo era muito forte e era impensado uma mulher escrever cordel. Sendo assim, enquanto Maria das Neves ficava em casa escrevendo, seu marido saía para vender os folhetos.
Pioneirismo
A Universidade de Fortaleza, pensando além, é a primeira a catalogar um acervo de 1.606 títulos e 3.173 exemplares, impulsionando a consulta dos folhetos aos alunos, colaboradores e a comunidade em geral através do site da Unifor.
O acervo da Cordelteca possui textos dos poetas consagrados como Leandro Gomes de Barros, Arievaldo Viana, Stélio Torquato, Paola Torres entre outros.
A Cordelteca está localizada na Biblioteca Central da Unifor, com acesso gratuito, permitindo que o público conheça os poemas populares.
