O aprendizado nunca envelhece: a história de quem voltou à sala de aula depois dos 60

qua, 18 junho 2025 17:22

O aprendizado nunca envelhece: a história de quem voltou à sala de aula depois dos 60

Após anos dedicados ao ensino, Celiane Moreira conta sobre seu novo desafio, agora, do outro lado do ambiente de aprendizado


Celiane Moreira é aluna do terceiro semestre de Fisioterapia da Unifor (Foto: Clara Soeiro)
Celiane Moreira é aluna do terceiro semestre de Fisioterapia da Unifor (Foto: Clara Soeiro)

Nos últimos anos, apenas um grupo teve aumento de matrículas em cursos presenciais de instituições privadas de ensino superior: os idosos. Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil, cuja publicação mais recente é de 2024, houve crescimento de 22% nos ingressos dessa faixa etária.

Aluna do curso de FisioterapiaCeliane Maria Moreira da Costa faz parte do grupo tão ativo nas universidades. A estudante tem 62 anos e está no terceiro semestre de sua segunda graduação. Já aposentada, ela é formada em Pedagogia e trabalhou por 28 anos em escolas públicas do estado do Ceará.  

Celiane decidiu voltar aos estudos motivada por uma experiência pessoal. Há três anos, sua mãe, que na época tinha 88 anos, sofreu uma queda e precisou de acompanhamento fisioterapêutico. “Durante a recuperação, acompanhei cada sessão. Minha mãe tinha dois fisioterapeutas, um deles era meu irmão, que é da área há mais de 40 anos e sempre foi uma grande inspiração para mim”, conta.

Projeto que incentiva idosos no ensino superior em pauta no Congresso

O crescimento da presença de idosos no ensino superior não é apenas uma tendência social, mas começa a ganhar força também no campo das políticas públicas. Em dezembro de 2024, o Senado Federal aprovou o projeto de lei (PL 1.519/2024) que prevê ações a serem realizadas por universidades de todo o país que incentivem o ingresso e a permanência de pessoas idosas em cursos de graduação.

O projeto de lei, que encontra-se na pauta da Câmara dos Deputados, reforça a importância do envelhecimento ativo, da inclusão e de melhorar a saúde da população, com objetivo de reduzir o número de idosos com transtornos psicológicos derivados do isolamento social. 

Celiane prova que o tema deve ser amplamente discutido. “Estou amando estar aqui e com energias renovadas. Tenho 62 anos, mas minha cabeça tem 30”, ressalta.

Acolhimento e inclusão na Unifor

Celiane sentiu-se acolhida pelos professores logo no começo de sua jornada na Fisioterapia. Os docentes a mencionavam de exemplo e tentavam ampliar suas interações com os mais jovens, destaca Celiane. 

“Os professores notaram que eu era aquela pessoa diferente, que não tinha tanto contato com os mais jovens, e eu amei todo esse cuidado. Isso se chama inclusão. Com o tempo, também me aproximei dos meus colegas e, hoje, sou rodeada de pessoas maravilhosas" Celiane Moreira, aluna do curso de Fisioterapia (Foto: Clara Soeiro)

A história de Celiane serve de inspiração para outros idosos que desejam retomar seus estudos. Sua trajetória demonstra que a busca pelo conhecimento não tem idade e que, mesmo após a aposentadoria, é possível se reinventar e encontrar novas motivações. 

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Para quem desejar seguir os passos de Celiane e de muitos outros, as Bolsas 50+ da Unifor oferecem descontos de até 40% para pessoas com idade igual ou superior a 50 anos.

Os descontos são válidos para todos os cursos de graduação, exceto Odontologia e Medicina. Na pós-graduação, o aluno deve manter a continuidade do curso, sem interrupções. O desconto será aplicado a partir da segunda mensalidade e em todas as seguintes, desde que o pagamento seja feito até a data de vencimento padrão.