seg, 11 março 2024 09:54
Espaço Cultural Unifor inaugura três exposições gratuitas no mês de março
A partir do dia 13 de março, o público poderá conferir as mostras “Centelhas em Movimento”, “Colecionando Afetos” e “Fabricando Elefantes Todos os Dias”
A partir do dia 13 de março, o Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza — instituição mantida pela Fundação Edson Queiroz — contará com três exposições abertas ao público exibidas em diferentes ambientes. As mostras contam com obras de artistas nacionais, tendo suas aberturas realizadas simultaneamente no dia 12 de março, no hall de entrada do Espaço.
As exposições são gratuitas para visitação. O público pode conferir as atrações em cartaz no Espaço Cultural Unifor de terças a sextas-feiras, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h. A seguir, confira mais detalhes sobre cada uma das mostras.
“Centelhas em Movimento” — Coleção Igor Queiroz Barroso
“Por acreditarmos que obras de arte podem estar em brasa quando reavivadas pelos olhares dos públicos, concebemos a fricção entre elas como ação que desprende centelhas pelos ares”. É com essa percepção que Paulo Miyada e Tiago Gualberto montaram a exposição “Centelhas em Movimento”, com obras da Coleção Igor Queiroz Barroso. Após bem-sucedida temporada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a mostra chega à Fortaleza, terra natal do colecionador.
A exposição reunirá cerca de 190 obras, de autoria de mais de 55 artistas, da Coleção Igor Queiroz Barroso (Imagem: Divulgação)
A partir de 13 de março, a exposição será aberta ao público, com visitação gratuita de terças a sextas, das 9h às 19h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h. Na manhã do dia 13, às 9h30, os curadores vão ministrar palestra sobre a mostra no Núcleo Diálogos, que fica no Espaço Cultural Unifor.
Com cerca de 190 obras de autoria de mais de 55 artistas, abrangendo o período dos anos 1910 aos dias atuais, a exposição tem foco especial na arte moderna brasileira. Assim, com a expografia e a montagem, os curadores buscam intensificar atritos e ressonâncias ao colocar lado a lado obras de distintos artistas, de momentos e contextos diferentes.
Totonho Laprovitera — “Colecionando Afetos”
Dedicada à trajetória de Totonho Laprovitera, “Colecionando Afetos” é uma celebração das cinco décadas de sua prolífica carreira ao contar, em suas obras, a história de uma vida por meio da linha do tempo da sua produção artística.
Nesta exposição, a curadora Andréa Dall’Olio busca transcender a linearidade temporal, uma vez que a produção de Laprovitera se confunde intimamente com seus afetos e sua visão de futuro.
No lugar de uma narrativa estritamente cronológica, as obras são dispostas de maneira a refletir os diversos momentos e influências que moldaram o caminho do artista, criando uma atmosfera imersiva que convida os espectadores a mergulharem na riqueza de sua expressão.
Obra símbolo da exposição: Colecionando Afetos (2024, acrílica e colagem sobre tela)
A exposição contempla três núcleos, nos quais as cerca de 110 obras do artista foram dispostas. A Sala Motes transporta os visitantes para o passado, narrando a história do artista por meio do seu repertório artístico e a documentação da sua carreira.
Já a Sala Afetos apresenta o presente, com obras que dialogam com o outro, dedicadas às conexões emocionais e relações interpessoais que permeiam a produção do artista. Na última sala, Até a Próxima Página em Branco, os espectadores terão a oportunidade de vislumbrar o horizonte futuro através dos olhos visionários de Totonho Laprovitera.
Claudio Cesar – “Fabricando Elefantes Todos os Dias”
“Fabricando Elefantes Todos os Dias” é uma mostra que presta uma emocionante homenagem à vida e obra de Claudio Cesar. A exposição propõe um mergulho em uma narrativa visual que busca mapear e unificar as obras mais representativas do artista, preservando e destacando um recorte significativo do patrimônio artístico dele.
A curadoria e expografia, assinadas por Andréa Dall’Olio, conduzem os visitantes por uma jornada envolvente e imersiva no universo surrealista de Claudio, destacando a habilidade artística do pintor, escultor e desenhista, revelando as nuances e a riqueza simbólica presentes em cada obra. Andréa revela que a mostra se apresenta como um percurso labiríntico.
Obra símbolo da exposição: Fabricando Elefantes Todos os Dias (2016, acrílica sobre tela)
Andréa resume que a exposição objetiva desvelar a maestria de Claudio Cesar nas telas, bicos de pena e esculturas, destacando seu compulsivo desejo de retratar o mundo sem restrições, explorando, de maneira singular, sua curiosidade inata.
“Claudio Cesar dedicou-se a capturar as peculiaridades do povo cearense, enriquecendo suas obras com toques de poesia e humor. Flores, paisagens, retratos do cotidiano e seu querido São Francisco tornaram-se temas recorrentes em sua produção, e parte da sua mitologia, mergulhando na paleta multicolorida, cuja inspiração era o sol do Ceará”, afirma.
Palestras com curadores
A Unifor vai promover, nos dias 13 e 14 de março, palestras com os curadores das exposições. Os encontros, que visam explorar o processo criativo e as decisões curatoriais que moldam as mostras, acontecerão no Núcleo Diálogos do Espaço Cultural, às 9h30. Os eventos são gratuitos e abertos ao público.
No dia 13, a palestra será com Paulo Miyada e Tiago Gualberto, curadores da exposição “Centelhas em Movimento”. Já no dia 14, as atividades serão conduzidas por Andréa Dall’Olio Hiluy, curadora das exposições “Fabricando Elefantes Todos os Dias” e “Colecionando Afetos”. O momento contará com a presença também de Renata Guimarães, filha de Claudio Cesar, e Totonho Laprovitera.
Serviço
Espaço Cultural Unifor
Av. Washington Soares, 1321 — Bairro Edson Queiroz
Visitação gratuita de terça a sexta-feira, de 9h às 19h; sábados, domingos e feriados, de 12h às 18h
(85) 3477.3319