qua, 10 dezembro 2025 08:43
Estudantes da Unifor conquistam títulos nacionais e fazem história na Ginástica Rítmica
Lara Tavares, Cinthia Oliveira e Maria Luiza Couto brilham no Torneio Nacional e consolidam o Ceará no cenário da ginástica rítmica adulta

Três estudantes da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, escreveram um novo capítulo para a ginástica rítmica cearense. Lara Tavares, estudante do curso de Nutrição, Cinthia Oliveira da Educação Física e Maria Luiza Couto, aluna da graduação em Fisioterapia, atletas da Escola de Ginástica Rítmica (KGYM), conquistaram títulos nacionais no Torneio Nacional de Ginástica Rítmica, realizado em Aparecida do Norte, São Paulo.
A aluna Lara Tavares, de 21 anos, foi um dos grandes destaques da competição. Ela conquistou o título de campeã geral individual adulta, além do ouro no aparelho fita e do bronze no arco. Adicionalmente, as três estudantes formaram o Trio Adulto da KGYM, que subiu ao topo do pódio e garantiu o título nacional por conjunto, sob o comando da técnica e diretora Katlyne Freitas.
Quando o sonho se torna real
Para a atleta Lara Tavares, a conquista do título de campeã geral adulta representa a realização de um objetivo perseguido desde a infância. Ela já havia sido vice-campeã nacional em duas edições e medalhista por aparelho, mas explicou que este resultado tem um significado próprio em sua trajetória.
“Foi quando Deus quis, no tempo dele e no tempo de Nossa Senhora também”, afirmou. Lara destacou ainda a experiência de competir no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, local que considera simbólico, especialmente porque uma de suas séries era coreografada ao som de Romaria, música relacionada à devoção à Nossa Senhora Aparecida. Segundo ela, vivenciar essa conquista nesse ambiente “foi uma sensação indescritível”.
Maria Luiza Couto, estudante de Fisioterapia, descreveu o título nacional como parte de um processo marcado por dedicação intensa. Ela contou que o grupo mantém uma rotina de treinos que exige renúncias frequentes, como momentos de descanso e lazer. Para a atleta, alcançar esse resultado enquanto cursa a graduação na Unifor também tem importância especial. “Sinto orgulho por conquistar esse título e por ter a oportunidade de treinar e estudar nessa universidade”, afirmou.
Treinos, estudos e o desafio de fazer acontecer
As conquistas foram resultado de meses de preparação intensa. Entre a carga horária da graduação, os treinos diários e as demandas pessoais, as atletas lidaram com o desafio de manter o desempenho acadêmico e esportivo. Para viabilizar a participação no torneio, recorreram a diferentes estratégias de apoio: organizaram rifas, campanhas de arrecadação e contaram com a colaboração de familiares, colegas e da comunidade da KGYM. As passagens foram custeadas pelo Governo do Estado do Ceará e pela Secretaria do Esporte do Ceará (Sesporte).
Segundo a técnica e diretora Katlyne Freitas, o resultado reflete o esforço coletivo que sustentou o projeto ao longo da temporada. “Mais do que um título, essa vitória representa o poder da união, da garra e da fé no trabalho que acreditamos. Essas meninas são o reflexo de tudo o que a KGYM representa: coragem, disciplina e amor pela ginástica”, afirma.
Unifor como espaço de formação acadêmica e esportiva
A presença das atletas como estudantes da Unifor evidencia o papel da universidade na integração entre formação acadêmica e esporte de alto rendimento. A instituição abriga a KGYM dentro do campus, oferecendo estrutura que permite às ginastas manterem a rotina de treinos sem comprometer os estudos.
No último semestre de Nutrição, Lara destacou o apoio recebido dos professores, que compreenderam sua rotina intensa durante o período de competições. Ela reconhece que conciliar graduação e treinos exige disciplina, especialmente em um semestre marcado por TCC, estágios e preparação para a formatura. Segundo a atleta, o hábito de organização desde a infância foi fundamental para manter o equilíbrio.
Maria Luiza também ressalta os desafios com a rotina. Para ela, o maior obstáculo é lidar com o cansaço diário. Ainda assim, busca adaptar sua agenda para incluir estudos “antes ou depois do treino”, preservando o desempenho acadêmico e esportivo.
Apoio incondicional
Por fim, Lara reconhece que o resultado alcançado também reflete o trabalho da técnica Katlyne Freitas, com quem treina há vários anos. Ela destaca que a treinadora foi essencial na preparação para o torneio, responsável pela criação das séries, pelos ajustes técnicos e pelo acompanhamento constante durante todo o processo. “Ela acreditou em mim desde o início. Esse título também é dela”, afirmou a atleta.
Maria Luiza compartilha da mesma percepção. Para a estudante, tanto a técnica quanto a Escola desempenharam um papel decisivo na trajetória do trio. Ela explica que o suporte oferecido ao longo da preparação foi determinante para que o conjunto chegasse ao torneio em condições de competir.
“Sabemos que podemos contar com eles em todos os momentos”, disse, reforçando o vínculo de confiança que marca a relação entre as ginastas e a equipe técnica.
Esta notícia está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), contribuindo para o alcance dos ODS 3 – Saúde e Bem-Estar, ODS 4 – Educação de Qualidade, ODS 5 – Igualdade de Gênero, ODS 10 – Redução das Desigualdades e ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação.
A iniciativa da Universidade de Fortaleza, assim, fortalece a formação acadêmica das atletas e incentiva a promoção da saúde e do bem-estar, destacando o protagonismo feminino no esporte, a redução de desigualdades por meio do apoio comunitário e governamental e a importância das parcerias entre universidade, equipe técnica, governo e comunidade para viabilizar a participação das ginastas e suas conquistas.