null Engenharia Elétrica: conheça o curso e os campos de atuação profissional

Qua, 19 Setembro 2018 17:20

Engenharia Elétrica: conheça o curso e os campos de atuação profissional

O profissional graduado pode trabalhar com geração, distribuição, tratamento e armazenamento da energia elétrica.


Professor Bruno Ricardo de Almeira, coordenador do curso. Foto: Ares Soares.
Professor Bruno Ricardo de Almeira, coordenador do curso. Foto: Ares Soares.

O engenheiro eletricista se qualifica para atuar também com automação industrial e predial, sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico, manutenção elétrica industrial, além de estar apto a assumir funções em diversos tipos de instituições privadas ou governamentais que usam a energia nos seus processos de trabalho.

As novas vagas no mercado têm surgido principalmente na área de geração de energia, sobretudo devido à privatização das empresas geradoras e fornecedoras de energia elétrica e de telecomunicações e ao plano de expansão da capacidade de geração de energia do país.

Segundo o coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Fortaleza (Unifor), Bruno Ricardo de Almeida, o que acontece no mercado cearense são novos leilões de energia eólica. “O que faz surgir demandas para construção de infraestrutura, como novas linhas de transmissão para conexão ao Sistema Interligado Nacional”, afirma.

Eleito o melhor do Norte/Nordeste desde 2012, entre as universidades privadas, pelo RUF (Ranking Universitário Folha), avaliação anual de ensino superior do Brasil feito pela Folha de São Paulo, no curso da Unifor, o aluno aprende a lidar com a energia elétrica desde suas formas mais amplas até o seu uso nas residências, indústrias, em áreas como controle e automação de processos, telecomunicações, medicina e informática. Sendo assim, como profissional é preparado para atuar em um mercado amplo e promissor, por incluir todas as empresas que fazem uso da energia nos seus processos de trabalho.

A graduação em Engenharia Elétrica da Unifor disponibiliza mais de 20 laboratórios com foco na aplicação do conhecimento acadêmico no mercado de trabalho. Entre eles, destacam-se os de circuitos elétricos, instalações prediais, máquinas elétricas, medidas elétricas, equipamentos elétricos, eletrotécnica e luminotécnica, eletrônica analógica, industrial, sistemas digitais, eletromagnetismo, controladores lógicos programáveis (CLP) e informática, além de interagir com outros laboratórios da Universidade em disciplinas específicas.

Confira entrevista com a professor Bruno Ricardo de Almeida, coordenador do curso:

UNIFOR: Como está o mercado de trabalho para o profissional de Engenharia Elétrica? Está crescente, em expansão, em alta? Por quê?

Bruno Almeida: Dada a crise econômica nacional, todos os setores da sociedade sofreram retração e os investimentos para o setor de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica não foi diferente, embora o fornecimento de energia elétrica de forma crescente e de qualidade seja uma ação estratégica para qualquer governo que visa crescimento econômico. No Ceará, em específico, novos leilões de energia eólica vem aquecendo o setor com demandas para construção de infra-estrutura como novas linhas de transmissão para conexão ao Sistema Interligado Nacional. Muitos profissionais estão atuando na área de geração fotovoltaica. Com a regulamentação, está crescendo exponencialmente a geração distribuída residencial, em que as pequenas residências ou comércios instalam painéis fotovoltaicos e passam a fornecer energia para rede elétrica. Há também o aumento da regulamentação quanto a readequação de edificações em que prefeituras e corpos de bombeiros tem solicitado a emissão de laudo ou a readequação dos projetos elétricos das edificações, em especial as multifamiliares, comerciais e industriais.

UNIFOR: Quais são as áreas de atuação em que há mais contratações de recém-formados?

Bruno Almeida: As principais áreas de atuação estão ligadas a projetos de instalações prediais e residenciais.

UNIFOR: Onde estão as melhores oportunidades? Por quê?

Bruno Almeida: No estado, a concessionária local (ENEL) é quem mais absorve mão de obra qualificada do curso. Além de oportunidade de emprego, há hoje a real necessidade e oportunidade de empreendedorismo, em que os egressos vêm atuando na elaboração de projetos por demanda, ou executado inspeções e emitindo laudos. Quanto às oportunidades de geração e manutenção nas áreas de geração e transmissão, a maioria das oportunidades ocorrem no interior dos estados, pois são as localidades em que há a construção e instalação dos novos parques de geração. Um exemplo recente é o novo complexo de 1 bilhão de reais que será instalado na região do Cariri. Quanto as oportunidades regionais de geração de energia, há nas capitais e em cidades com mais de 200 mil habitantes o crescimento da geração distribuída (Solar e Eólica). O estágio atual ainda é de expansão das instalações, e com a abertura recente pelo Banco do Nordeste de financiar pessoas físicas, acredita-se que haverá um crescimento considerável de oportunidades neste segmento. Ao mesmo tempo, no Pecém e regiões circunvizinhas, devido ao crescimento das exportações e da captação de investimento para instalação de novas indústrias, inclusive de grande porte, como foi o caso da CSP.

UNIFOR: Quais são as tendências e perspectivas futuras para essa profissão?

Bruno Almeida: Energias complementares: eólica, biomassa e, principalmente, solar. Veículos elétricos já são uma realidade mundial e a inserção dessa tecnologia no Brasil está iniciando os primeiros passos, além modernização das instalações elétricas residenciais e empresariais.

UNIFOR: No caso do curso, há novidades no currículo?

Bruno Almeida: O currículo atual já contempla a área de energias renováveis para além do perfil do profissional na formação em geração, distribuição e transmissão de energia elétrica. Para 2019 está previsto a inserção do novo fluxograma do curso sempre visando a aderência com o mercado de trabalho atual, e em sintonia com as novas diretrizes curriculares do MEC.