A liderança corporativa sob o olhar da Geração Z
Como a visão dos nativos digitais sobre liderança pode desafiar e até melhorar o mercado de trabalho
A Geração Z está modificando as relações no trabalho, o que inclui a maneira como esses profissionais enxergam a liderança. Como estamos falando de indivíduos que estão, aos poucos, ocupando cada vez mais vagas no mercado, é interessante entender o que eles valorizam em seus líderes.
Quer entender melhor como essa visão pode trazer um impacto positivo para as empresas e o porquê é importante acompanhar essas mudanças? Acompanhe este artigo!
Qual a visão da Geração Z sobre o papel da liderança?
A visão de um chefe no estilo “mandão” não combina em nada com a Geração Z, já que esses profissionais valorizam uma relação de trabalho focada na colaboração, ou seja, o líder não é alguém em uma hierarquia superior e sim parte importante de um time. Saiba mais a seguir!
Liderar junto
A Geração Z valoriza uma estrutura horizontal, então não se sente à vontade com a diferença de posições na equipe. Quanto ao líder, eles valorizam a ideia de “liderar junto”: então, todos na empresa devem ter espaço para dar ideias, discutir assuntos importantes e participar das decisões. Isso é de suma importância para a colaboração e diversidade de ideias na organização, pois uma vez geridas de modo eficaz, é determinante para a posição estratégica da empresa no mercado.
Autonomia
A Geração Z, também conhecida como nativos digitais, são pessoas que desenvolveram a autonomia para buscar informação e conhecimento. Isso promove não só mais informações para o meio, como também a desenvoltura para conquistar habilidades, insights, etc.
Com isso, além do aspecto “liderar junto”, como explicamos, é essencial que o líder dê autonomia para esses profissionais ao exercerem suas tarefas. Saiba ainda que, muitos deles, têm uma mentalidade empreendedora e mais facilidade para pensar em soluções estratégicas.
Esse fator é ainda mais relevante quando falamos do trabalho remoto, que, muitas vezes, exige essa postura mais independente da pessoa.
Logo, para proporcionar autonomia às equipes, um bom líder para a Geração Z é também aquele que confia no seu time.
Líder como mentor
Cabe salientar que a Geração Z quer ver a sua ocupação com um significado maior, por isso escolhe empresas que propiciem seu desenvolvimento pessoal e profissional. A partir dessa perspectiva, muitos jovens enxergam o líder não apenas como aquele que coordena um time e distribui as demandas, mas sim alguém com quem eles possam aprender.
Transparência
As lideranças para a Geração Z precisam trabalhar com transparência nos processos para que todos entendam a importância da sua função, em qual etapa está cada projeto, quais as atribuições dos colegas, entre outros pontos.
Para isso, são profissionais que valorizam plataformas de colaboração, como Asana, Slack ou outras, para que tenham uma visão global dos projetos.
Ter uma relação transparente com a liderança também é importante para esses profissionais, assim eles querem um líder que seja acessível e que forneça feedbacks sempre que necessário.
Humildade
Por último, a Geração Z quer um líder “humano”, ou seja, além de ser empático e próximo da equipe, seja também humilde, pedindo ajuda sempre que necessário e reconhecendo seus erros.
Para os profissionais, é preciso que o gestor o enxergue como “pessoa”, de forma a equilibrar as demandas e ser compreensivo com as necessidades de cada um. E aqui entra o aspecto da flexibilidade, como permitir o home office para atividades que possam ser realizadas online.
Quais os impactos que esse aspecto pode ter no mercado de trabalho?
O primeiro ponto é que ganha espaço os líderes que valorizam o trabalho e participação dos profissionais e que entendam a necessidade da diversidade e inclusão em seus times. Liderar vai, cada vez mais, significar colaboração, permitindo que as pessoas possam mostrar sua criatividade e potencial.
Além disso, o gestor precisa entender a importância de oferecer um ambiente saudável, a fim de evitar problemas como estresse e ansiedade, e da flexibilidade, permitindo que as pessoas sejam avaliadas pela sua produtividade e não pelo horário que entram ou saem da empresa.
Por fim, o líder deve se preocupar com a evolução dos talentos, assim, além de mentor, precisa investir em programas de treinamento e aprendizado contínuo para as equipes.
O mercado de trabalho está evoluindo e a postura da Geração Z em relação à liderança faz parte dessas transformações. Logo, é preciso que as empresas comecem a se adaptar a esse novo cenário.