Unifor conecta especialistas nacionais e internacionais no I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza

Unifor conecta especialistas nacionais e internacionais no I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza

Evento aberto ao público promove debate sobre a importância da detecção precoce e da conscientização sobre a condição


Entre os participantes estarão profissionais nacionais e internacionais. Foto: Getty Images
Entre os participantes estarão profissionais nacionais e internacionais. Foto: Getty Images

A Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, sediará, no dia 22 de novembro, o I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza. O evento promoverá debates sobre essa condição congênita, caracterizada pelo fechamento prematuro de uma ou mais suturas cranianas — articulações fibrosas entre os ossos do crânio de um bebê.

Entre os participantes está o neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, professor do curso de Medicina da Unifor e atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (biênio 2024-2025). Também participarão, de forma presencial e on-line, especialistas vinculados ao Hospital Infantil de Boston, da Universidade de Harvard (EUA) — referência mundial nesse tipo de tratamento —, profissionais de diferentes estados brasileiros, como Pará e São Paulo, além de familiares de pessoas diagnosticadas com cranioestenose.

O professor Eduardo Jucá destacou a importância de discutir o tema e alertou para equívocos comuns durante a avaliação clínica:

“Um exemplo de equívoco comum é a fontanela fechada, muito conhecida como moleira fechada. Esse é um fator que muita gente associa à cranioestenose, mas não é uma causa da condição e, portanto, deve ser evitada. O mesmo vale para as assimetrias posicionais, que não têm relação com a cranioestenose. Essas dúvidas não podem surgir durante a avaliação, pois atrasam o diagnóstico”, explicou.

O especialista reforçou, ainda, a relevância do diagnóstico precoce:

“O mais importante na conscientização é o tempo — um diagnóstico rápido e preciso. Quanto mais cedo ele ocorre, maiores são as chances de manter o desenvolvimento adequado da criança e de realizar uma correção satisfatória do formato do crânio. Ainda é um tema pouco conhecido”, destacou.

O público-alvo do simpósio são profissionais da área da saúde e estudantes das especialidades relacionadas ao tratamento das cranioestenoses. Contudo, o evento será aberto ao público em geral.

Serviço

I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza
Local: Universidade de Fortaleza – Auditório H85
Data: 22/11/2025 (sábado)
Horário: 8h às 13h

Abertura e apresentação - Dr. Eduardo Jucá / Natália Jereissati
08:00 – 08:10

Dr. Eduardo Jucá (Universidade de Fortaleza): “Cranioestenoses: Doença rara, a visibilidade é necessária.”
08:10 – 08:30

Natália Jereissati e Igor Cunha: “A jornada de uma família em busca de tratamento.”
08:35 – 08:55

Dra. Simone Rogério (Hospital Santa Casa do Pará): “Técnicas cirúrgicas em evolução.”
09:00 – 09:20

Dr. José Ferreira (Hospital Infantil Albert Sabin): “Integração de crânio e face no tratamento de malformações.”
09:25 – 09:45

Coffee break (intervalo)
09:45 – 10:05

Dra. Elyne Lacerda (Hospital Infantil Albert Sabin): “Cranioestenose: Um paciente multidisciplinar.”
10:05 – 10:25

Dra. Erlane Marques (Hospital Infantil Albert Sabin): “Investigação genética das cranioestenoses.”
10:30 – 10:50

Mesa-redonda integrada
10:55 – 11:15

Dr. Mark Proctor (Boston Children’s Hospital & Harvard University): “Tratamento endoscópico das cranioestenoses.”
11:20 – 11:40

Dr. John Meara (Boston Children’s Hospital & Harvard University): “A importância da cirurgia plástica no tratamento multimodal das cranioestenoses.”
11:45 – 12:05

Dra. Michele Brandão (Universidade de São Paulo – Bauru): “Tratamento multimodal das cranioestenoses sindrômicas.”
12:10 – 12:30

Momento de partilha de experiências das famílias de pacientes
12:30 – 13:00

Dr. Eduardo Jucá / Natália Jereissati: Encerramento
13:00