O que a Geração Z ensina sobre construir uma carreira com propósito e consistência

Confira, em quatro pontos-chave, como os nascidos entre 1997 e 2012 estão redefinindo as dinâmicas no ambiente corporativo.

A Geração Z configura uma força de trabalho que vem acompanhada de uma mentalidade diferente das gerações anteriores. Ao contrário dos Millenials, os nativos digitais priorizam um trabalho mais voltado à qualidade de vida, equilíbrio emocional e flexibilidade. Essa postura está, cada vez mais, alinhada às novas expectativas das empresas.

A seguir, foram destacados quatro tópicos que permitem conferir as mudanças que a Geração Z vem liderando.

1.    Autoconhecimento como ponto de partida 

Ao invés de abordagens genéricas sobre vocação, habilidades e autoconfiança, os jovens da Geração Z tratam o autoconhecimento como uma ferramenta estratégica. Antes de escolher uma carreira ou aceitar uma oferta de emprego, eles buscam compreender profundamente seus interesses, expectativas, valores pessoais e como uma tomada de decisão irá impactar na sua trajetória.

Essa prática permite decisões mais coerentes e planejadas. Existem ainda casos em que são construídas trajetórias plurais: pessoas que conciliam empregos com projetos paralelos ou empreendimentos próprios. A reflexão constante sobre seu papel profissional é uma característica marcante e um diferencial no momento de traçar planos a longo prazo.

2.    Conexão com as transformações do mercado

Esses jovens demonstram alta capacidade de adaptação às mudanças, além de atenção constante às tendências de suas áreas de interesse. Eles entendem que o diploma, por si só, não é garantia de inserção ou sucesso no mercado — é preciso acompanhar os desdobramentos do setor, identificar nichos em ascensão e estar disposto a explorar novos caminhos.

É comum, ainda, que ocorra transição por diferentes segmentos dentro de uma mesma profissão ou até mesmo em atuações diferentes ou correlatas, como um profissional formado em Educação Física e Fisioterapia, agregando experiências multifacetadas ao currículo. Essa movimentação gera repertório, fortalece competências e aumenta a empregabilidade.

3.    Contatos profissionais: estratégia de posicionamento

O networking é uma prática que essa geração utiliza não só para fomentar o valor das conexões — tanto on-line quanto offline — como também como meio de se manterem atualizados, construir autoridade e identificar oportunidades.

O LinkedIn, por exemplo, é utilizado como vitrine de currículos, como um espaço de produção de conteúdo e engajamento com temas relevantes da profissão e para aumentar a rede de contatos nas empresas. Além disso, eventos, cursos e experiências presenciais continuam sendo valorizados como formas de ampliar a rede de contatos de maneira significativa.

4.    Da teoria à prática

A busca constante por conhecimento se materializa na busca por estágios, trabalhos voluntários e certificações. Todos esses são encarados como oportunidades legítimas de aprendizado e crescimento.

Além de contribuírem para o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais, cada uma dessas vivências também ajuda a montar portfólios sólidos e personalizados. Isso corrobora para uma visão ampliada do mercado e permite escolhas profissionais mais conscientes, alinhadas com propósitos individuais e demandas reais das empresas.