seg, 14 novembro 2022 11:42
Entrevista Nota 10: Davi Rocha e a avidez pela inovação digital
Empreendedor e consultor de marketing digital, Davi Rocha conta à Entrevista Nota 10 sobre sua trajetória profissional e fala da participação na Re:act, programa internacional em parceria inédita com a América Latina
Egresso da graduação em Publicidade e Propaganda (PP) da Universidade de Fortaleza – instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz –, o professor universitário Davi Rocha voltou à sua alma mater para lecionar no mesmo curso em que se formou. Ele também ministra disciplinas para estudantes de Administração, Eventos e Marketing na Unifor.
Mestre em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele possui um MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além de consultor de marketing digital, o docente ainda é empreendedor: foi co-fundador da Logovia, sua primeira startup, e criador do Bacontástico, canal sobre entretenimento no YouTube.
Com todo seu aporte de experiências, Davi supervisionou a colaboração inédita no Brasil com a Re:act – programa universitário internacional de responsabilidade no trânsito. A “Evite mais um nome”, campanha de segurança no trânsito produzida por alunos do curso de PP da Unifor, chegou a impactar quatro milhões de pessoas nas cidades de Fortaleza e São Paulo durante sua veiculação em setembro deste ano.
Na Entrevista Nota 10 desta semana, o docente compartilha sobre sua participação no projeto junto aos estudantes. Davi também conta um pouco sobre sua trajetória profissional e o seu interesse pela junção entre comunicação, marketing e tecnologia.
Confira na íntegra a seguir.
Entrevista Nota 10 – Professor, poderia compartilhar conosco um pouco da sua trajetória profissional e de como surgiu seu interesse na área de marketing e designer?
Davi Rocha – Meu interesse em marketing, comunicação e inovação (minhas áreas de estudo e atuação profissional) surgiu da vivência com professores durante os estudos e também em função do meu gosto por tecnologia e internet. Fui de uma geração que pegou a inserção da internet no Brasil, e pude assistir de camarote a realização do potencial que, desde o início, o meio digital apresentou. Ademais, como empreendedor, fiz parte da primeira safra de “startupeiros” do Ceará, co-fundando e levando a Logovia (minha primeira startup) a ser vendida em São Paulo a partir do trabalho junto a meus outros dois sócios. Todas essas experiências me trouxeram até aqui.
Entrevista Nota 10 – Você é co-fundador de uma startup digital, ministra aulas com foco em internet e tem experiências com interfaces virtuais, além de ter criado o canal Bacontástico. O que te chamou a atenção para investir no universo digital, tanto no âmbito pessoal quanto na docência?
Davi Rocha – Primeiro, o gosto pessoal por todos os universos que se conectam por intermédio do meio digital. Em segundo lugar, pelas vivências e pelo contato que tive com pessoas e eventos, que me colocaram em um patamar diferenciado enquanto observador e consumidor de assuntos que (ainda hoje) são pouco discutidos e abordados em nosso entorno. Sempre fui uma pessoa curiosa e, ao mesmo tempo, muito inquieto e insatisfeito com a realidade à minha volta. Sendo assim, sob muitos perrengues e experiências distintas, construí a minha jornada.
Entrevista Nota 10 – Em setembro foi lançada a campanha de conscientização sobre segurança no trânsito “Evite mais um nome”, realizada pelos alunos de PP em parceria com a Re:act. Pela primeira vez uma instituição de ensino da América do Sul realizou um trabalho alinhado com a iniciativa. Como foi fazer parte da supervisão dessa colaboração inédita no Brasil?
Davi Rocha – Foi, ao mesmo tempo, desafiador e incrivelmente gratificante. Sempre busco me alinhar com as iniciativas mais inovadoras dos projetos dos quais faço parte e, no ensino, essa postura se mantém. Me lembro de ter aceitado de imediato o convite feito a mim pela coordenação do curso de Publicidade e Propaganda, não só por ser fiel e entregue à visão do curso e de seus docentes, mas também por ter achado incrível a possibilidade de colocar em prática algo tão ambicioso quanto o Re:act. Foram meses de muito trabalho, mas encarei cada um deles com alegria por entender que estava ali escrevendo uma página importante da história do curso.
Entrevista Nota 10 – O que essa parceria internacional significa para os estudantes e as instituições envolvidas? É possível ver uma perspectiva de mudança no mercado criativo aqui no estado a partir de indicativos como esse?
Davi Rocha – A parceria significa, sem dúvida, um passo muito importante para evolução dos cursos do nosso Centro de Ciências da Comunicação e Gestão, como também uma validação genuína da capacidade dos nossos alunos de aceitarem desafios complexos e de desempenharem com muito profissionalismo projetos de cunho profissional, como o Re:act. Já no semestre atual, percebo o impacto positivo que o Re:act trouxe ao mercado criativo de Fortaleza. A reverberação dos resultados positivos e o aumento do interesse de agências e outras empresas em participar das próximas edições são também notórios.
Entrevista Nota 10 – Em um mundo inegavelmente cada vez mais digital, o que esperar das oportunidades para profissionais da comunicação que investem no conhecimento e prática nessa área?
Davi Rocha – Muito trabalho, muita incerteza, mas, certamente, muito sucesso também. Estamos em uma realidade cada vez mais volátil, incerta e complexa da nossa sociedade, com desafios que exigem não apenas um conhecimento técnico sólido, mas também habilidades comportamentais, emocionais e relacionais fundamentais para o bom andamento dos projetos criativos atuais do mercado.