O que é a Mpox? Conheça sintomas, formas de transmissão e tratamento da doença
Doença causada por uma mutação do vírus da varíola começou a ser transmitida por macacos
A Mpox é uma doença transmitida pelo vírus Monkeypox , que recebeu esse nome pois, em 1958, teve seu primeiro caso em macacos. Além da transmissão em animais, em 1970, na República Democrática do Congo, foi detectado o vírus em uma criança, sendo o primeiro caso humano registrado.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais (líquidos originários dos corpos de pessoas vivas), gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) , a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.
Sintomas
De acordo com a OMS, é possível suspeitar que se está com a doença qualquer pessoa que apresente os seguintes sintomas em conjunto:
- bolhas na pele,
- dor de cabeça,
- dores nas costas,
- início de febre acima de 38,5°C,
- dores musculares e no corpo,
- linfonodos inchados,
- fraqueza profunda.
O médico infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza, Keny Colares, alerta que os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como a chikungunya e a catapora. Por isso, é preciso fazer exame para confirmar ou descartar a possibilidade da enfermidade.
“As bolhas vão evoluir, depois elas vão murchar e a pessoa
contaminada vai ficar boa em um período de, mais ou menos, duas
semanas. Pessoas que tiverem alguma doença do sistema imunológico
podem ter sintomas mais graves e eventualmente ter algum risco de
vida” — Keny Colares, professor de Medicina da
Unifor
Transmissão e grupo de risco
O professor explica que o vírus pode ser transmitido principalmente pela respiração e contato de pele com pele, especialmente quando existem bolhas. A Mpox é uma doença com uma capacidade de transmissão razoável, mas não é comparada à covid-19 ou influenza, que são altamente transmissíveis por serem quadros de infecção respiratória.
Keny pontua que, nesse momento, a pandemia não está em pauta e a Mpox não está entre as doenças mais frequentes ou perigosas no Brasil. O médico destaca que os principais fatores de risco são pessoas que têm contato com outras que já têm a doença, a princípio viajantes do continente africano. A variante acomete todos os públicos, com maior foco em crianças e pessoas que têm fragilidade no sistema de defesa.
Alerta mundial
O professor Keny destaca que os casos que estão sendo notificados na África, em 2024, apresentam uma gravidade um pouco maior do que era descrito antes. Isso acontece pois é um vírus que, aparentemente, está se modificando ou está surgindo novas variantes que podem surpreender.
A OMS alertou que os casos aumentaram de uma forma relevante e dessa vez, diferente do que aconteceu dois anos atrás, com mais casos e uma maior mortalidade. O médico infectologista explica que é necessário se preparar e focar na prevenção, mas não quer dizer que a epidemia vá, de fato, acontecer.
Vacinação
Existem vacinas que foram desenvolvidas para essa variante, mas são restritas a populações especiais. Keny Colares declara que, pela doença não ser um problema de saúde pública ainda, não existe previsão de vacinação em massa.