Live exibe “Do Outro Lado do Atlântico” em homenagem ao Dia do Cinema Brasileiro
Após a exibição, acontece bate-papo com diretores e personagens do filme, com transmissão aberta ao público pela TV Unifor. O encontro virtual acontece na sexta-feira, 19 de junho.
Uma ponte entre Brasil e África. “Do Outro Lado do Atlântico” (2015), documentário de Daniele Ellery e Márcio Câmara, percorre as histórias de vida dos estudantes de países africanos de língua oficial portuguesa em diferentes cidades do Brasil. O filme será exibido nesta sexta-feira, 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro, às 19h, por meio do projeto Cine Diálogos Virtuais, do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz. Após a exibição, acontece uma conversa com os diretores e os personagens do filme, com transmissão aberta ao público pela TV Unifor (181 da NET) e pelo canal da televisão universitária no Youtube.
O bate-papo será aberto à participação dos alunos do curso de Cinema e Audiovisual, por meio do ambiente on-line do Meet (Google). O encontro virtual ocorre no âmbito da disciplina “Cine Experiência III”, ministrada pelo professor Márcio Câmara. Esta edição do projeto Cine Diálogos Virtuais é mais uma parceria entre a primeira graduação em Cinema do Ceará e o Grupo de Pesquisa Sensoria - Núcleo de Pesquisa em Imagem, Som e Texto - da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), coordenado pelas professoras Joceny Pinheiro e Daniele Ellery.
Em “Do Outro Lado do Atlântico” (2015), as trocas culturais e o imaginário criado a partir dos espelhamentos e estereótipos, construídos nos dois lados do Atlântico - oceano que divide os continentes africano e americano. Temas que projetam um olhar para o passado, o presente, mas, principalmente, para o futuro das relações entre Brasil e África. Histórias de partidas, permanências e regressos. Encontros e desencontros de ideias, espaços, desejos e sonhos.
Com produção de Allan Deberton, a obra foi filmada em Redenção, no interior do Ceará, em Fortaleza, Rio de Janeiro e em três ilhas de Cabo Verde: Santiago, São Vicente e Santo Antão. A cidade de Redenção é onde está situada a Unilab, universidade pública federal que, desde a sua implementação, em 2010, tem integrado e recebido cerca de 100 estudantes africanos por semestre.
Para os diretores, o filme “abre um espaço profícuo de discussão sobre diferenças e semelhanças, multiculturalismo e tradição, discriminação racial e desigualdade, identidade e pertencimento, ensino superior, cooperação internacional e ações afirmativas. Permitindo despontar, sobretudo, a grandeza do continente e suas contribuições para a formação do mundo contemporâneo no que se refere ao passado, presente e futuro”.
A produção passou por diversos festivais nacionais e internacionais. Recebeu os prêmios de Melhor Documentário no Cape Verde American Film Festival (Providence, Rhode Island, EUA) e no II Plateau Festival Internacional de Cinema da Praia (Santiago, Cabo Verde); Melhor Filme no XXXI Black International Cinema Berlin e Mostra Estadual do Sesc Nordeste 2017; Melhor Direção no Fest Cine Maracanaú 2016; e Melhor Som no Prêmio Delart - 10º Festival Cine Música.
Inspiração, questões e narrativas
O documentário parte da vasta pesquisa da co-diretora Daniele Ellery sobre o fluxo internacional de estudantes de países africanos de língua oficial portuguesa para o Brasil. Sobretudo, os participantes do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). O Programa oferece a estudantes de países com os quais o Brasil mantém acordo educacional, cultural ou científico-tecnológico a realização da graduação em Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras.
A pesquisa de Daniele Ellery, realizada no Brasil, em Guiné-Bissau e Cabo Verde, rendeu o livro “Identidades em Trânsito” e o curta-metragem homônimo. Sua tese de doutorado, “Outros Atlânticos: reconfigurações identitárias de estudantes cabo-verdianos em trânsito entre Cabo Verde, Portugal e Brasil”, foi defendida em 2013 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A produção, a abordagem e a narrativa do longa-metragem partem da tentativa de falar de um continente mal representado, pouco conhecido e de difícil compreensão por parte dos brasileiros. “Do Outro Lado do Atlântico” (2015) revela o impacto que a formação superior desses estudantes no Brasil representa para a realidade dos seus países de origem. Os estudantes levam consigo tanto conhecimentos acadêmicos quanto experiências de vida. Ao assistir e ouvir as histórias, é possível saber as implicações da questão racial em suas identidades e entender como a presença deles no Brasil pode afetar e modificar os próprios brasileiros. O filme busca despertar o interesse pela relação histórica entre África e Brasil, como processos de crioulização, miscigenação, cultura afro-brasileira, racismo e anti-racismo, entre outros.
Cine Diálogos Virtuais
Espaço de debates virtuais sobre a experiência cinematográfica, o projeto Cine Diálogos Virtuais foi criado em 2018, no âmbito da disciplina Cine Experiência III do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza, ministrada pelo professor Márcio Câmara. Conectando alunos, realizadores e professores para a troca de ideias, ampliou-se para as demais disciplinas do curso. Durante o período de isolamento social, tem sido uma importante ferramenta para aproximar os alunos ao diálogo sobre a experiência estética. Já participaram diversos nomes do cinema e do audiovisual brasileiro, como Eliane Caffé, Marília Rocha, Halder Gomes, Edmilson Filho, Ana Rieper, Rodrigo Teixeira, Paulo Betti e Mayana Neiva.
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Serviço
Cine Diálogos Virtuais
Exibição do filme “Do Outro Lado do Atlântico” (2015), de Márcio Câmara e Daniele Ellery
Conversa com os diretores e os personagens do filme
19 de junho de 2020 (sexta-feira), às 19h
Transmissão aberta ao público
TV Unifor (181 da NET | youtube.com/tvunifor)