seg, 11 agosto 2025 11:18

Direito 50 anos: excelência jurídica que inova para transformar o mundo

Curso de Direito da Unifor chega aos 50 anos celebrando uma formação de excelência, que é resultado da combinação estratégica entre tradição acadêmica, inovação metodológica, responsabilidade social e forte inserção prática e interdisciplinar

Quem está imerso no universo jurídico sabe: o exercício da profissão vai muito além da interpretação das leis. No campo do Direito, os novos tempos demandam interdisciplinaridade, visão social e capacidade de inovar. Atenta a esta necessidade de uma formação versátil, a graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor), vinculada à Fundação Edson Queiroz, chega aos 50 anos como uma ponte valiosa entre tradição e inovação na área.

É que a matriz curricular atualizada e o corpo docente de excelência se unem a uma série de projetos e metodologias que enriquecem uma formação acadêmica completa, com possibilidades para vivenciar a prática profissional desde a graduação, desenvolver habilidades e experimentar novas tecnologias.

Na Unifor, a interdisciplinaridade virou eixo central e aproximou os estudantes de áreas como psicologia, engenharia, administração, economia e relações internacionais, preparando juristas capazes de compreender e atuar nos múltiplos contextos sociais, técnicos e humanos que marcam a realidade contemporânea.

A articulação entre campos do saber também favorece a inovação jurídica e social e, dos projetos da Unifor, tem saído uma série de soluções para acelerar o andamento de processos ou informar a população sobre seus direitos. Aqui, os estudantes são preparados desde a graduação para lidar com ferramentas tecnológicas e inteligência artificial, que vêm mudando profundamente a forma de produzir, interpretar e aplicar o conhecimento jurídico.

Projetos de extensão, por sua vez, desempenham um papel central na construção de um perfil profissional humano e comprometido com a sociedade, aproximando os alunos da realidade das comunidades e promovendo experiências transformadoras dentro e fora da sala de aula.

Além disso, já tem 25 anos que os alunos de Direito da Unifor contam com o Escritório de Práticas Jurídicas (EPJ), um equipamento fundamental para que o corpo discente experimente uma imersão profunda na realidade do sistema de justiça e nas demandas sociais. É uma chance de ouro para vivenciar teoria e prática desde o início da jornada universitária e mergulhar numa formação completa.

“A formação de excelência em Direito oferecida pela Unifor é resultado de uma combinação estratégica de tradição acadêmica, inovação metodológica, responsabilidade social e forte inserção prática e interdisciplinar. Essa formação se traduz em um processo educacional comprometido com a qualidade, a transformação social e a preparação para os desafios contemporâneos da profissão jurídica”, atesta a diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), Katherinne Maciel.

Quem passou pelas salas de aula do bloco K ao longo das últimas cinco décadas corrobora com as palavras da professora, seja pelas memórias dos tempos de universidade ou pela própria carreira construída nos mais diversos espaços de atuação: no Judiciário, Ministério Público, Defensoria, advocacia, universidades, organizações sociais e empresariais.

Formação completa para profissionais versáteis

Das primeiras aulas na Unifor à cadeira de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já se vão mais de 40 anos. Mas Teodoro Silva Santos ainda lembra com carinho dos primeiros passos no universo jurídico e do encantamento com o campus universitário. “Para um jovem vindo do interior do Ceará, a Universidade de Fortaleza já se destacava como um farol de prestígio e possuía uma estrutura que a diferenciava”, lembra.

Teodoro conta que a paixão pelo direito nasceu com a visão de que aquela era a principal ferramenta para construir uma sociedade mais justa e isonômica. “Posso afirmar com segurança que essa mesma sede de justiça, nascida naquela época, continua sendo o motor que me impulsiona até hoje”, conta ele, que é mestre e doutor em Direito Constitucional pela Unifor e pós-doutor pela Universidade do Minho.

“O ambiente acadêmico é, por natureza, um divisor de águas. Recordo-me com imenso carinho da riqueza dos aprendizados e do convívio com mestres que tanto me inspiraram. As memórias mais vivas são as dos diálogos em sala de aula, aqueles momentos em que, como alunos, sentíamos a liberdade de compartilhar dúvidas e anseios”, recorda Teodoro, que hoje é professor de Processo Penal na  universidade que o formou. “Essa troca de conhecimento e experiência entre professor e aluno é, para mim, um ato sagrado e o verdadeiro cerne da formação”, acrescenta.

Teodoro, hoje ministro, acredita que a Unifor contribuiu para que chegasse a uma das mais altas cortes brasileiras, o STJ. “A Unifor tem uma capacidade comprovada, ao longo de seus 50 anos, de entregar à sociedade profissionais completos. Tive a felicidade de beber dessa fonte”, afirma. Ele detalha que a Unifor lhe ofereceu mais do que conhecimento técnico: proporcionou um ambiente para cultivar virtudes essenciais a um operador do Direito, capacidade de ouvir e empatia de se colocar no lugar do outro.

“São práticas indispensáveis para quem almeja ser um bom transmissor da justiça. Some-se a isso um corpo docente de altíssima qualificação, que sempre nos desafiou a aprofundar o conhecimento com leituras e debates que iam além do currículo básico. Essa base sólida foi, sem dúvida, um pilar na minha caminhada até o Superior Tribunal de Justiça”, acrescenta. Na carreira profissional, Teodoro passou pela Polícia Militar, pela Polícia Civil como delegado em Rondônia, pelo Ministério Público do Ceará e pela magistratura.

Para o ministro e docente, o egresso da Unifor chega ao mercado com grandes chances de se destacar por receber uma formação sólida e atenta às novas exigências do universo jurídico. Segundo ele, o currículo e os projetos da universidade trazem possibilidades de desenvolver ainda mais o raciocínio crítico e a habilidade de escrita dos futuros profissionais, duas ferramentas indispensáveis. 

Outros diferenciais são a transversalidade, mostrando como o direito dialoga com outras áreas, e o fortalecimento de pontes entre a academia e a prática cotidiana das mais diversas profissões jurídicas. “São passos que certamente manterão o curso na vanguarda, preparando profissionais não apenas para o hoje, mas para as complexas demandas do amanhã”, opina.

Teodoro ressalta ainda que o curso de Direito da Unifor é amplamente reconhecido como um programa de excelência, tanto no Ceará quanto em nível nacional. “Essa reputação é fruto de um ciclo virtuoso: a qualidade de seu corpo docente, a dedicação de seus alunos, a modernidade de sua estrutura e, acima de tudo, a nobreza de seus princípios pedagógicos e humanísticos”, afirma.

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Do estímulo ao conhecimento até realizar o sonho da magistratura

Depois de toda uma formação escolar básica em um colégio no interior do Ceará, Gisele Sampaio passou no vestibular da Unifor em 1997. A menina, que sempre sonhou com a carreira jurídica, conta que a escolha da Universidade foi natural.

“A Unifor já se destacava pela excelência acadêmica, pela moderna infraestrutura e pela forte reputação no meio jurídico cearense. Além disso, apesar de ser uma instituição privada, oferecia oportunidades de inclusão para alunos como eu — oriundos de famílias de poucos recursos, que, com muito esforço e sacrifício, viam na educação a oportunidade de garantir um futuro melhor para os filhos”, conta.  

Gisele lembra com nitidez do impacto ao conhecer o campus: um espaço moderno, amplo, arborizado e com a maior e melhor biblioteca que ela havia visto até então. “Um verdadeiro ambiente de estímulo ao conhecimento”, acrescenta ela, que diz que as vivências acadêmicas, humanas e intelectuais lhe acompanham até hoje. 

Foi nesse impressionante campus que Gisele construiu os alicerces do conhecimento jurídico e aprimorou o pensamento crítico para chegar ao cargo que ocupa hoje: o de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em Recife. 

“A Unifor foi essencial tanto na graduação quanto na pós-graduação em Processo Penal”, afirma a egressa. Antes de ser desembargadora, Gisele atuou na advocacia privada, na Procuradoria-Geral Federal e foi analista judiciária da Justiça Federal. Em 2002, alcançou o grande sonho de ingressar na magistratura federal. Atuou por mais de 20 anos no primeiro grau da Justiça Federal no Ceará, até ser promovida ao segundo grau. 

“Em todos esses momentos, a formação que recebi na Unifor foi decisiva tanto pela excelência técnica quanto pelos valores éticos e humanos transmitidos ao longo do percurso”, acredita.

Para ela, o valor do esforço contínuo, do estudo disciplinado e da boa formação são pilares essenciais para o exercício de qualquer função profissional. “A Unifor me ensinou, desde cedo, que conhecimento técnico e integridade caminham juntos. E que a excelência é fruto de preparo e dedicação”, afirma.

Gisele afirma que o curso de Direito da Unifor é reconhecido como um dos mais tradicionais e respeitados do Ceará e da região Nordeste. Sua reputação se sustenta na qualidade do corpo docente, na infraestrutura de ponta e no alto índice de aprovação em concursos públicos e exames da OAB.

“É uma formação que abre portas não apenas por sua excelência acadêmica, mas também por formar profissionais éticos, comprometidos e preparados para liderar transformações no meio jurídico”, considera.

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Apoio do estágio à monitoria, um mundo de possibilidades

No 5º semestre de Direito, Chandra Ferreira conta que a Unifor lhe surpreendeu já no primeiro semestre pelo conhecimento robusto dos professores, que são destaque no mercado. “Percebi a qualidade dos profissionais, e isso me deixou muito feliz de saber que eu tinha feito a escolha certa”, relata. Junto com a surpresa, veio a vontade de participar do máximo de oportunidades que a Universidade oferece.

Foi assim que ela virou monitora de uma disciplina já no 2º semestre, conseguiu estágio, fez uma disciplina em inglês e participou de feiras e de Encontros Científicos. Agora, sonha com um intercâmbio e um mergulho nos grupos e projetos de pesquisa. “Há um mundo de possibilidades que temos acesso”, diz. “Estou agora participando de uma liga acadêmica de Direito Constitucional que está se formando já nesse início de semestre”, acrescenta.

Atualmente, Chandra estagia na Advocacia Geral da União (AGU), na Procuradoria Federal do Ceará, na área jurídica. Ela celebra a facilidade de ter informações sobre oportunidades no mercado, além do apoio da Central de Carreiras, que direciona os alunos para vagas e auxilia na elaboração de currículos. “É um local que contribui muito para que a gente consiga se colocar no mercado rapidamente”, avalia.

Transição de carreira na Melhor

Jheyme Queiroz abraçou o curso de Direito da Unifor em um movimento de transição de carreira. Depois de uma formação em nutrição e de dez anos atuando em multinacionais nos setores de alimentos e bebidas, ela conta que decidiu se matricular em uma universidade com história, qualidade e legado à sociedade. 

A aluna está, agora, no 4º semestre de Direito e diz que o mais marcante para ela tem sido o compromisso do corpo docente e da Universidade como um todo com o aluno e futuro profissional. “Isso se traduz no dia a dia com uma matriz curricular atualizada e professores comprometidos com a formação dos alunos”, afirma.

Jheyme conta que esse apoio tem sido fundamental para que ela se prepare para dar os primeiros passos na área enquanto atua na gestão do escritório de advocacia do marido. Na Unifor, são muitas as possibilidades para construir conhecimento e segurança, com direito a palestras e vivências práticas, além do auxílio da Central de Carreiras e Egressos para direcionar o inserção no mercado de trabalho. 

Ela destaca que participou de um projeto de extensão com trabalho premiado no Encontro de Extensão Universitária. “Isso proporcionou a mim e a todos os membros do grupo uma vivência prática de como podemos, com ferramentas simples, atuar para uma sociedade mais justa e visualizar realidades distintas”, diz.

Um curso com uma missão transformadora

O curso de Direito da Unifor tem desempenhado um papel fundamental e multifacetado na transformação da sociedade, do mercado de trabalho e do universo jurídico, ancorando sua atuação em uma formação cidadã, crítica e inovadora. Nos últimos 50 anos, foram 28.209 alunos formados. Hoje, eles estão da advocacia aos órgãos públicos, incluindo postos de destaque na justiça brasileira.

Segundo a diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), Katherinne Maciel, a contribuição do curso à sociedade se manifesta de forma ampla e diversa em diversas áreas, mas em especial em três grandes eixos:

• transformação da sociedade por meio da cidadania e da justiça social,
• impacto no mercado de trabalho com inovação e competências práticas,
• renovação do universo jurídico com pensamento crítico e pesquisa aplicada.

Isso porque a Unifor se destaca por formar profissionais comprometidos com a ética, a promoção dos direitos humanos e a inclusão social. “O curso atua de forma intensa com projetos de extensão que aproximam a universidade da comunidade, como mutirões jurídicos, ações de letramento de gênero em comunidades vulneráveis, oficinas de direitos fundamentais e a atuação do Escritório de Prática Jurídica (EPJ)”, explica  Katherinne. Essas iniciativas viabilizam o acesso à justiça para populações em situação de vulnerabilidade e fomentam o exercício consciente da cidadania pelos alunos e pela sociedade atendida.

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Além disso, o curso de Direito da Unifor prepara seus egressos para um mercado dinâmico, que demanda competências técnicas, emocionais e tecnológicas. “A formação é orientada por competências, conforme as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), e oferece experiências práticas desde os primeiros semestres, como simulações de audiências, júris simulados, estágios supervisionados e parcerias com tribunais, escritórios e instituições públicas e privadas”, afirma a diretora do CCJ.

Ela acrescenta que a colaboração interdisciplinar com os demais cursos de graduação da Universidade, como o de Ciências da Computação na disciplina de Engenharia Jurídica, por exemplo, tem proporcionado soluções tecnológicas inovadoras premiadas nacionalmente, como aplicativos voltados à justiça e projetos em hackathons.

O curso de Direito também é um polo de produção de conhecimento, incentivando a pesquisa aplicada a temas emergentes do direito — como inteligência artificial, direitos das mulheres, novas configurações familiares e sustentabilidade — e promovendo eventos, grupos de estudo e publicações científicas.

“Com um corpo docente qualificado e atuante no meio acadêmico e jurídico, o curso estimula o pensamento crítico e a releitura de conceitos jurídicos tradicionais à luz das transformações sociais, políticas e tecnológicas contemporâneas”, destaca Katherinne.

Conforme ressalta a diretora do CCJ, a formação de excelência em Direito oferecida pela Universidade de Fortaleza é resultado de uma combinação estratégica de tradição acadêmica, inovação metodológica, responsabilidade social e forte inserção prática e interdisciplinar.

“Essa formação se traduz em um processo educacional comprometido com a qualidade, a transformação social e a preparação para os desafios contemporâneos da profissão jurídica”, declara. Na Unifor, os estudantes não apenas aprendem o Direito, mas aprendem a transformá-lo — com competência, responsabilidade e visão de futuro.

Meio século depois de sua criação, o curso se projeta para o futuro com a mesma ousadia que o constituiu: mantendo o compromisso com a excelência acadêmica, investindo em inovação pedagógica, fortalecendo o vínculo com a sociedade e reafirmando seu papel como formador de agentes de transformação. “O cinquentenário é, portanto, mais que uma celebração do passado: é um convite à continuidade de uma missão que une conhecimento, justiça e transformação social”, finaliza Katherinne.

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